Elabore um texto de 2 páginas comparando dois modos da escrita filosófica estudados até agora.
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domingo, 28 de junho de 2009
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Blog destinado aos alunos do Curso de Filosofia da UFPI, na disciplina Iniciação à Filosofia e à Redação Filosófica, Período 2009/1.
Luis Fernando Ferreira Macedo dos SantosUm
ResponderExcluirComparativo entre diálogo e tratado
PARTE 1
Ao dar inicio a leitura de um texto de filosofia antigo deve-se sempre levar em conta alguns pontos chaves para não deduzir conclusões erradas a respeito dos autores, como o significado de algumas palavras, que naquela época possuíam um significado específico e informar-se sobre quais são os livros com as melhores traduções.
Ao tratar da forma de escrita filosófica diálogos utilizarei como exemplo o dialogo escrito por Platão chamado Teeteto onde o personagem principal é Sócrates e é quem expõem os questionamentos a respeito da sua realidade e a da sociedade grega. Sócrates dialoga com Teeteto outro personagem do livro, os ouvintes comportam-se como contempladores das ideias de Sócrates. No dialogo, diferentemente do tratado, o leitor se posiciona como uma terceira pessoa, aquela que é ouvinte do dialogo, se envolvendo e compartilhando das duvidas e inquietações levantadas principalmente por Sócrates.
Outra importante característica do dialogo é que a compreensão do mesmo se da apenas com base no trecho a que se pretende analise. No tratado, que será tomado como exemplo o livro, Ética à Nicômaco, Aristóteles a cada passagem de artigo ele retoma o que já foi dito, forçando o leitor a compreender o todo para perceber o que esta sendo dito nas suas partes, alem do que, diferentemente do diálogo, no tratado o leitor é parte integrante da conversa você não só observa, mas é um personagem porque sua escrita esta voltada para os seus discípulos. Aristóteles não vê os problemas filosóficos como um trabalho a ser solucionado ou acabado, ele elabora uma tese no campo da moral e define, explica e demonstra o que ele compreende por virtude mostrando ao leitor suas possibilidades e resultados.
Uma das principais diferenças entre os diálogos platônicos e o tratado de Aristóteles está na finalidade que os autores deram a seus escritos, posso compreender que Platão escrevendo em forma de dialogo deseja despertar no leitor a duvidar questionar-se a respeito do mundo e não, dar respostas prontas e acabadas. Já Aristóteles usa o tratado para expor sua tese, seu interesse era divulgar suas ideias para que através disso fosse possível alcançar um modelo de conduta social e moral.
LUIS FERNANDO
ResponderExcluirPARTE 2
Para compreender o pensamento desses filósofos se faz necessário a compreensão das formas de escrita que são utilizadas por eles. Platão escreve em forma de diálogos porque segue a tendência filosófica herdada de Sócrates, a dialética, demonstrando que através do dialogo é que os pensamentos filosóficos podem se confrontar com o mundo, essa forma de dialogo é chamada de diálogos aporéticos, porque nunca se chega a uma conclusão a respeito do tema central, mas refutando as propostas de conclusão é que podemos chegar a uma definição solida.
Aristóteles comungava alguns pensamentos com seu mestre, mas afirma a possibilidades de mudanças no comportamento moral, através da pratica e assim possibilitando à perfeição, a mediedade e a virtude. Uma das maiores dificuldades ao se deparar com essa forma de escrita é o seu vocabulário por isso a recomendação do uso de um dicionário especializado para essa leitura se necessário utilizar-se dos comentários de alguns tradutores e comentadores da obra, mas tomando cuidado com aceitação que no mundo acadêmico essa tradução e esse tradutor têm, para não cometer os mesmos erros deles. Alem do que o tema abordado por Aristóteles na Ética à Nicômaco é muito interessante e proveitoso para a vida cotidiana, definindo o que é virtude e o caminho a ser seguido para alcançá-la.
O que realmente é possível através dessas leituras é conhecer as origens da filosofia antiga, seus ensinamentos e quais os cuidados que se deve tomar ao dar inicio a essas leituras. Diálogos e tratados são duas formas deferentes de escrita filosófica que influenciaram as formas atuais de escrita filosófica, mostrando assim o tamanho da importância que filósofos antigos exerceram e ainda exercem na filosofia atual. Incluindo também as temáticas que foram levantadas com os gregos que podem ser contextualizadas e reelaboradas de outras maneiras.
A escrita filosófica
ResponderExcluirA dialética, escrita platônica, é um procedimento mental e lingüístico em que parte de um problema particular para se chegar a idéias universais puras. Quando uma coisa é separada ou dividida em duas partes contrárias na qual se possa determinar qual dos antagônicos é verdadeiro e qual é falso. Este método pode ter um caráter negativo, pois leva ao indivíduo a reconhecer que nada sabe. A suma, ao contrário da dialética platônica, ao invés de trazer abaixo o conhecimento do indivíduo, trabalha com aquilo que ele já traz em si e é fundamentada na teologia.
A dialética platônica consiste em levar ao indivíduo, por meio de um processo destrutivo, em que vem abaixo tudo o que o sujeito achava saber, seguindo-se um estado de ignorância. E é possível de dizer que o fato de achar-se ignorante repentinamente pode ser uma situação árdua. Porém, a partir disso, o individuo poderá chegar ao conhecimento verdadeiro. Já que para alguns filósofos tudo é aletheia, tudo está manifesto. O caos da ignorância pode ser um incentivo para o saber algo, ou também pode ser um processo autodestrutivo. Vai depender de cada pessoa.
Segundo Aristóteles, a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e para a linguagem da filosofia e da ciência, pois tem como ponto de partida as meras opiniões, casos particulares (problemas) do cotidiano, dos debatedores, a escolha de uma opinião em vez de outra não garante que se possa chegar à essência da coisa investigada, a verdade.
Já a Suma Teológica, de São Tomaz de Aquino, tem a pretensão de ensinar, serve de introdução à teologia e, diferentemente da dialética, opera de forma positiva com o conhecimento que o outro possui, sem descartá-lo, mas partindo deste. Esta obra parte de perguntas e respostas do próprio Tomaz de Aquino ao que seus interlocutores, estudantes, não saberiam responder.
Sendo assim, não se pode dizer que método é melhor, ambos podem contribuir para que o indivíduo chegue ao conhecimento. No entanto, parece que a dialética pode ser mais contundente, e o fato de não produzir respostas, ficando num ciclo de questionamentos pode ser desanimador.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
ResponderExcluirDISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSOR: HELDER
ALUNO: EDUARDO J. LIMA DE OLIVEIRA
COMPARAÇÃO DOS TIPOS DE ESCRITA
O TRATADO E O DIÁLOGO
Nesse texto abordaremos a comparação entre semelhanças e diferenças destes dois tipos de escritas: O Tratado e o Diálogo. Em primeiro lugar vamos destacar as semelhanças que há entre esses dois tipos de escrita, onde o primeiro trataremos na pessoa de Aristóteles e o segundo na pessoa de Platão.
Nesses dois tipos de escritas perceberemos, em primeiro lugar a questão de que ambos pertencem ao mesmo período histórico, ou seja, o período da filosofia antiga, que veremos o grego e o latim como idiomas predominantes como, por exemplo, o texto de a Ética a Nicômaco, de Aristóteles, e a obra Eutífron, de Platão , que ambos são escritos em grego. Em ambos os textos verificaremos que o fato de serem antigos e em línguas praticamente mortas, já será uma possível dificuldade ao estudante de Filosofia, porém, tal dificuldade não será muito difícil de ser superada pelo fato de existirem traduções, traduções essas que podem ser tanto vantajosas quanto desvantajosas. Outro problema nesses textos é a questão do vocabulário, pois é necessário que o estudante de filosofia tenha em mãos dicionários, tanto de filosofia como de português, e que além desses dicionários o mesmo estudante precisa contextualizar-se em relação à esses autores, pelo fato de terem vivido em um mundo antigo como o grego. Essas são algumas semelhanças que existem entre esses dois tipos de escritas e conseqüentemente entre esses dois autores.
Agora trataremos aqui sobre algumas diferenças que existem entre o tratado e o diálogo. A começar pela metodologia. Em Aristóteles, como por exemplo em a Ética a Nicômaco, perceberemos que o mesmo delimita um tema, e que logo que o mesmo delimita este tema ele o problematiza logo após dá uma solução a este problema, diferentemente de Platão, que em seus diálogos não dá uma solução ao problema, mas o mesmo dá entender, caracterizando sua metodologia socática-maiêutica, que o próprio interlocutor deve encontrar a resposta em si mesmo, através do processo de emanação, ou seja, devemos encontrar as respostas em nós mesmos através das reminiscências.
Portanto, tanto o tratado como o diálogo são de suma importância para a história da filosofia e para o desenvolvimento da mesma, pois são estilos que perduram até os dias de hoje, suas doutrinas, seus desenvolvimentos problemáticos, contribuíram em muito para a potencialidade da filosofia, pois os problemas éticos e os caracteres religiosos entre outros, abordados no tratado e no diálogo são tão atuais como o foram na filosofia antiga.
COMPARATIVO ENTRE OS MODOS DE ESCRITA
ResponderExcluirJULIMAR FILHO
Geralmente a leitura de um texto medieval, no modo filosófico principalmente, não se mostra acessível ao que se poderia chamar de leitura espontânea. Ela pressupõem o conhecimento do contexto histórico da época em que foi escrito, bem, como de como ler determinado tipo de texto. Qualquer engano a este respeito pode resultar em grave equívoco de interpretação, adulterando totalmente o pensamento do autor. Nesse contexto, após ter estudado acerca dos modos de escrita filosófica, proponho-me a fazer um comparativo entre a “suma teológica” e o “diálogo”.
A suma teológica, escrita em artigos, modo bastante popular de escrita no séc. XIII, e que representava as disputas ocorridas no ambiente das universidades daquela época, apresenta questões sob a forma dialética, ou seja, que exige ou admite argumentos prós e contras, e em seguida apresenta uma série de argumentos para os dois lados, para depois analisá-los e ao final apresentar uma resposta. Nos diálogos de Platão, em especial os aporéticos e maiêuticos, as questões apresentadas não são resolvidas, e o leitor é convidado a prosseguir na pesquisa. Ademais, na suma teológica, a despeito do diálogo, não ocorre uma derrubada de argumentos, e sim uma análise dos mesmos. Essa derrubada de argumentos, é frequente no diálogo, fato este que contribui para a não apresentação de uma reposta, uma vez que cada argumento apresentado é derrubado por outro.
No diálogo, percebemos nitidamente a primeira pessoa falando, ao contrário da suma, que apresenta argumentos de vários pensadores em terceira pessoa. Na suma, os argumentos apresentados seguem a estrutura do silogismo. Outra diferença marcante entre esses dois modos de escritas, diz respeito ao conteúdo. Os diálogos de Platão apresentam temas dos mais variados, destacando-se o amor ao belo (banquete), violência (górgias), imortalidade das almas (fédon), dever político (críton), etc. A suma tinha o propósito de ensinar o que pertence à religião cristã do modo mais apropriado para a instrução dos iniciantes, portanto, o conteúdo da suma era exclusivamente teológico.
Não obstante a ocorrência de várias diferenças entre esses modos de escrita, há uma semelhança bastante marcante entre ambas. Diz respeito ao fato de que elas de certa forma obrigam aos interlocutores a pensarem. No diálogo a derruba de argumentos, fazia com que o interlocutor elaborasse outro argumento, e assim por diante, num processo reflexivo, que descambaria na construção de novos conceitos. Na suma ocorre de modo semelhante. A questão formulado no modo dialético, permite a exposição de argumentos prós e contras, e S. Tomás assim o faz, apresenta tais argumentos na forma de silogismo, e analisa um por um, para ao final mostrar sua resposta à determinada questão.
