domingo, 28 de junho de 2009

Ensaio

Escolher um tópico do item do plano de curso e, dentro do tema escolhido, selecionar um problema filosófico e desenvolver uma reflexão sobre esse problema a partir de, pelo menos, 3 textos diferentes usados na pesquisa sobre o problema escolhido. É obrigatório a citação dos textos utilizados no trabalho. O texto deverá ter um mínimo de 3 laudas, Times New Roman 12, Espaço 1,5. Use as regras da ABNT que você aprendeu na Introdução à Metodologia Científica.

Prazo de postagem: 05/07. Publicar como comentário neste tópico.

85 comentários:

  1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    DISC: Inicialização a Filosofia
    ALUNA: Caroline Tajra Eustachio

    Etimologicamente, metafísica significa “depois da física”. Do ponto de vista do objeto formal é a ciência do ser enquanto ser. Um conceito aristotélico.
    É complexo dizer de uma só vez, o que é a metafísica, porque tomou várias roupagens durante a história da filosofia. É por causa disso que vou não me ater a nenhum tema específico dentro da metafísica, e sim as divergências se a mesma pode ser tomada como um estudo válido ou não.
    Platão via a metafísica como a própria filosofia. Dualista, ele considerou o ser como idéia e matéria. Do mundo das essências e do mundo dos sentidos se dá o ser completo, sendo o segundo dependente do primeiro.
    Aristóteles coloca que a essência está no próprio ser e não em outro plano, não existe para ele essa separação. Aí está o ponto de partida para uma ifinitude de discussões. A essência se encontra no plano físico ou em um plano superior? Existe outro mundo de onde provêm as coisas que não seja o que nós sentimos?
    David Hume dirá que os dois pressupostos da metafísica (1-a realidade em si existe e pode conhecida; 2-ideias ou conceitos são um conhecimento verdadeiro da realidade) não tem fundamento. Hume coloca que as ideias nada mais são que hábitos mentais de associação de impressões semelhantes ou de impressões sucessivas. A partir dele a metafísica se torna impossível. Ele desestabilizou o suporte que faz a metafísica ser matéria de discussão.
    Kant foi o primeiro a reagir aos problemas postos por Hume. Ele realizou uma “revolução copernica”, para ele antes de qualquer afirmação sobre idéias, houvesse o estudo da própria capacidade de conhecer, isto é, a razão. Ele também distinguiu duas modalidades de conhecimento: empírico e apriorístico, estes exprimidos como juízos sintéticos e analíticos. Ele também se questionava se podia ser possível a metafísica e se fosse possível em que circunstância. A metafísica em Kant é possível quando tem côo objeto de estudo as condições de possibilidades de todo o conhecimento humano e de toda a experiência humana possível. Para Kant, a metafísica é portanto, as condições necessárias da objetividade em geral e não o “ser enquanto ser”, nem Deus, alma e mundo, nem substância infinita, pensante e extensa. Ele a define como o conhecimento do conhecimento e da experiência humana. Ele também enquadra a ética e a moral no campo metafísico, vistos como objetos práticos.
    O ser ainda é um dos maiores interesses para pensadores de diversas áreas. Sempre haverá espaço para as discussões metafísicas.




    Bibliografia

    CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. 9 ed. São Paulo: Ática, 1997.
    TELES, Antonio Xavier. Introdução ao estudo de filosofia. São Paulo: Ática, 1988.
    VILELA, Orlando. Iniciação filosófica. 3 ed. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada, 1974.

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  2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
    CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS - CCHL
    CURSO FILOSOFIA
    DISCIPLINA INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E À REDAÇÃO FILOSÓFICA
    PROFESSOR HELDER BUENOS AIRES
    ALUNO: JOÃO BATISTA FARIAS JÚNIOR


    FILOSOFIA DA LINGUAGEM

    A LINGUAGEM

    "Em sentido genérico, pode-se definir a linguagem como um sistema de signos convencionais que pretende representar a realidade e que é usado na comunicação humana." (Dicionário básico de filosofia - Hilton Japiassú, Danilo Marcondes).
    A linguagem é a combinação de signos e significados, postos esses signos em determinada ordem que obedeça a algumas regras, assim o que se deseja exprimir é colocado numa ordem lógica e coerente. Pelo menos é assim que a linguagem deve funcionar. Lembrando que a linguagem no que diz respeito à comunicação não apresenta apenas os signos escritos. Também podemos enviar ou receber uma mensagem através de outros tipos de signos, como imagens, gestos, símbolos e outros. Passando assim o campo da linguagem a ser bem vasto e diversificado.

    COMO A LINGUAGEM SE RELACIONA COM A MENTE DO FALANTE E DO INTÉRPRETE?