Importante ressaltar, que tais modos de escrita bastante comuns na antiguidade, não correspondiam simplesmente a modos de escrita, mas podemos concebê-los como metodologia de ensino, uma vez que era essa forma de produzir conhecimento daquela época. No caso da suma p. ex. esta representava disputas acadêmicas, entre o mestre e seus alunos, bem como entre o mestre e outros mestres, e a suma corresponderia a um resumo dessas discussões. Ambos não se tratam de disputas escolásticas, a saber, a defesa de uma tese, onde a partir de uma idéia, apresenta-se argumentos para defendê-la. Seria bastante útil a utilização de tais “metodologias” nos atuais ambientes universitários brasileiros, uma vez que nos mesmo, ocorre pura e simplesmente a reprodução de conhecimento, com pouca ou nenhuma liberdade de discussões.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirARYANE RAYSA ARAUJO DOS SANTOS
ResponderExcluirA DIFERENÇA ENTRE DOIS MODOS DE ESCRITA O TRATADO E O DIÁLOGO
Antes de iniciar a comparação entre esses dois modos de escritas farei algumas considerações ,levando em conta que os dois modos de escrita se tratarem de textos clássicos ,é imprescindível ter conhecimento do momento histórico em que foi escrito ,o significados das palavras que eram especifica da época ,para não ocorrer erros de interpretações .
Nos textos abordados existe poucas semelhanças ,podendo citar algumas como o fato dos dois textos serem textos filosóficos ,o momento histórico e considerado o mesmo, e a forma de escrita de difícil entendimento um em latim outro em grego.
Para melhor compreensão utilizarei como exemplo de tratado ``ética a nicômano `` Ao analisar podemos delimita um tema : Trata-se da natureza da virtude moral.A tese sustentada será a solução do problema ,ela só aparecera verdadeiramente após a exposição e a analise dos argumentos .há porque lamentá-lo; nada melhor que uma boa pergunta sem resposta para construir sua introdução . já é esse que serve de objeto e discursão que estimula o interrese : podemos nos contentar em fazer da virtude uma média ? não será esse justamente o melhor meio dede subverte –lá em seu contrario ?
O desenvolvimento do pensamento do Aristóteles ,consiste quando ele lembra o que foi obtido nos capítulos procedente e dar a primeira definição de virtude ,a argumentação que ele faz parte pelo mais geral (definição da virtude segundo seu gênero ) e acumula uma serie de determinações mais precisas que enriquecem e delimitam ao mesmo tempo a primeira definição .
Diferentemente do tratado o diálogo tem um método interrogativo que precisa de uma dualidade já que o movimento do pensamento requer primeiro lugar um distanciamento em relação á primeira aparência imediata depois uma retomada em nível superior ,tomando como exemplo o diálogo chamado teeto ,onde Sócrates e o personagem principal onde esse estimula o leitor a reflexão ,faz o uso constante de ironia ,tenta mostra a ignorância de quem ele esta dialogando ,pois para ele isso seria um grande passo ,ele se contradiz na sua fala pois assim possibilita a reflexão .
Enquanto o tratado é objetivo direto e crescente não foge do assunto o diálogo é circular e usa rodeios para chegar em determinados assuntos
Aristóteles no tratado vai delimitar um tema ,o problema e vai da as soluções ,diferentemente do diálogo que delimita um tema,mas não dar soluções para o problema ele apenas estimula o interlocutor a uma reflexão ,da um objeto para discursão ,outro ponto importante a ser falado e a finalidade das dois modos de escrita proposto ,o diálogo herdado de Sócrates para Platão tem a finalidade de desperta duvidas ,questionamento,reflexão ,no tratado Aristóteles defende uma tese e demonstra o resultado do que ele compreendeu, finalidade de demonstra suas teorias.
PARTE 1
ResponderExcluirSuma Teológica x Ética a Nicômaco
O trabalho que se segue é uma comparação entre dois filósofos clássicos, Tomás de Aquino e sua Suma Teológica e Aristóteles e sua Ética a Nicômaco.
Logicamente o presente texto não pretende limitar às comparações desses escritos e/ou autores, mas apenas salientar algumas diferenças contrastantes entre eles.
Pela sua brevidade e falta de aprofundamento, o texto vale mais a nível de informação do que como uma verdadeira investigação filosófica.
O filósofo-teólogo Tomás de Aquino, acredita que apesar de sua dependência das leis divinas no ser e no agir, é facultado ao homem e ao mundo gozarem de uma relativa autonomia. Assim, para responder à sua vocação original de conhecer o mundo, o homem deve refletí-lo, fazendo uso dos instrumentos da razão. O saber teológico nem suplanta o saber filosófico nem a fé substitui a razão.
Tomás de Aquino procura interpretar as escrituras ao exacerbado alegorismo medieval que é, aliás, severamente julgado por ele. Com isso, Tomás de Aquino despe os seus textos desse tipo de artifício da linguagem, isto é, da exegese que leva à proliferação de sentidos promovida pelas armadilhas da interpretação alegórica, dando lugar, em seus comentários sobre as escrituras, a uma visão mais racional da narrativa bíblica.
Em sua filosofia, o homem é espiritual; ele pode se desprender das necessidades vitais e contemplar as coisas não apenas pelas relações às suas necessidades biológicas, mas porque a forma humana, isto é, a alma humana não é tão somente princípio de vida, ela também é fonte de conhecimento e da razão.
Já Aristóteles usa a sua Ética a Nicômaco para falar dos seus conceitos com maiores detalhes. Deixando a todo instante a sua preocupação com o bem humano, a boa vida, as virtudes, a justiça bem explícitos.
A boa vida , que todo ser humano almeja, é o que chamamos de felicidade, que se refere a uma certa forma de viver – não se trata de um estado, mas sim de uma atividade do homem; tal atividade deve seguir certas normas coerentes com a natureza humana – no entanto, como a natureza humana é complexa e muitas vezes apresenta tendências opostas, é preciso submetê-la a certas regras ou critérios racionais que a equilibrem – conseguir esse equilíbrio é o que Aristóteles chama de possuir a virtude,
PARTE 2
ResponderExcluircomponente essencial da felicidade. A virtude impede que tendências opostas entrem em choque trazendo efeito destrutivo para o ser humano.
A atividade daquele que age de acordo com os bons hábitos que adquiriu durante a maior parte de sua vida é o que chamamos de felicidade. A felicidade mais perfeita é a que se baseia no exercício da virtude igualmente mais perfeita, da virtude de maior excelência, a sabedoria, que é a contemplação das verdades fundamentais da ciência e da filosofia. Também a felicidade mais auto-suficiente, porque não precisa de bens materiais para se efetivar.
O objeto da ética aristotélica é o estudo da felicidade como supremo fim ou bem do ser humano. Mas, como a condição fundamental para a realização da felicidade é a virtude, e esta só pode ser adquirida mediante exercício e esforço, o homem tem que desenvolver mecanismos de ação que garantam a sua aquisição. Tais mecanismos são a educação e as leis. A educação deverá desenvolver no homem os hábitos virtuosos; as leis organizarão e protegerão o exercício da virtude pelos membros da sociedade.
Na apreciação da doutrina moral de Aristóteles, deve-se dedicar especial atenção aos estudos específicos do filósofo, referentes à Justiça e ao que os gregos chamavam de Amizade, que, hoje em dia, denominamos sociabilidade, em seu sentido mais amplo.Os dois temas estão inclusão dos na ética a Nicômaco.
De acordo com Aristóteles, todos estão em perfeito acordo em chamar justiça à disposição que nos faz capazes de realizar atos justos, que nos faz efetivamente realizá-los e que nos faz desejar realizá-los. O mesmo deve ser dito da injustiça, que nos faz cometer e querer atos injustos. Sirva-nos esta definição como definição geral.
Diante do exposto, vimos, portanto, que a obra aristotélica e a tomasiana muito diverge em conteúdo e em forma. Mas esse era o real objetivo do trabalho aqui finalizado.
Expondo trechos comentados das obras tirar-se-á a conclusão que Aristóteles preocupado como seu ‘bem humano’ e Tomás com a sua nota realista ao mesmo tempo em que parecem ser semelhantes divergem.
O aforismo
ResponderExcluirÉ uma proposição concisa que encerra muitos sentidos em poucas palavras. O sentido literário do aforismo é antigo. Já se encontra no artigo Hipocrates que por volta de 400ª. C escreveu um pequeno opúsculo, formado por sentenças curtas e pragmáticas de cunho medicinal. Mas com a utilização moral que Sêneca fez do aforismo passou-se uase sempre identificar o aforismo com uma certa moralidade ou do caráter pedagógico. O aforismo pode ser encontrado em outros pensadores como: Pascal e Schopenhauer no aforismo para a sabedoria e La Sochfaucault, moralista francês. Estes dois últimos influenciaram um dos principais expoentes do aforismo Nietzsche. O aforismo pode ser encontrado na obra de Wittgnrtein. Porem foi Nietzsche quem usou o aforismo de maneira diferente do que era usado por outros pensadores, o aforismo de Nietzcshe surge com um objetivo muito especifico que se confunde com o próprio desenvolvimento da filosofia. O aforismo somente aparece nas obras de Nietzsche no período intermediário contrariando a opinião comum de que suas obras são essencialmente aforisticas. E na frase intermediaria que Nietzsche acentua a sua critica conta a linguagem, quando ele critica as concepções metafísicas e a moral dela proveniente, que herdamos da tradição socrática, platônica e dessa linguagem e utiliza uma nova forma é o aforismo. Uma dos principais alvos da critica de Nietzcshe como já foi dito, é a tradição moral socrática-platonica. Ele usa o aforismo uma arma diferente.
O dialogo
O dialogo socrático bem diferente do aforismo intriga o homem a trabalhar com valores morais, deixa sempre uma pergunta em aberto.
O dialogo trabalha com a maeutica e a ironia, a maeutica a qual instiga o homem a chegar a um conhecimento através do seu próprio questionamento. O dialogo desperta a auto reflexão valoriza a amizade como virtude. Os interlocutores do dialogo são em qualquer grau eruditos. Se nem todos as suas respectivas competências figuram na lista da defesa de Sócrates, todos pretendem ter por objetivo os valores, contrariando o aforismo de Nietzcshe que faz critica a esses valores. Sócrates em seu dialogo tende a levar os seus ouvintes a contradição que desperta a reflexão e não só produz o conhecimento sensível. É através da reflexão que Sócrates faz com que atinja seus valores. O dialogo valoriza a virtude como uma forma de sabedoria, destaca que a virtude é um tipo ideal para todo homem este deve cultivá-la no seu dia-dia.
Sócrates através de seu dialogo faz com que o homem reconheça que nada sabe e só reconhecendo que não detem a verdade alcançando o conhecimento.
Universidade Federal do Piauí
ResponderExcluirCentro de Ciências Humanas e Letras
Departamento de Filosofia
Disc: Iniciação A filosofia
Aluno: Mikael Moura da Silva
SUMA vs Dialogo
Podemos ler um dialogo através de métodos, temos que fazer uma leitura panorâmica, para nos entretermos e conhecermos do que se trata o dialogo, após isso deve ser feito uma análise textual, buscando informações, fazendo anotações sobre o autor. Em terceiro uma analise textual, um momento de reflexões, e perguntas sobre o que se foi lido,e por fim uma analise interpretativa, e com já diz o próprio nome, uma interpretação do texto, e de que o fez. Na Suma, as questões discutidas eram relevantes na época, onde o filosofo e santo, Tomás, da uma contribuição na historia e na filosofia relacionando a razão com fé, buscando uma solução, resposta, diferentemente do Dialogo.
Podemos definir a suma como, uma busca de solução, respostas, e com seus conteúdos teológicos, com diversos diálogos, fazem com que o individuo passe a pensar, e analisar seus argumentos, podemos dizer que é uma busca pela verdade. Já na dialética platônica, que consiste em levar ao indivíduo, por meio de um processo destrutivo, seguindo-se um estado de ignorância, e através disso, o individuo poderá chegar ao conhecimento verdadeiro. A suma ao invés de trazer abaixo o conhecimento do indivíduo, trabalha com aquilo que ele já traz em si e é fundamentada na teologia, de São Tomaz de Aquino, onde tem a pretensão de ensinar, diferentemente da dialética, opera de forma positiva com o conhecimento que o outro possui, sem descartá-lo. Então podemos dizer que dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e para a linguagem da filosofia e da ciência, pois tem como ponto de partida as meras opiniões, casos particulares, problemas do cotidiano, a escolha de uma opinião em vez de outra não garante que se possa chegar à essência da coisa investigada, a verdade. A escrita platônica, é um procedimento mental e lingüístico em que parte de um problema particular para se chegar a idéias universais puras. Quando uma coisa é separada ou dividida em duas partes contrárias na qual se possa determinar qual é verdadeiro e qual é falso.
Este método pode ter um caráter negativo, pois leva ao indivíduo a reconhecer que nada sabe. Platão demonstra em suas escritas uma forma de dialogo que é chamada de diálogos aporéticos, porque nunca se chega a uma conclusão a respeito do tema central, mas refutando as propostas de conclusão é que podemos chegar a uma definição sólida.
Roberto Carlos Parte I
ResponderExcluirTipos de escritas: Dialogo e Aforismo.
É existentes na filosofia diferentes tipos de escrita, fazendo com que se variem as formas. As formas podem ser em Aforismo, suma, dialogo tratado etc. Pois bem, vamos nos atentar especificamente a dois tipos de escritas, são elas: Dialogo e Aforismo, estabelecendo, portanto a cada uma das duas citadas uma comparação de estilos.
Dialogo: É um gênero literário antigo que decorre em forma de conversação entre personagens, havendo, portanto uma fala e uma replicam ou não sendo necessariamente uma replica, mas podendo ser uma derrubada de argumento. No que diz respeito a esse tipo de escrita filosófica o texto que será produzido não terá necessariamente a principio um tema filosófico, mas sim um problema factual, vindo assim a esbarrar-se a um contexto filosófico.
O diálogo permite uma flexibilidade de pensamento ao qual o mesmo é aberto e debatido de maneira dualística. Existindo sempre o bem e o mal, o feio e o belo, o justo e o injusto etc, já que se trata sempre de uma construção e reconstrução de argumentos, de produzir as articulações das identificações e analise das noções.
A forma do texto em dialogo consiste em uma estrutura metódica interrogativa e argumentativa em torno de uma problemática que são seus objetos de discussão. Para que haja uma discussão em torno de um determinado problema ou problemas, é necessário apresentar forma de questões ao texto, fazendo com que essas questões se tornem o principal objeto de discussão de uma determinada passagem do texto.
Os textos em forma de dialogo em relação aos demais textos e tipos de escrita filosófica, não carece de nenhum tratamento especial ou particular, apenas se apresenta de forma diferenciada, já que há uma semelhança muito próxima com uma conversa real. No entanto o autor delimitara um tema ao qual se fixara a conversação ou discussão em si.
Na historia dessa forma de filosofar o dialogo é um método utilizado por Sócrates, para assim chamar a atenção das pessoas ao uso da razão, e na forma da escrita é utilizado por Platão, fazendo com que a principio um discurso que seria longo, passa a ser fragmentado por premissas, trazendo para a mesma a aceitação dos argumentos.
Alguns diálogos platônicos terminam em apórias, sendo chamados de aporeticos. Nesses diálogos não se tem uma resolução do impasse e, portanto não tem uma relação positiva com o pensamento.
Já o aforismo tem-se a igualdade com o dialogo somente em um termo, a antiguidade de ambas as formas são legitimas, no entanto, tem-se a diferença. Enquanto uma prevê a conversação entre os personagens e a partir daí vira se desenrolar e debruça-se um tema, o estilo aforistico se diferencia no seu ataque direto ao tema, é caracterizado no seu estilo, o seu modo breve da exposição sendo que essa exposição contém uma forma mais apurada e fechada encontrando em cada pensamento uma independência, uma autonomia de ser, caracterizando, portanto a particularidade de idéia ou de pensamento, apresenta-se também nesse tipo de escrita, quase sempre um valor carregado de moralidade e contendo em si um caráter pedagógico, também inoculado ao estilo vem a critica mordaz de alguns autores, que se utilizam do aforismo como uma arma.
Parte II
ResponderExcluirNão e pelo fato de ser breve que podemos cometer o equivoco de ver o aforismo como fragmentos de pensamento. Pois não o é, existe para cada parte uma suficiência de significado, que manifesta um caráter auto-suficiente, aberto e prenhe de pluralidade de sentido, tornando, portanto um processo de pensamento, cujo leitor é convidado e incentivado a refazer e conseqüentemente a produzir por si mesmo o significado.
São vários os filósofos que se apropriam desse tipo de escrita filosófica, estabelecendo, portanto sempre uma linguagem com o mundo da filosofia e com os seus admiradores.
É estabelecida assim, portanto a cabal diferença entre essas duas formas de escritas. Enquanto uma tem seu argumento direto e é algo convidativo para o leitor formular e reformular junto o pensamento, a outra encontra-se na forma menos direta contendo quase sempre a resolução dos problemas ou dos impasses.
É de se notar a relevância de ambas as formas para o estilo literário filosófico, vindo assim a contribuir para o modo diversificado de se filosofar e de se escrever na filosofia.
Elmari de Sousa Franco Júnior
ResponderExcluirA Suma e o Diálogo
Ambos têm como objetivo o ensino, sendo que para a suma esse ensino possui um pretensão religiosa. O diálogo Platônico requer a “destruição” dos argumentos que o aprendiz obtém até então, para depois haver uma reconstrução desses argumentos, sendo que o caminho para chegar a esses processos de novos argumentos é apenas indicado pelo mestre, ou seja, a idéia pura para Platão não pode ser passada verbalmente, ela só pode ser compreendida quando há uma reflexão própria sobre o assunto a ser tratado, então esse conhecimento só pode ser alcançado por mérito próprio, o mestre aqui só tem o objetivo de indicar o caminho a ser seguido para chegar a tal conhecimento. Na Suma S. Tomás acredita que tais argumentos podem ser passados de mestre para aprendiz de uma forma direta, o argumento puro é passado pelo interlocutor (mestre) que só é verdadeiramente compreendido pelo aprendiz quando esse conseguir repassar esses argumentos com suas palavras ou próprias formulações sobre o mesmo.
Na Suma são apresentados vários argumentos para combater a idéia principal que S. Tomás quer defender, fazendo isso ele comprova que seu argumento é mais só lido do que as críticas, comprovar a solidez do argumento é, portanto a idéia da Suma. O diálogo platônico tem por objetivo não consolidar os argumentos e sim por em dúvida a veracidade de tais argumentos, por isso o seu caráter interrogativo-destrutivo.
Outro fator importante em relação a esses dois tipos de escrita a ser notado diz respeito a serem textos antigos, remete-se então uma contextualização histórica para melhor compreensão dos textos.
O diálogo tem por objeto trazer a luz os conhecimentos do aprendiz, ato esse que segundo Platão não pode ser passado como um saber acabado, pronto para ser passado para o aprendiz, a verdade filosófica só pode ser adquirida por um longo encaminhamento pessoal, que cada um deve assumir por própria conta. Como já dito anteriormente o propósito da Suma é o de ensino religioso, o de introduzir o aprendiz nos conhecimentos religiosos encaminhando o intelecto e a razão do homem para ver o que pode ser conhecido sobre Deus, a fim de que, conhecendo Deus, possa amá-lo melhor.
Márcia Daianne
ResponderExcluirUma importante observação a ser vista em relação a Suma está na leitura de seus artigos onde temos uma idéia de posicionamento sobre um determinado assunto, para não interpretarmos tais idéias de forma equivocada teremos que relacioná-la com os outros artigos da Suma, assim teremos uma visão real do que S. Tomás queria realmente passar. Tal observação não acontece no diálogo platônico, onde uma idéia é debatida, logo então “destruída” e assim procura-se novo significado para tal idéia abordando assim outros temas e raciocínios diferentes. O diálogo, diferente da Suma, vem para destruir suas concepções sobre algo e lhe mostrar o caminho para que você chegue a uma nova concepção, a Suma lhe mostra não o caminho, mas sim o ponto de chegada.
Portanto a verdade filosófica não de dá num discurso monolítico que bastaria apreender como um saber acabado, mas por um longo processo pessoal, que cada um deve assumir por conta própria. O papel de interlocutor neste caso é somente de lhe direcionar o caminho.
Para S. Tomás, assim como para Aristóteles, é possível para a razão humana descobrir e comunicar uma verdade. Eles não pretendem afirmar que isso seja fácil ou que seja já completo, a não ser para Deus. Mas eles afirmam que isto é possível, e o trabalho deles é um esforço para prová-lo.
Lembrando que a meta dos trabalhos de S. Tomás é de encaminhar o intelecto e a razão do homem para ver o que pode ser conhecido sobre Deus, afim de que, conhecendo Deus, possa amá-lo melhor. O trabalho do diálogo em Platão é o de trazer a verdade à luz, fazer uma “recordação” – porque a alma “esqueceu” a verdade ao ser mergulhada num corpo.
Acerca da estrutura por mais que S. Tomás frequentemente expresse seu desacordo com o que ele conhece de Platão, a tradição platônica é também encontrada por toda a Suma, a estrutura da Suma como um todo recebe sua inteligibilidade do neoplatônico exitus et reditus da realidade criada. A muitas diferenças de certo entre esses dois modos de escrita e esses dois pensadores, mas há uma devoção comum para a arte filosófica do discurso. Tanto assim que é possível aplicar a descrição de Platão do pensamento quase literalmente no artigo.
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ResponderExcluirDIFERENÇA DE ESCRITA: TRATADO E DIÁLOGO
ResponderExcluirNa escrita de um tratado, no caso, no tratado de Aristóteles é um tratado realizado para um número reduzido de leitores e suas obras escritas nem todas as pessoas tinham acesso aos seus escritos, apenas seus alunos porque já possuíam uma iniciação filosófica. No caso do tratado de A escrita de um diálogo e um tratado possui algumas diferenças, pois cada uma é realizada da melhor forma para ser passada aos leitores a qual se destina, vamos analisar duas formas de escrita como exemplo, o diálogo de Platão e o tratado da virtude de Aristóteles.
A escrita de um diálogo, no caso, o de Platão que é um diálogo feito para o público sem restrição, as idéias são escritas de forma com que qualquer pessoa não necessariamente conhecedora da filosofia possa fazer a leitura. Nos dias de hoje, em que o diálogo já foi passado por algumas mudanças e, portanto o seu vocabulário, devido às traduções vai mudar a significação e a interpretação do original, pois, cada país recebe uma tradução de acordo com sua língua, então cabe ao tradutor ter um talento lingüístico e perspicácia filosófica para conseguir se aproximar do original e tentar demonstrar o que o autor da obra de fato queria mostrar aos seus leitores. No diálogo de Platão o Eutífron o tema é piedade, e os personagens Sócrates e Eutífron não chegam à conclusão nenhuma a respeito do tema discutido, é uma maneira de demonstrar aos leitores que o precisam de um conhecimento filosófico para ser interpretadas, ou seja, que pensamos saber na verdade não sabemos e o diálogo é uma forma de demonstrar isso.
Aristóteles onde o tema é virtude Aristóteles apresenta problemas e soluções para este mesmo, o tratado foi a melhor forma de passar o que ele queria dizer para seus alunos. Sua tradução assim como a de qualquer texto antigo requer muito cuidado para ser entendida nos dias de hoje.
Então, todos os textos antigos sejam lá qual for à forma em que estão escritos é apenas uma das melhores formas encontradas pelos seus autores para demonstrar algo.
Universidade Federal do Piauí
ResponderExcluirCentro de ciências humanas e letras (CCHL)
Curso: Filosofia
Disciplina: Introdução a filosofia e a redação filosófica
Professor: Helder Buenos Aires de Carvalho
Aluno: José Luis de Barros Guimarães
Modos da escrita filosófica: Comparativo entre Dialogo e tratado.
Antes de tecer comentários referentes a esses dois modos de escritas (diálogo e tratado) produzidos na Grécia antiga por Platão e Aristóteles, é importante se ter algumas precauções no que diz respeito à leitura dos mesmos. Por se tratar de textos antigos e de estarem escritos em latim que é uma língua pouco usual, cuidados como, ler boas traduções das obras, saber o real significado de algumas palavras chaves, entender o contexto histórico, e as problemáticas que circundam esses filósofos, são de extrema importância para se ter uma melhor compreensão no ato da leitura.
Entrando nas características, objetivos, e na parte estrutural do dialogo e tratado pode-se dizer que as semelhanças são tênues, por conta disso, o que irar ser ressaltado nessa produção textual são as diferenças existentes entre esses dois modos de escrita, que se confundem com o próprio fazer filosófico de Platão e Aristóteles.
Nos diálogos platônicos geralmente a conversa é entre Sócrates e outro personagem, a conversa inicia-se em função de acontecimentos particulares que é passível de discussão. Sócrates tem como objetivo chegar a conclusões gerais, universais, as causa ultima das coisas, através dos problemas que aparecem no cotidiano das pessoas, ou seja, em casos particulares. Já se pode notar ai diferenças no que se refere ao tratado aristotélico, primeiro por não se tratar de um dialogo e sim de um texto dissertativo, segundo por que apesar de ambos terem como objetivo chegar a conclusões universais, Aristóteles não parte de casos particulares, pelo contrario, ele já parte de problemas universais.
Os diálogos platônicos também conhecidos como diálogos socráticos, por ter como personagem principal Sócrates na sua maioria são aporéticos, ou seja, analisam um determinado problema sem apontar a solução para o mesmo. Fazendo com que a personagem no qual dialoga com Sócrates perceba que não é detentora de conhecimento, deixando o leitor com um conjunto de questões a serem refletidas. Nesse sentido, pode-se dizer que é um fazer filosófico autodestrutivo na medida em que faz com que o individuo perceba a sua ignorância e suas limitações. Os diálogos aporéticos não dão resposta pronta ao leitor, e sim faz com que o mesmo tire suas próprias conclusões a respeito do que esta sendo debatido. No caso do tratado aristotélico essa auto- reflexão existe, entretanto, o tratado é um texto bem sistemático, na medida em que possui um tema, problema e tese, sem falar que a estrutura desse modo de escrita o torna mais didático. Aristóteles escreve para os seus leitores, por isso dentro do tratado ele retoma alguns pontos já debatido anteriormente, para que fique mais clara a exposição de suas idéias.
Depois de exposta às características gerais desses dois textos clássicos alguém pode fazer à seguinte pergunta. Qual a finalidade de se entender os modos de escrita desses filosóficos? Os modos de escrita têm relação direta com o fazer filosófico dos mesmos, eles adotam um determinado tipo de escrita de forma intencional, para que através delas eles consigam chegar aos seus objetivos. Por isso antes de ler qualquer obra desses autores que deram contribuições fantásticas ao estudo da filosofia procure antes compreender as características gerais dos modos de escrita, esse entendimento só ira facilitar a compreensão nos textos filosóficos desses gigantes da filosofia.
Universidade Federal do Piauí
ResponderExcluirDepartamento de Filosofia
Prof: Helder Buenos Aires de Carvalho
Aluno: Jean Carlos Costa Lima
O Dialogo e a Suma
Os modos da escrita filosófica foram utilizados por vários filósofos em diferentes épocas como também foram importantes para que os filósofos pudessem expor e argumentar suas idéias e teorias.Dentre os tipos da escrita,será aqui abordado o dialogo e a suma,caracterizan-
do cada um e mostrando seus pontos de semelhança e diferença.
O dialogo é um tipo de escrita utilizado por Platão em algumas de suas obras onde uma questão é debatida por vários interlocutores e um mediador(nas obras de Platão esse mediador era Sócrates)sendo que nesse dialogo ao interlocutor era levado uma serie de perguntas,o método interrogativo,para que se pudesse extrair verdades da questão em debate.No dialogo os debates se efetuam por meio de argumentações afim de discernir o verdadeiro do falso.Na verdade percebe-se que nos diálogos de Platão, o mediador Sócrates busca fazer uma serie de perguntas ao interlocutor para que ele perceba da sua ignorância acerca de certos assuntos e por meio da argumentação alcance uma verdade do objeto em questão.
Nesse ponto, a Suma possui algumas semelhanças com o dialogo.A suma medieval utilizada por São Tomás de Aquino visava um aprofundamento de uma questão por meio de um dialogo mas só que esse dialogo da suma era conduzido segundo regras determinadas -as disputas,das quais saiam as questões -.Na suma, as disputas eram entre o mestre e seus alunos ou ate com outros mestres enquanto que no dialogo qualquer cidadão poderia fazer parte da discussão mas ambas procuravam sempre uma posição nítida da questão,uma clareza dos conceitos e uma argumentação lógica.
A estrutura da suma compreende primeiramente a exposição das razoes pró e contra e se apóiam em autoridades.Em seguida, o desenvolvimento e a demonstração da solução positiva e,finalmente, a resposta as objeções propostas.Como os argumentos são sustentados por autoridades as respostas para os problemas são fornecidas pelo mestre,cabendo ao aluno a capacidade estruturar os argumentos logicamente para que ele possa encontrar clareza nos conceitos e assim adquirir conhecimento.Já no dialogo era preparado um plano no qual é preciso reconhecer as articulações da argumentação para depois proceder à divisão em partes.Depois se procede a uma comparação ponto por ponto entre as partes argumentadas partindo de um ponto de semelhança.
No que concerne ao objetivo,a suma medieval de São Tomás de Aquino procurava ensinar o que pertencia a religião cristã aos iniciantes(alunos) para que eles pudesse exercitar a dialética e poderem dialogar com seus mestres em termos iguais.Já no dialogo,na obra Teeteto,o objetivo de Sócrates era causar a dúvida no interlocutor para que ele investigasse as repostas pudesse diferenciar o verdadeiro do falso.
Enfim,ambas as escritas não tinham não só o propósito de investigar,mas também de conhecer o verdadeiro e propor uma dialética em torno questões postas em debate.
O dialogo
ResponderExcluirO dialogo é muito deferente da suma, pois o mesmo obriga o homem a conviver com seus valores, para tentar encontrar o verdadeiro conhecimento, questionando-se e comparando a sua arte com a das parteiras já que ele fala que a diferença entre as duas é: “Ela gera os homens e não as mulheres, e que seu trabalho de parto se preocupa coma alma e não com os corpos”. Sabendo que o diálogo socrático são encontrados três momentos como: Ironia, Maiêutica e a Indução.
A ironia aborda um debate sobre um assunto determinado, que pode falar e questionar sobre a beleza, a virtude ou até mesmo a amizade, a sua intuição é procurar aquilo que não se conhece para que possamos conhecer.
Em seus diálogos são encontrados personagens importantes nos diversos campos do saber, a justiça com suas diferentes formas, de acordo com Sócrates deve ser levados em conta todos os casos e não alguns, como sempre ocorre.
Embora Sócrates fosse rígido, sua intuição não era humilhar as pessoas e sim ajudar independentemente da intenção de cada um.
A Maiêutica que significa arte de dar a luz, para que cada um encontre sua verdade e sua consciência do não saber, pela relação do falso saber, levando em conta sempre a contradição que acaba permitindo a ironia, convertendo-se em Maiêutica.
Já a definição é a segunda etapa do caminho, que leva a essência, assim como a ironia encontra-se a Maiêutica e a Maiêutica já contém a definição. Se as idéias não estão nas próprias coisas, mais sim em cada um adormecida em nossa alma.
Sócrates alem de ter sido o primeiro a formular os problemas das definições, já que ele não se preocupa com os problemas celestes e sim com os problemas que se encontrava em sua volta.
A suma por sua vez é um texto muito estranho e de difícil de ser compreendido começando sempre com uma declaração de uma pergunta, com dois argumentos que são chamados de objeções um sempre a favor do outro. São Tomás acaba contribuindo com sua resposta sobre a questão proposta anteriormente.
Neste sentido, o modo por menor que possa ser todo ensinamento através das palavras tem o dever de serem discursivas.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
ResponderExcluirCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
PROFESSOR: HELDER BUENOS
GRADUANDO: WENYO ALVES
Modos de Escrita Filosóficos :parte 1
Dialogo de Platão ( Eutífron ) e Tratado de Aristóteles ( Ética à Nicômaco )
Quando formos ler um texto de filosofia, que foi criado há bastante tempo, temos que prestar atenção, em como iremos interpretar, pra não tirar conclusões erradas, tanto para os textos, quanto para os autores, um dos exemplos, é como iremos saber se os significados de palavras estarão certos ou não, para isso devemos nos informar quais são as melhores recomendações de livros de acordo com suas traduções, claro que dependendo de seu tradutor, isso para desenvolvermos uma dedução do que será abordado, e também para facilitar o texto para o estudante, ao ler, onde também precisará de um auxilio de dicionários, então tão para ler um determinado tipo de texto precisamos de um conhecimento histórico da época em que foi escrito. O que será colocado nesse texto serão as semelhanças e diferenças entre, o tratado de Aristóteles, e o dialogo de Platão, saberemos que ambos fazem parte do mesmo período histórico, onde se usava tanto a língua como na escrita, os idiomas gregos e latim, os dois modos de escrita se tratam de textos clássicos, e filosóficos.
Wenyo Alves do Nascimento
ResponderExcluirModos de Escrita Filosóficos :parte 2
Sobre o tratado de Aristóteles, a sua metodologia, trata-se de delimitar um tema, e o problema e vai da às soluções, no tratado o leitor é a parte integrante da conversa, onde ao elaborar uma tese no campo da moral ele a define, divulga suas idéias e mostra as possibilidades e resultados ao leitor, para seja possível atingir um modelo de conduta social e moral, diferentemente do diálogo que delimita um tema, mas não dar soluções para o problema ele apenas estimula o interlocutor a uma reflexão, para, Aristóteles, ao lembrar o que foi obtido em suas argumentações, coloca uma definição de virtude e acumula uma serie de determinações mais precisas que enriquecem e delimita a sua definição mais ainda, a cada passagem de um artigo ele reforça o que já foi dito e esclarecido, com o intuito de fazer com que o leitor compreenda o todo. Diferentemente de Platão, que nos seus diálogos, em especial os aporéticos e maiêuticos, não apresentam uma solução ao problema, e assim caracteriza sua metodologia socrática - maiêutica, onde o interlocutor deve encontrar as respostas, através de um método interrogativo que precisa de uma dualidade já que o movimento do pensamento requer primeiro lugar um distanciamento em relação á primeira, aparência imediata depois uma retomada em nível superior, onde seu objetivo é estimular o leitor a reflexão, e tenta mostra a ignorância de quem ele esta dialogando, colocando esse método como um grande passo para a reflexão, a qual instiga o homem a chegar a um conhecimento através do seu próprio questionamento. Segundo Aristóteles, a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento e para a linguagem da filosofia e da ciência, pois têm como ponto de partida opiniões, fazendo com que isso não garanta uma possibilidade de chegar à essência da coisa investigada, no caso a verdade. Já Aristóteles usa a sua Ética a Nicômaco, para falar dos seus conceitos com maiores detalhes. Deixando a todo instante a sua preocupação com o bem humano, a boa vida, as virtudes, a justiça bem explícitos, com o objetivo de estudar a felicidade para se chegar a uma virtude e só poderá ser adquirida, com o homem, ao seguir as leis, regras de acordo com sua educação, deverá desenvolver no homem os hábitos virtuosos.
Enquanto o tratado, ao analisar e delimitar um tema, tratando da natureza da virtude moral, onde o objetivo é a solução do problema que aparecera com o uso dos argumentos, ele tem como ponto não fugir do assunto, o contrario do diálogo que é circular e usa rodeios para chegar em determinados assuntos e tem a finalidade de desperta duvidas, questionamento, à reflexão, e com fim a derrubada de argumentos, fato este que contribui para a não apresentação de uma reposta, uma vez que cada argumento apresentado é derrubado por outro. Diante todas essas diferenças e comparações entre esses textos filosóficos, ajudarão muito a filosofia a se desenvolver mais ainda, a compreensão de problemas éticos, religiosos, questionamentos, a entender teorias filosóficas, até nos dias de hoje. Podemos dizer que ambos métodos, e escritas filosóficas chegam a um determinado ponto, que é atingir o conhecimento.
IOMAR PEREIRA DA COSTA
ResponderExcluirCOMPARATIVO ENTRE DIALOGO E TRATADO
Na filosofia há diferentes tipos de escritas, tais como DIALOGO, TRATADO, SUMA, AFORISMO, entre outras; tratarei aqui neste pequeno texto especificamente sobre o dialogo socrático de Platão e o tratado a ética à nicômaco de Aristóteles. Tentarei fazer um comparativo entre esses dois tipos de escrita dando ênfase às semelhanças e diferenças existente entre elas.Podemos destacar ainda que trata-se de textos clássicos antigos,e é de grande importância termos conhecimento do contexto histórico em que eles se encontravam,o período em que foi escrito,as palavras de uso na época,para situarmos na leitura dos mesmos,sem correr o risco de termos interpretações errada do que ele queriam dizer nos seus escritos.
De inicio faz-se necessário dizermos que o dialogo é uma forma de escrita deixada por Sócrates e herdada pelo seu discípulo Platão, que tinha uma forte tendência artística e dialética; já Aristóteles, tinha como forma de escrita o tratado, no qual nos dá noções, doutrinas de diversas dificuldades, ou seja, trabalha com um tema em específico e desenvolve uma tese sobre o problema ali existente.
O que poderei dizer sobre o dialogo socrático?Bem, é possível dizer que, é uma forma de ensaio, feito em clima polêmico, no qual tem o intuito de instigar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre questões moral, através de questionamentos. Sócrates conduz o estimulo do pensamento a que ele pretende mostrar ao seu interlocutor a sua própria ignorância sobre certos assuntos,com posições e contraposições,tendo por fim questões entre abertas,ou seja, o seu interlocutor desiste de se posicionar sobre os assuntos colocados no dialogo,são diálogos incompletos,por desistência e por falta de argumentos.
Outra característica do dialogo, é o jogo de posições e contra posições na busca da verdade moral; existe um confronto de idéias; não há em seu dialogo uma conclusão, como já havia dito antes, pois essa tarefa de interrogar e encontrar problemas são continua e não podem ter fim, valendo-se muito da ironia, denunciando assim a verdade feita e os falsos saberes, aqueles que julgamos saber e sustentarmos como verdadeiros.
O dialogo não é de um todo negativo, a sua parte positiva é a maiêutica, que é o fazer nascerem às idéias, a partir das certezas universais; ele tem a finalidade de derrubar argumentos antes estabelecidos, mostrando-o o erro, levando a ter a consciência do defeito existente na questão, e a ignorância tomada por cada um a respeito de tal questão, nos dando um direcionamento, um novo rumo no processo de autoconhecimento, possibilitando assim a mudança de conduta.
Sócrates, não defende uma opinião própria, mesmo porque ele busca fazer nascer à opinião favorável da pessoa, estigando-os a descobri a verdade pelos seus próprios argumentos.
ResponderExcluirJá o tratado, em especial a Ética Nicômano, escrita utilizada por Aristóteles, ao contrario do dialogo,delimita-se o tema, onde se encontra o problema e trabalha-se em cima da questão em especifico, procurando respostas para tal. Essa escrita, por sua vez, usa-se, por exemplo, a questão da virtude (tema), para mostramos que essa é uma característica do ser humano, e, é uma qualidade de caráter no qual precisa ser exercitada, vale-se do raciocínio; é uma pratica discursiva, pois tem o intuito de esclarecer o problema central.
Faz-se uso do conjunto de posições adquiridas; usa-se a razão no campo da ética, e diz ainda que toda ação tenha um bem qualquer, ou seja, essa escrita atua muito bem com os sentimentos. A escrita na forma de tratado,trabalha com diversos fins,no qual nos leva ao agir moral;procura buscar uma essência medianeira,ou seja,não pode ser demais e nem de menos,tem que ser sobre medida;Aristóteles,procura trabalhar com o ”bem humano”.
Apesar das muitas diferenças e poucas semelhanças, conclui-se que essas formas de escritas são de grande importância, tanto que, ainda hoje é usada de forma corriqueira, pois instiga o intelecto do individuo, na sua busca pelo saber. Contribuí e muito, para o potencial da filosofia contemporânea,pois como vimos em estudos feito ao longo do período, temos sempre que recorrer a história da filosofia para fazermos filosofia; essas escritas fazem parte da história da filosofia,pois elas são apresentadas pelos clássicos, Platão e Aristóteles
Jean Célio parte I
ResponderExcluirFORMAS DE ESCRITA
DIÁLOGOS DE PLATÃO E AFORISMO DE NIETZSCHE
O que podemos observar que é uma forma de conversação “os diálogos”. Que podem ser estabelecidos entre duas ou mais pessoas. Se aproxima muito de um diálogo real comum, quando duas pessoas estão conversando, onde sempre tenha que existir um locutor e um interlocutor uma discussão ou troca de idéias, existindo assim uma comunicação. No qual o mesmo se dá por argumentos e replicas. Em que um argumento é lançado e outro derrubado. Em diálogos de Platão “Eutífron”. Quando Eutífron indaga Sócrates sobre a condição em que estava. Observa-se ali uma espécie verdadeiramente de conversação, onde chegam a discutir sobre o que seja piedade, trocando idéias, opiniões e conceitos para chegar a uma certa verdade. Pois bem como já vimos os diálogos surgiram primeiramente na idade antiga onde seu berço foi a Grécia constituindo-se a principal forma de criação do teatro. Onde os diálogos tinha uma forma moral e pedagogia. Pois usavam a maiêutica que são formas pedagógicas ainda do processo socrático, que em suas formas lingüísticas utilizavam princípios metafísicos e moralismos. Portanto num diálogo é evidentemente necessário que aja um certo conhecimento sobre o que estar sendo discutido ou o que vai ser discutido, entre as duas partes, para que possam chegar através de suas opiniões, a uma determinada conclusão objetivando a solução de problemas.
O estilo aforistico de Nietzsche se contrapõe de uma forma muito distinta dos diálogos. Pois Nietzsche prefere usar a forma aforistoca diferentemente da que foi usada no passado, apesar de ser influenciado por alguns moralistas. Ele usa seu aforismo totalmente diferente dos antigos filósofos. É uma forma mais direta, ou um pequeno texto que é escrito conceitos diretos e fechados. Que expõe as idéias em poucas palavras. Diferentemente dos antigos que identificavam o aforismo de caráter moral e pedagógico. Seu aforismo se afasta desses conceitos mais leva sempre temas de caráter moral, pois apresenta pensamentos filosóficos, breve, concentrados e fechados, exemplo disso são frases que geraram grandes problemas e confusões. Mais vale observar uma característica muito importante é a forma como ele utilizou para apresentar seus pensamentos buscando uma estreita ligação entre linguagem e moral. Algumas exemplos de frases na forma aforistica:
– “Deus esta morto. Viva perigosamente. Qual o melhor remédio? – Vitória”
Jean Célio parte II
ResponderExcluir– “O evangelho morreu na cruz”.
– “Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos”.
Portanto uma das características principais que podemos observar nessa duas formas de escrita é que o moralismo e formas lingüísticas que são desenvolvidas. Assim também o aforismo antigo tinha o caráter pedagógico semelhantemente com os diálogos. O aforismo de Nietzsche trabalha em cima da linguagem onde procura a realidade das coisas uma expressão de nova postura do pensamento. O diálogo sempre será uma espécie de conversação que se utiliza da linguagem para chegar a um objetivo conveniente.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
ResponderExcluirCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DISCIPLINA: INICIAÇÃO A FILOSOFIA
PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES
GRADUANDO: BÁRBARA MARIA
Modo de escria:diálogo e tratado
Ante de começar a comparação dos textos devemos levar em consideração que os dois modos de escrita são textos antigos e que requerem bastante cuidado na sua leitura e interpretação.
Através da análise comparativa de dois modos de escrita os escritos platônicos que são diálogos e dos escritos aristotélicos que é tratado notamos várias diferenças entre eles.Sendo que platão foi discípulo de sócrates e aristóteles discípulo de platão.
Os escritos platõnicos são ensinamento transmitido ao público sem restrição, os escritos platônicos nos chegam á forma de Diálogos, e as idéias são desenvolvidas paulatinamente, o que pressupõe que um (ainda que não conhecedor de filosofia) poderia lê-las .Depois, escritos como ‘’Apológia de Sócrates’’ demonstran que a intençao de Platão nao era discursar para os seus discípulos, mas sim para o povo de modo geral.E a metodologia do estudo do diálogo se da mesma forma que um texto antigo mesmo que esteja numa ediçao simples podemos extrair a sua assência, o seu estudo depois da leitura começa-se a delimitar o tema, a tese , o objeto de discussão a preparação do plano , e explicação do texto e a conclusão.
Já os escritos aristotélicos são de ensinamento reservado a poucos. Isto porque as suas obras pressupões certo conhecimento de filosofia, o que os leva afirma que as mesmas não eram dirigidas ao publico em geral, mas aos alunos já iniciados. Os escritos aristótelisco fazem constantes referência a outros escritos e é essencial que o leitor os conheça e sua linguagem é estritamente técnico (filosófica). Por o tratado ser um texto antigo a sua metodologia requer muito cuidado, pois as suas traduções nem sempre são confiável devemos sempre ter em mãos dicionário e se possível o texto original, seu método de estudo começa delimitando do se trata o texto, depois vamos desenvolver os pensamentos de Aristóteles e por ultimo a conclusão.
Diferente do diálogo o tratado vem de forma sequencial uma escrita extensa ele da o tema, problematiza o tema e depois de uma solução sendo que ele tem apenas um assunto já o dialigo de plantão não vem em sequencia e não é dada uma solução.
Entretanto podemos notar que os modos de escrita tratado e dialogo não só são diferentes na estrutura, mas ao público destinado, pois o tratado e o diálogo vão dos elementos como um todo ás partes e não o inverso.
Caroline TajraEustachio
ResponderExcluirO estilo literário do aforismo vem desde a antiguidade. Por Hipócrates , foram deixadas sentenças curtas e pragmáticas de cunho medieval, e o conteúdo de seus aforismos era de pauta medicinal.
Mas foi Sêneca que deu ao aforismo a utilização moral. Muitos utilizaram esse tipo de escrita, Schopenhauer, La Roche Foucault, Wittgenstein. Mas em Nietzsche, o aforismo toma uma característica bem peculiar, diferente da maneira utilizada pelos antigos.
Esse padrão de escrita que foi muito bem difundido por Nietzsche, na verdade não predominou emtodas as suas obras. Nietzsche desde seus escritos de juventude já nutre uma certa desconfiança em relação a linguagem em desvendar a verdadeira realidade das coisas.
As obras de Nietzsche são estudas em três fases. Na primeira fase não são encontrados os aforismos. Já na segunda fase é que o aforismo se torna sua principal forma de escrita, sendo esta fase, o marco do aforismo em sua forma mais singular na história da filosofia. Na terceira fase, ele quase que abandona o uso de aforismos por completo, não sendo mais sua principal forma de escrita. Portanto, apenas na segunda fase se concentram os estudos de aforismos em Nietzsche.
O aforismo tem um modo breve de exposição. Mas não é fragmentado, é um processo de pensamento. Se chega mais rápido nas questões filosóficas com esse tipo de escrita. No caso de Nietzsche, que nunca se conformou com a teia de valores absolutos dicotômicos sempre abordados pela maior parte dos filósofos, (principalmente na metafísica) sem apontar soluções, ou quando os faziam, desprezavam as diversas possibilidades de uma determinada questão, enxergando tudo de maneira dual.
Nietzsche era completamente contrário ao tão seguido “espírito do tempo”, caracterizadoassim por Hegel, o processo da história. Nietzsche acreditava no “espírito livre”, e que somos seres com diversas perspectivas, e não vítimas de um mero processo, do qual não teríamos qualquer participação como agentes.
Ele queria que os indivíduos se desapegassem dos valores impostos vigentes, e os submetesse a análise, imiscuindo-se neste mesmo ato. Mas não só isso, ele queria discutir para que serve o novo em busca do próprio novo, colocar em questão o que a modernidade estava fazendo com suas evoluções.
Como melhor forma de expressar suas concepções, Nietzsche optou por se utilizar do estilo aforístico.
Já nos Diálogos aporéticos, apesar de a característica crucial serem as contradições, e em Nietzsche também se encontrar contradições em algumas passagens, nesses diálogos, (relatados por Platão no caso de Sócrates) é nítida a dicotomia a qual Nietzsche se opunha. A visão dos valores fundamentada sempre em opostos e sempre se buscando o absoluto, que está a cima de qualquer um, portanto, metafísico.
A obrigação de conhecer as Formas (substâncias primeiras que compõem o ser) faz que os Diálogos, com algumas poucas exceções, se apresentam como ensaios dedefinição. Não no início visto que nascem no mundo das opiniões onde tem lugar unicamente as qualidades.
Podem-se, portanto distinguir nos Diálogos a questão inicial e a questão prévia. Para responder questões como, se alguém é ou não amigo seu, primeiro é preciso perguntar-se o que é a amizade. As vezes também é um fato inicial que serve de apoio a investigação dialética. O diálogo propriamente dialético não principia senão co o enunciado da questão prévia.
Poder-se-ia acreditar que a partir desse momento a questão inicial, na medida em que tiver desempenhado a sua função de despertar a reflexão, não reterá mais a atenção dos interlocutores. É este, com efeito o caso nos diálogos aporéticos.
Nos diálogos aporéticos não são garantidas a resolução do problema inicial, já o aforismo, tem uma forma de pensamento acabado, ainda que mais curto.
JOÃO BATISTA FARIAS JÚNIOR
ResponderExcluirMODOS DE ESCRITA FILOSÓFICA
São muitos os modos de escrita pelos quais os pensadores publicam seus trabalhos. Cada um com um modo de escrita porpriamente dita e abordagem do problema de forma diferente e particular. Os dois abordados neste estudo, o diálogo e o aforismo, possuem tanto pontos em comum quanto divergentes.
O diálogo caracteriza-se por ser um modo de escrita mais bem elaborado. É geralmente um texto extenso e quase sempre mais difícil de tratar. Como o nome diz, um diálogo filosófico é a exposição de um problema filosófico na conversa de dois ou mais personagens, enquanto um vai tentanto responder ao problema, outro personagem tenta refutar os argumentos do primeiro.
No aforismo, o filosofo sempre procura ser o mais breve possivel ao criar uma frase que expõe um determinado pensamento. Atentando sempre para a brevidade e a "objetividade" (aqui a palavra objetividade é posta entre aspas pois alguns filosofos vão justamente na contra mão da palavra, buscando a subjetividade no aforismo), procurando sempre tratar de alguma questão de valor moral. Ponto este em comum com o diálogo.
O aforimos em muitos dicionários aparece com um significado muito próximo de um proverbio. Enquanto que o diálogo e colocado como um tipo de texto onde há entre os personagens uma troca ou negociação de idéias e conceitos. O aforismo diverge nisso ao passo que apesar de apresentar em alguns casos algumas faces do problema. Esta não é feito de modo tão "agressivo" quanto no diálogo.
Os textos em diálogo foram muito utilizados por Platão nos diálogos sócraticos. Sócrates dialogando com outro personagem, busca enfatizar que se tratando de questões de valores, principal tema abordado nos diálogos sócraticos, nunca poderemos chegar a uma definição absoluta para tais valores. Sendo que para chegar a tal conclusão, ele passa o texto quase que inteiro gerando questões em cima das respostas de seus companheiros, refutando e deixando-os confusos muitas vezes.
O aforismo foi, pode-se dizer, que um dos modos de escrita prediléto de Nietzsche. Através de aforismos, Nietzsche faz critica a muitas concepções metafisicas. Nietzche afirma que com o uso do aforismo o espirito livre, como ele define o filosofo que investiga a origem dos conceitos morais e não faz uso da linguagem moralista, poderá criticar abertamente os filosofos que fazem uso dos principios racionais. Deixando o aforismo como uma arma para a desconstrução da filosofia moral tradicional.
O aforismo vem de uma significância com proposições bastante consideráveis. Pode-se da ênfase a muitos sentidos em pouquíssimas palavras a estilização literária do aforismo.
ResponderExcluirHipócrates que no ano de 400 a.c, enfatizou um pequenino opúsculo com pequenas e curtas sentenças. Contudo a utilização moral do aforismo se passou quase que imediato a identificar o aforismo com uma demonstração moral ao do caráter
pedagógico, o aforismo vem a ser encontrado em diversos e grandiosos pensadores com por exemplo: Schopenhawer.
ResponderExcluirContudo o aforismo deu grandes aspectos e influencia a Nitsche, o aforismo pode ser visto e encontrados com facilidade em obras de Wittignstein, mas foi niezsche que deu conotações cabíveis, mas com maneiras diferentes do que era enfatizado de diversos pensadores.
O aforismo vem aparecer em obras do nietzche quando ele se da conta com o intermédio e desenvolvimento nessa fase se preocupa com critica em relação a linguagem ao criticar a moral e as concepções metafísicas dando-se assim tradução de Platão e Sócrates e a judaico crista. Ao tentar superar meios deficientes da linguagem Nietzche, vem utilizar a nova linguagem em relação ao aforismo, contra a tradição
ResponderExcluirmoral platônica e socrática daí vem o uso constante do aforismo. Já que o meio de dialogo Socrático era totalmente diferente do aforismo, pondo que se devia trabalhar com valores morais e sempre deixar diálogos abertos.
ResponderExcluirO Dialogo vem da conotações a ironia maeutica e a semântica, enfatiza-se que o homem deve adquirir conhecimento através do auto questionamento. O dialogo um meio de reflexão e com significações a amizade mas com virtudes acabou se tratando ad defesa de Sócrates, todos tem a pretençao de ter valores contrários ao que nietzcshe
ResponderExcluirhavia conotado no aforismo que justamente críticos a valores. Contudo Sócrates procura a seu expectante uma contradição que vem despertar a reflexão que ele próprio fez como valorizar a sabedoria que é uma forma de formação lógica destacando que o ser homem vinha a reconhecer de que mais passivelmente pode acabar chegando ao conhecimento
ResponderExcluirO aforismo vem de uma significância com proposições bastante consideráveis. Pode-se da ênfase a muitos sentidos em pouquíssimas palavras a estilização literária do aforismo.
ResponderExcluirHipócrates que no ano de 400 a.c, enfatizou um pequenino opúsculo com pequenas e curtas sentenças. Contudo a utilização moral do aforismo se passou quase que imediato a identificar o aforismo com uma demonstração moral ao do caráter pedagógico, o aforismo vem a ser encontrado em diversos e grandiosos pensadores com por exemplo: Schopenhawer.
Contudo o aforismo deu grandes aspectos e influencia a Nitsche, o aforismo pode ser visto e encontrados com facilidade em obras de Wittignstein, mas foi niezsche que deu conotações cabíveis, mas com maneiras diferentes do que era enfatizado de diversos pensadores.
O aforismo vem aparecer em obras do nietzche quando ele se da conta com o intermédio e desenvolvimento nessa fase se preocupa com critica em relação a linguagem ao criticar a moral e as concepções metafísicas dando-se assim tradução de Platão e Sócrates e a judaico crista. Ao tentar superar meios deficientes da linguagem Nietzche, vem utilizar a nova linguagem em relação ao aforismo, contra a tradição moral platônica e socrática daí vem o uso constante do aforismo. Já que o meio de dialogo Socrático era totalmente diferente do aforismo, pondo que se devia trabalhar com valores morais e sempre deixar diálogos abertos.
O Dialogo vem da conotações a ironia maeutica e a semântica, enfatiza-se que o homem deve adquirir conhecimento através do auto questionamento. O dialogo um meio de reflexão e com significações a amizade mas com virtudes acabou se tratando ad defesa de Sócrates, todos tem a pretençao de ter valores contrários ao que nietzcshe havia conotado no aforismo que justamente críticos a valores. Contudo Sócrates procura a seu expectante uma contradição que vem despertar a reflexão que ele próprio fez como valorizar a sabedoria que é uma forma de formação lógica destacando que o ser homem vinha a reconhecer de que mais passivelmente pode acabar chegando ao conhecimento
LAÍZE MIKAELE
ResponderExcluirCOMPARAÇÃO ENTRE SUMA E DIÁLOGO:
O leitor que, pela primeira vez, abre a suma teológica de São Tomás de Aquino, percebe que ela é um tanto estranha e difícil. Mas, ao mesmo tempo, fica claro que aquilo chamado de “artigo” é a unidade elementar do texto como um todo.
O artigo isolado encontra seu lugar dentro desta estrutura, mas não produz todo o seu significado ate que seja visto em relação com todo o resto. Contudo, fica claro que a primeira tarefa é a de entender cada artigo individual em si mesmo.
O artigo começa com a declaração de uma pergunta apresentada na forma alternativa por meio da partícula utrum (se). São apresentados, então, argumentos para os dois lados da alternativa. Diversos argumentos são dados para o lado oposto àquele que S. TOMÁS irá manter e, daí, serem eles frequentemente chamados de “objeções”. Geralmente, apenas um argumento em favor do outro lado é apresentado, sendo este introduzido por palavras sed contra.
São Tomás dá, então, sua própria resposta à questão proposta. Esta parte tem início com palavras, respondeo dicendum,que são, geralmente traduzidas por “em resposta, cumpre dizer”. Esta parte é frequentemente chamada de “corpo do artigo”.
Finalmente, os primeiros argumentos apresentados são refutados como sendo contrários à posição tomada por S. Tomás de Aquino. Estas são suas respostas às “objeções”. Usualmente elas se aplicam apenas às primeiras séries de argumentos visto que na suma, o argumento sed contra, na maioria das vezes, coincide com as posições adotadas por s. Tomás. Nenhum leitor deixará de perceber que estas são as partes de um artigo como eles se apresentam na suma.
Já o diálogo, tecnicamente falando, não exige nenhum tratamento particular já que se trata sempre de reconstruir a argumentação, de produzir as articulações, de identificar e analisar as noções. Filosoficamente falando, não há nenhuma diferença substancial a estabelecer. O próprio Platão no-lo diz: “método interrogativo” não decorre da obrigação doutrinal, mas da comodidade prática. Em todo caso, é preciso uma dualidade, porque o movimento de pensamento requer, em primeiro lugar, um distanciamento em relação à aparência imediata, depois de uma retomada em nível superior.
A verdade filosófica não se dá num discurso monolítico que bastaria aprender como um saber acabado, mas por um longo encaminhamento pessoal, que cada uma deve assumir por conta própria.
O método socrático é indissociável do pensamento em ação. A verdade filosófica não é produzida por um mestre, inventada por um gênio; ela é primária, está sempre presente, mas dissimulada, encoberta, velada. A maiêutica nos remete aqui ao tema da reminiscência: a verdade não é engendrada ela, ela é trazida à luz.
A maiêutica, portanto, jamais pode ser considerada como uma ciência, mas como uma habilidade, uma arte. Ela se manifesta ao se executar. Os maiêuticos jamais aprenderam a pedagogia em casa, na escola: eles são práticos. A ciência amada e buscada pelos filósofos não é, portanto, a maiêutica e, esta por sua vez, não é a filosofia, mas apenas sua mediação.
COMPARAÇÃO DE TEXTOS FILOSOFICOS
ResponderExcluirAluna: Rafaella de Araujo Pereira
Ética a Nicômaco e Suma Teológica
Ao iniciar a leitura de um texto filosófico, deve-se prestar bastante atenção para não tirar conclusões erradas sobre os autores. É sempre bom ressaltar que, sempre que for ler uma obra filosófica ter em mãos um dicionário de filosofia e um dicionário de português, porque a linguagem utilizada nestes textos não é de muito fácil acesso e também quando for ler ter um conhecimento prévio sobre o que se vai ler.
Essas obras são textos clássicos, que pertencem à filosofia antiga. A Suma Teologia de Santo Tomaz de Aquino opera de forma positiva com o conhecimento, tem por finalidade ensinar, ela serve também de introdução a teologia, ela é escrita em terceira pessoa e tem conteúdo exclusivamente teológico. Essa obra trata da natureza de Deus, das questões morais, etc. a Suma divide-se em três partes: Deus, os atos humanos e Cristo.
A Ética a Nicômaco é a principal obra de Aristóteles sobre a ética. Nela se expõe sua concepção de virtude, que é tratado em seu segundo livro. Ela é uma qualidade potencial que só se adquire quando se agem com justiça. Esta obra é composta por dez livros.
Há vários modos de escrita filosófica, o tratado de Aristóteles e a Suma de Tomaz de Aquino são exemplos. Um é de caráter restritamente religioso o outro aborda assuntos específicos, desenvolvendo teses sobre os problemas existentes. Nessas obras, há mais diferenças que semelhanças. São importantes para o nosso enriquecimento intelectual e para a nossa formação como filósofos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI – UFPI
ResponderExcluirCENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA – DEFI
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E A REDAÇÃO FILOSOFIA
PROF. Helder Buenos Aires de Carvalho
ALUNO: Hélio Lima Lustosa Junior – 09H16730
Modos de escrita filosófica
Filosofia da linguagem e epistemologia
Aristóteles em seus escritos afirma que o homem é um animal político, isto é, um ser social e cívico, porque é dotado de linguagem que ele chama de logos, e com ela o homem exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir e possuir esses valores são o que torna possível a vida social e política, e que somente os homens são capazes. Hjelmslev afirma que a linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos, sendo um instrumento para o qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos. O instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciada, a base mais profunda da sociedade humana. Hjelmslev afirma também que a linguagem é o recurso último e indispensável do homem, seu refugio nas horas solitárias em que o espírito luta contra a existência, e quando o conflito se resolve no monologo do poeta e na meditação do pensador. Uma forma propriamente humana de comunicação e da relação com o mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento e das artes. Platão em seu dialogo com Fedro, diz que a linguagem é um “pharmakon”. Esta palavra grega significa remédio, veneno e cosmético, Platão considera que a linguagem pode ser um remédio ou um veneno, pois pelo dialogo e pela comunicação, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros.
As palavras nos fazem aceitar, fascinados o que vimos ou lemos, sem que indaguemos se tais palavras são verdadeiras ou falcas. A linguagem pode ser conhecimento – comunicação, mas também pode ser encantamento – sedução. A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comunicação entre pessoas e para a expressão de idéias, valores e sentimentos. Embora tão simples essa definição da linguagem, esconde problemas com as quais os filósofos têm-se ocupados desde muito tempo. A linguagem é um sistema, uma totalidade de estrutura, com princípios e leis próprias. É um sistema de sinais ou signos, os elementos que formam a totalidade lingüística são uns tipos, especial de objetos, os signos ou objetos que indicam outros, designam outros ou representam outros. A linguagem indica coisas, isto é, os signos (as palavras) que possuem função indicativa ou denotativa, pois como que apontam para as coisas que significam. Tem também uma função comunicativa, com relação aos outros, como os diálogos, argumentos, persuasão, relatos. a expressão de pensamentos, sentimentos e valores, possuem uma função de conhecimento e de expressão, sendo neste caso conotativa, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes, dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito que ouve ou ler.
ResponderExcluirA metafísica é a investigação filosófica que gira em torno da pergunta “o que é” e “é”, possuem nos caso, dois sentidos. I significa “existe”, de modo que a pergunta se refere à existência da realidade e pode ser transcrita como: “o que existe؟”. II significa “natureza própria de alguma coisa”. De modo que a pergunta se refere à essência da realidade, podendo ser transcrita como: “qual é a essência daquilo que existe؟”. Existência e essência da realidade em seus múltiplos aspectos são, assim, os temas principais da metafísica, que investiga os fundamentos, as causas e o ser intimo de todas as coisas, indagando por que existem. A historia da metafísica pode ser dividida em três grandes períodos, o primeiro deles separado dos outros dois pela filosofia de David Hume. 1º. Período que vai de Platão e Aristóteles (séculos IV e III a.C). No primeiro período a metafísica possui as seguintes características como a de investigar aquilo que é ou existe, a realidade em si. é um conhecimento racional aprioristico. Não se baseia nos dados conhecidos diretamente pela experiência sensível ou sensorial (nos dados empíricos), mas nos puros conceitos formulados pelo pensamento puro ou pelo intelecto. É um conhecimento sistemático, cada conceito depende de outros e se relacionar com outros, formando um sistema coerente de idéias ligadas entre si.
ResponderExcluirO 2º. Período que vai de Kant (século XVIII) até a fenomenologia de Husserl (século XX). O segundo tem seu centro na filosofia de Kant, que demonstra a impossibilidade dos conceitos tradicionais da metafísica para alcançar e conhecer a realidade em si das coisas. Em seu lugar, Kant propõe que a metafísica seja o conhecimento de nossa própria capacidade de conhecer, seja um critica da razão pura teórica, tomando a realidade como aquilo que existe para nos enquanto somos o sujeito do conhecimento. A metafísica poderá continuar usando o mesmo vocabulário que usava tradicionalmente, mas o sentido conceitual das palavras mudara totalmente. Embora com muitas diferenças a fenomenologia de Husserl trilhara um caminho próximo ao de Kant. Ao período 3º. A metafísica ou ontologia contemporânea, dos anos 1920 aos anos 1970, procura superar tanto a antiga metafísica quanto a concepção Kantiana, considera o objeto da metafísica a relação originaria mundo-homem. Suas principais características são a investigações dos diferentes modos como os entes ou seres existem. A investigação da essência ou do sentido e da estrutura desses entes ou seres. Alguns consideram que a metafísica ou ontologia contemporânea deveria ser chamada de descritiva, porque em vez de oferecer uma explicação aprioristica da realidade, é uma interpretação racional da lógica da realidade, descrevendo as estruturas do mundo e as do nosso pensamento. As correntes distintas como a filosofia da linguagem como a metafísica se entrelaçam quando se encontram na questão filosófica dos porquês, hora pois para o filosofar da metafísica é preciso conhecer seus signos do descrever da realidade, entra a fase da classificação da linguagem antes da questão metafísica entre indicativa ou denotativa, a inportancia maior neste entrelaçar esta presente no vocabulário filosófico.
ResponderExcluirUNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
ResponderExcluirDISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E A REDAÇÃO FILOSÓFICA
PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
ALUNA: MARIA GOMES FERNANDES
MODOS DA ESCRITA FILOSÓFICA
( “TRATADO” E “DIÁLOGO”)
Esse texto é uma abordagem comparativa entre dois modos da escrita filosófica: O “tratado” e o “diálogo”. Lembrando que, na contextualização histórica da filosofia antiga se faz necessário uma especial atenção no diz respeito à interpretação e tradução dos textos escritos naquela época, devendo ser observado quanto à mudança do significado das palavras de um idioma para outro, evitando assim um entendimento errôneo relacionado às idéias centrais dos autores.
Tomei como base para falar sobre esses modos de escrita filosófica, os textos sobre a Ética a Nicômaco, de Aristóteles, e Eutífron, de Platão. O exemplo do modo de escrita do “tratado” apresentado, foi sobre a Ética a Nicômaco, na qual Aristóteles desenvolveu um trabalho tendo a virtude como tema central. No texto ele diz que para o homem ser considerado moralmente virtuoso é necessário que ele tenha todas as virtudes juntas, pois segundo ele, não tem como o homem ser virtuoso por parte. Trata de maneira abrangente a amizade, que classifica como uma virtude, e mostra que uma amizade boa é aquela em que um amigo procura ver no outro, qualidades virtuosas.
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ResponderExcluirALUNA: MARIA GOMES FERNANDES
ResponderExcluirMODOS DA ESCRITA FILOSÓFICA
( “TRATADO” E “DIÁLOGO”)
PARTE - 2
Aristóteles desenvolveu suas idéias sem fugir ao tema central, mostrando a pretensão de apontar caminhos que esclareçam ou solucionem o problema em questão. O tratado aristotélico é construído seguindo sempre um raciocínio lógico. Sem muita liberdade de questionamento por parte dos interlocutores.
Ao contrário do “tratado” o “diálogo” é um modo de escrita filosófica que tem como principal característica o questionamento, a argumentação, e não apresenta uma solução definida para as questões abordadas. È o caso dos diálogos aporéticos que, por vezes sugere funções pedagógicas, que podem ser avaliadas de forma negativa como também positiva. Negativas, por não chegar a uma conclusão exata sobre um determinado problema, E positiva porque levanta vários temas importantes durante o diálogo, oferecendo assim, um instrumental de reflexão. No diálogo aporético de Eutífron nota-se que o interlocutor termina acreditando que é ignorante diante a certos assuntos em questão, pois, praticamente foge do diálogo dizendo que está com pressa, e que precisa seguir viagem.
Diante a comparação dos modos de escrita filosófica, entre o “tratado” e o “diálogo”no contexto acima, percebo que, basicamente a diferença entre ambos está na forma como se dar cada um, ou seja, enquanto que no “tratado” um problema é desenvolvido pelo seu autor, seguindo um raciocínio lógico e apresentando conclusões satisfatórias aos interlocutores, no “diálogo” é exatamente ao contrário, uma vez que, o problema abordado gera vários outros questionamentos, e não se chega a nenhuma conclusão. Com relação ao “diálogo” Lembro de um comentário feito pelo professor que, “Sócrates parte sempre de um problema particular e chega a uma discussão mais ampla, de caráter universal”.
José Ribeiro
ResponderExcluirModos da Escrita Filosófica
Comparação entre a Suma Teologia e o Aforismo.
Antes de fazer uma comparação entre os dois textos, vou fazer uma breve analise ou definir o objetivo dos mesmos. Na suma de São Tomás, tem-se uma introdução a teologia, o que interessa para a teologia cristã, a sua função: é iniciar o estudante na teologia cristã, além dessa finalidade São Tomás procura um diálogo possível, uma harmonia com os outros que a essência da investigação da suma seria três:
Na primeira tarefa, seria investigar o problema, para se elaborar um texto, tem que se procurar, identificar o problema, com isso, você terá uma opinião ou conhecimento melhor do problema.
Segundo – uma investigação precisa de um objetivo, precisa ter um horizonte “final”.
Terceiro, você tem que ser flexível aos autores, é como textos, aos outros intelectual, pois, com os outros textos você pode encontrar argumentos que lhe ajude na compreensão do debate.
No Aforismo (sentença moral breve e conceituosa, apotegma, máxima) de Nietzsche, tem-se como essência a critica a linguagem obscura e apoiada em preconceitos dos metafísicos de sua época, a fundamentação da sua critica está na seguinte frase: Defeito hereditário dos filósofos – Todos os filósofos tem em si o defeito comum de partirem do presente e acreditarem chegar ao alvo por uma analise dele.
Tudo o que o filosofo enuncia sobre o homem, entretanto, nada mais é, no fundo, do que um testemunho sobre o homem de um espaço de tempo muito limitado.
Enfatiza também sobre o espírito livre, seria uma espécie de não está preso mais a tradição. Em suma Nietzsche, procura desconstruir a linguagem tradicional da filosofia moral e construir uma outra linguagem, uma expressão ou uma nova postura do pensamento e de uma nova concepção sobre o que é a própria vida e de tudo o que a implica.
Fazendo uma analogia entre os dois textos, pode-se levantar a questão do novo, uma nova forma de pensamento, uma linguagem nova, pois, tanto São Tomás como Nietzsche procura sair daquilo que era rotineiro ou linear e buscar o além da realidade que estavam vivenciando. São Tomás, procura uma nova forma de debate, em que procura ouvir, as outras opiniões, os outros sumos, e com isso fazer ou formar uma opinião, na qual leve uma harmonia entre os mesmos.
Enquanto Nietzsche procura o novo, o diferente em relação a tradição moral filosófica, fazendo assim, duras criticas a tradição filosófica. Mas aqui também, é onde encontramos suas diferenças, pois, enquanto um não “joga pedra”, ou seja, não faz uma critica ferrenea (S. T.) o outro “joga grande pedras” nos seus contemporâneos (Nietzsche). Impulsionando-os a pensar não mais tradicionalmente.
Francisco Alves
ResponderExcluirO aforismo
É uma proposição concisa que encerra muitos sentidos em poucas palavras. O sentido literário do aforismo é antigo. Já se encontra no artigo Hipocrates que por volta de 400ª. C escreveu um pequeno opúsculo, formado por sentenças curtas e pragmáticas de cunho medicinal. Mas com a utilização moral que Sêneca fez do aforismo passou-se uase sempre identificar o aforismo com uma certa moralidade ou do caráter pedagógico. O aforismo pode ser encontrado em outros pensadores como: Pascal e Schopenhauer no aforismo para a sabedoria e La Sochfaucault, moralista francês. Estes dois últimos influenciaram um dos principais expoentes do aforismo Nietzsche. O aforismo pode ser encontrado na obra de Wittgnrtein. Porem foi Nietzsche quem usou o aforismo de maneira diferente do que era usado por outros pensadores, o aforismo de Nietzcshe surge com um objetivo muito especifico que se confunde com o próprio desenvolvimento da filosofia. O aforismo somente aparece nas obras de Nietzsche no período intermediário contrariando a opinião comum de que suas obras são essencialmente aforisticas. E na frase intermediaria que Nietzsche acentua a sua critica conta a linguagem, quando ele critica as concepções metafísicas e a moral dela proveniente, que herdamos da tradição socrática, platônica e dessa linguagem e utiliza uma nova forma é o aforismo. Uma dos principais alvos da critica de Nietzcshe como já foi dito, é a tradição moral socrática-platonica. Ele usa o aforismo uma arma diferente.
O dialogo
O dialogo socrático bem diferente do aforismo intriga o homem a trabalhar com valores morais, deixa sempre uma pergunta em aberto.
O dialogo trabalha com a maeutica e a ironia, a maeutica a qual instiga o homem a chegar a um conhecimento através do seu próprio questionamento. O dialogo desperta a auto reflexão valoriza a amizade como virtude. Os interlocutores do dialogo são em qualquer grau eruditos. Se nem todos as suas respectivas competências figuram na lista da defesa de Sócrates, todos pretendem ter por objetivo os valores, contrariando o aforismo de Nietzcshe que faz critica a esses valores. Sócrates em seu dialogo tende a levar os seus ouvintes a contradição que desperta a reflexão e não só produz o conhecimento sensível. É através da reflexão que Sócrates faz com que atinja seus valores. O dialogo valoriza a virtude como uma forma de sabedoria, destaca que a virtude é um tipo ideal para todo homem este deve cultivá-la no seu dia-dia.
Sócrates através de seu dialogo faz com que o homem reconheça que nada sabe e só reconhecendo que não detem a verdade alcançando o conhecimento.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
ResponderExcluirCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
PROFESSOR: HELDER BUENOS
ALUNA: LAYANE DE PAULA VELOSO
Modos de Escrita Filosóficos :parte 1
Comparativo entre dialogo e Aforismo
O dialogo parece um gênero literário difícil de tratar, porém é preciso afastar essa idéia, pois não é necessário tratá-lo diferentemente das outras textos, o procedimento de abordagem é, primeiramente trabalharmos o texto dentro de seus limites, no caso de uma explicação é necessário ir mais longe, utilizando livros, cursos, comentadores, enquanto a problemática, as questões,os objetos de discussão , a argumentação o plano deve-se portanto ser produzidos do texto.
O tema do dialogo é a maiêutica, a tese é identificada após uma leitura aprofundada, para ler é preciso identificar o plano, este por meio de sinal é bastante difícil, primeiramente descrevermos que Sócrates, procede a uma comparação ponto à ponto entre a arte do maiêtico, ao introduzir motivo da impotência das parteiras, Sócrates, faz com que seu discurso se desloque para sua própria impotência. Não é possível compreender um dialogo socrático, sem assimilar a maiêutica com a arte de parir, sem isso não seria possível compará-las, pois nas mesmas existem diferenças, vê-se então o primeiro trabalho da maiêutica, é discernir o real do aparente, o verdadeiro do falso, a segunda diferença é que arte de Sócrates, gera os homens e não as mulheres, pois o homem compete o trabalho filosófico, a mulher o trabalho genésico, ou seja, a verdadeira vida não é da ordem dos vivos carnais, e sim dos espíritos , a terceira diferença trata-se do parto das almas e não dos corpos, a oposição entre a alma e o corpo esclarece a opinião entre homem e mulher, Sócrates afirmava que os “homens buscam a verdade e as mulheres serem parturientes”, isso quer dizer que os homens estão de fato “prenhes” mas de uma verdade que traz de dentro de si.
Sócrates, conclui que a maiêutica depende de um chamado divino, portanto a filosofia não é uma atividade espontânea, pois requer a presença de um mediador, que só cumprirá essa função se for chamada de outra parte ( ordem divina ).
LAYANE DE PAULA VELOZO
ResponderExcluirMODOS DE ESCRITA :PARTE 2
Compreendemos então que o objetivo de Sócrates é que concluíamos que “não sabemos de nada”, e para sabermos é preciso admitir isso, para então parir as idéias verdadeiras.
O aforismo é um estilo literário antigo, que tem uma certa compreensão moral, ou de caráter pedagógico, sendo utilizado por vários filósofos, dentre eles o principal é Nietzsche, o aforismo nele é diferente dos outros filósofos, pois nele o objetivo é especifico, sendo que este se confunde com o próprio desenvolvimento de sua filosofia.
Nietzsche obtinha um gosto por oposições, estabelecendo uma investigação que dê conta das origens de nossos conceitos morais, Nietzsche propõe um critico da moral que chama de “espírito livre”, e sua linguagem será a do aforismo, tentando uma “ruptura”, no pensamento linear de seus contemporâneos, que pensam de forma dedutiva a partir de princípios racionais, aceitos como inquestionáveis, Nietzsche argumenta que não existe tais princípios. Para Nietzsche, desconstruir a linguagem tradicional só seria possível se fosse utilizado outra linguagem, que é justamente o aforismo.
Com isso, incluímos que a diferença entre o dialogo e o aforismo, é justamente porque o aforismo tem um modo livre de exposição que exprima uma nova postura moral de sua época, Nietzsche critica justamente a moral e a metafísica que Sócrates tanto considera, fazendo uso da maiêutica algo transcendental, como ao discernir que a vida não é da ordem dos vivos carnais, e sim de ordem do espírito, o objetivo dos diálogos socráticos são de levantar perguntas e não respostas para o problema, fazendo com que o leitor reflita, assim Nietzsche, se assemelha com o aforismo, o leitor é convidado a pensar, a refazer, ou a produzir por si mesmo.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
ResponderExcluirCENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA
PROFESSOR: HELDER BUENOS
ALUNA: LAYANE DE PAULA VELOSO
Modos de Escrita Filosóficos :parte 1
Comparativo entre dialogo e Aforismo
O dialogo parece um gênero literário difícil de tratar, porém é preciso afastar essa idéia, pois não é necessário tratá-lo diferentemente das outras textos, o procedimento de abordagem é, primeiramente trabalharmos o texto dentro de seus limites, no caso de uma explicação é necessário ir mais longe, utilizando livros, cursos, comentadores, enquanto a problemática, as questões,os objetos de discussão , a argumentação o plano deve-se portanto ser produzidos do texto.
O tema do dialogo é a maiêutica, a tese é identificada após uma leitura aprofundada, para ler é preciso identificar o plano, este por meio de sinal é bastante difícil, primeiramente descrevermos que Sócrates, procede a uma comparação ponto à ponto entre a arte do maiêtico, ao introduzir motivo da impotência das parteiras, Sócrates, faz com que seu discurso se desloque para sua própria impotência. Não é possível compreender um dialogo socrático, sem assimilar a maiêutica com a arte de parir, sem isso não seria possível compará-las, pois nas mesmas existem diferenças, vê-se então o primeiro trabalho da maiêutica, é discernir o real do aparente, o verdadeiro do falso, a segunda diferença é que arte de Sócrates, gera os homens e não as mulheres, pois o homem compete o trabalho filosófico, a mulher o trabalho genésico, ou seja, a verdadeira vida não é da ordem dos vivos carnais, e sim dos espíritos , a terceira diferença trata-se do parto das almas e não dos corpos, a oposição entre a alma e o corpo esclarece a opinião entre homem e mulher, Sócrates afirmava que os “homens buscam a verdade e as mulheres serem parturientes”, isso quer dizer que os homens estão de fato “prenhes” mas de uma verdade que traz de dentro de si.
Sócrates, conclui que a maiêutica depende de um chamado divino, portanto a filosofia não é uma atividade espontânea, pois requer a presença de um mediador, que só cumprirá essa função se for chamada de outra parte ( ordem divina ).
LAYANE DE PAULA VELOZO
ResponderExcluirMODOS DE ESCRITA :PARTE 2
Compreendemos então que o objetivo de Sócrates é que concluíamos que “não sabemos de nada”, e para sabermos é preciso admitir isso, para então parir as idéias verdadeiras.
O aforismo é um estilo literário antigo, que tem uma certa compreensão moral, ou de caráter pedagógico, sendo utilizado por vários filósofos, dentre eles o principal é Nietzsche, o aforismo nele é diferente dos outros filósofos, pois nele o objetivo é especifico, sendo que este se confunde com o próprio desenvolvimento de sua filosofia.
Nietzsche obtinha um gosto por oposições, estabelecendo uma investigação que dê conta das origens de nossos conceitos morais, Nietzsche propõe um critico da moral que chama de “espírito livre”, e sua linguagem será a do aforismo, tentando uma “ruptura”, no pensamento linear de seus contemporâneos, que pensam de forma dedutiva a partir de princípios racionais, aceitos como inquestionáveis, Nietzsche argumenta que não existe tais princípios. Para Nietzsche, desconstruir a linguagem tradicional só seria possível se fosse utilizado outra linguagem, que é justamente o aforismo.
Com isso, incluímos que a diferença entre o dialogo e o aforismo, é justamente porque o aforismo tem um modo livre de exposição que exprima uma nova postura moral de sua época, Nietzsche critica justamente a moral e a metafísica que Sócrates tanto considera, fazendo uso da maiêutica algo transcendental, como ao discernir que a vida não é da ordem dos vivos carnais, e sim de ordem do espírito, o objetivo dos diálogos socráticos são de levantar perguntas e não respostas para o problema, fazendo com que o leitor reflita, assim Nietzsche, se assemelha com o aforismo, o leitor é convidado a pensar, a refazer, ou a produzir por si mesmo.
KALININA KAREM AREA SAMPAIO
ResponderExcluirPARTE:01
DIALOGO X AFORISMO
O aforismo tem a igualdade com o dialogo somente em um item, a antiguidade de duas formas verdadeiras, porem tem a diferença. Enquanto uma prevê a conversação entre os personagens o outro vai se desenrolar e mostrar um tema, o estilo aforistico se diferencia por ir direto, é caracterizado no seu estilo, o seu modo breve da exposição sendo que essa exposição é mais límpida e fechada porem é achados em cada pensamento uma liberdade, uma particularidade própria, caracterizando, portanto uma idéia ou pensamento, apresenta-se também nessa tipologia de modo de escrita, quase sempre um valor com a personalidade e moralidade contendo em si um caráter pedagógico, também intitulado ao estilo vem uma critica de alguns autores, que se utilizam o aforismo como uma arma.
Não e pelo fato de ser breve que podemos cometer o equivoco de ver o aforismo como fragmentos de pensamento. Pois não o é, existe para cada parte uma suficiência de significado, que manifesta um caráter auto-suficiente, aberto e prenhe de pluralidade de sentido, tornando, portanto um processo de pensamento, cujo leitor é convidado e incentivado a refazer e conseqüentemente a produzir por si mesmo o significado.
São vários os filósofos que se apropriam desse tipo de escrita filosófica, estabelecendo, portanto sempre uma linguagem com o mundo da filosofia e com os seus admiradores.
É estabelecida assim, portanto a diferença entre essas duas formas de escritas. Enquanto uma tem uma fala direta e que convida o leitor a formular e reformular junto o pensamento, a outra se encontra na forma não muito direta contendo quase sempre a resolução dos problemas ou dos impasses.
KALININA KAREN AREA SAMPAIO
ResponderExcluirPARTE:02
É notável a diversidade de ambas as formas para as formas filosóficas, vindo a dá para o modo diversificado de se filosofar e de se escrever na filosofia. O diálogo de Platão requer a um modo de destruir argumentos que o aprendiz possa da uma reestruturação desses argumentos, sendo que esse seja o caminho para chegar a um processamento de novos argumentos é apenas indicado pelo discente, ou seja, da uma idéia pura para Platão que não pode ser repassada verbalmente, ela só pode ser entendida quando há uma reflexão apropriada sobre o assunto a ser tratado, então esse conhecimento só poderá ser alcançado por um próprio mérito, o mestre aqui só tem a objetividade de ditar um caminho a ser seguido para chegar a tal conhecimento.
O diálogo Platão tem por objetividade não deixar consistentes os argumentos e sim por em dúvida a veracidade de tais argumentos, por isso o seu caráter interrogação destrutiva. Por tanto tem por objetivo trazer conhecimentos do aprendiz, ato esse que segundo o dialogo Platônico não pode ser passado como um saber terminado, pronta para ser repassada para o aprendiz em questão, a verdade filosófica só pode ser adquirida por méritos pessoais, que cada um devera assumir uma própria responsabilidade.