    É certo que para haver comunicação, ou seja um bom uso da linguagem, é necessário que esta esteja em sincronia entre as mentes que irão usá-la.
    Já sabemos que nos signos estão inseridos certos valores e significados que arremetem a alguma idéia. Mas como é possível que tal idéia possua o mesmo significado em todas as mentes? Logo responderemos isso. Mas antes vejamos um pouco de como uma palavra representa vários objetos que possuem um perfil em comum (não digo que todos sejam iguais porque aí viriam mais questões filosóficas).
    Vejamos como o filosofo Thomas Nagel exemplifica a questão da generalização dos significados na linguagem em seu livro Uma breve introdução à Filosofia: “Tomemos a palavra ‘tabaco’, que talvez pareça um exemplo fácil. Ela se refere a uma espécie de planta cujo nome latino a maioria de nós desconhece, e cujas folhas são usadas para fabricar cigarros e charutos. Todos nós já vimos e cheiramos tabaco, mas a palavra, tal como a usamos, refere-se não apenas à amostra da substancia que vimos ou que está por perto quando usamos a palavra, mas a todos os exemplos de tabaco, quer saibamos, quer não de sua existência”. Fica retido aqui que o signo vai designar em muitos casos não um ser unicamente, mas vários seres com uma mesma essência.
    Tomemos de volta a questão de como se dá a generalização dos significados nas mentes das pessoas. Partindo da epistemologia, podemos tomar a linguagem como sendo um processo em que os significados são adquiridos por todos através de um senso comum. Alberto Thomal em sua obra O desafio de pensar sobre o pensar, explica um pouco sobre o que seria esse senso comum: “É um conhecimento espontâneo, resultado da herança e das experiências de um grupo. É um tipo de conhecimento que parte de observações simples mas sem a preocupação de uma garantia cientifica rigorosa.”. Assim podemos concluir que existe um valor nesse significado que será comum a todos os seres humanos, mas como se dá essa passagem? Através da experiência. Mas a experiência também vai ser comum a todos? Não se pode dizer com certeza. Visto que ficam agregados a estas questões um vasto aparato de problemas epistemológicos, lógicos e ontológicos como foi dito no inicio deste texto.

    continua...

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  3. ...continuação




    Tomando de volta a relação entre a linguagem e a mente na qual ela se acondiciona, teremos que aceitar que todos temos algo em comum em nossas experiências que faz com que tenhamos signos e significados compartilhados na linguagem. Mas o que será de palavras cujos significados estão relacionados a coisas em que os nossos sentidos (experiência empírica) não os detectam? São noções como de tempo, espaço, e sentimentos que não se pode captar através dos sentidos e assim relaciona-las com os nossos semelhantes. Estaríamos então nos lançando a uma área de estudo além da condição empírica.
    Concluímos através desse estudo que a linguagem se instala na mente das pessoas através da experiência e que esta trás junto a chamada questão dos universais, onde se investiga no que corresponde o significado dos nomes comuns (problema trabalhado por Thomas Nagel utilizado o tabaco como exemplo). Porém que existem signos referentes a coisas que não podem ser tomadas empiricamente para estudo. Deixando esta função de definir como a linguagem se relaciona com a mente um pouco para estudo de outros ramos do estudo filosófico, mas ficando bem exposto que a filosofia da linguagem demonstra que é através da experiência, dos fatos empíricos e outros individuais e ainda assim com “algo” em comum, que a linguagem toma forma na mente e que tal experiência deve ser compartilhada em sua essência com os outros que utilizam a linguagem para que esta transcorra de modo coerente entre as mentes dos interlocutores.


    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
    JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de Filosofia, Rio de Janeiro, Zahar, 2006.
    NAGEL, Thomas. Uma breve introdução à Filosofia, São Paulo, Martins Fontes, 2001.
    THOMAL, Alberto. O desafio de pensar sobre o pensar - Investigando sobre a teoria do conhecimento, Florianópolis, Sophos, 2001.

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  4. Aryane Raysa Araújo dos santos

    O problema do Conhecimento na ótica dos sofistas, Platão e Aristóteles

    No limiar da filosofia os filósofos se preocuparam demasiadamente em conhecer mundo sem,contudo,avaliar nossa própria capacidade cognoscitiva .Foi preciso o gênio e a filosofia sofista para que acordássemos para um dos problemas centrais da filosofia: somos realmente capazes de conhecer a verdade das coisas ? Ou ainda podemos chegar a verdade absoluta ?A resposta dos sofista a essa questão é negativa. Protágoras, um dos mais célebres filósofos da escola sofista ,adotou uma postura relativista no que diz respeito ao conhecimento .Sócrates ,Platão e Aristóteles foram grandes opositores dos sofistas, Manfredo em seu livro ``reviravolta lingüística pragmática `` afirma que toda filosofia de Aristóteles é uma tentativa de responder as indagações dos sofistas.
    O pensamentos de Aristóteles e Platão é muito vasto,limitar-nos-emos aqui a fazer algumas consideração no que concerne a teoria do conhecimento de Platão e Aristóteles e suas respectiva diferenças bem como elencar as contribuições dos sofistas sob o que diz respeito ao conhecimento.Será que a gnoseologia de Platão e Aristóteles supera o relativismo dos sofista? Nos propomos aqui fazer uma ligeira abordagem a respeito dessas questões .

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  5. O RELATIVISMO DOS SOFISTA (continuaçao )

    A proposição clássica de Protágoras de que `` o homem é a medida de todas as coisa`` é talvez o ponto mais alto do relativismo dos sofistas. Com medida o Protágoras queria dizer com ``normas de juízo`e com ``todas as coisas`` entende –se todos os fatos os fatos e experiência de um modo geral .Com essa acepção Protágoras queria dizer basicamente que não existe critério absoluto que distingue o verdadeiro do falso ,o ser dos não-ser .Uma coisa é para mim aquilo que ela parece ser essa mesma coisa é para você aquilo que ela parece essas e outras idéias do Protágoras estão contida no livro `` As Antilogias `` sua principal obra.
    Guthrie faz algumas citações no livro ``Os Sofista`` de Górgias um sofista que nas suas praticas retóricas se baseava numa filosofia relativista semelhante a de Protágoras e por ela se justificava ,segundo Gutheire`` Para expressar com toda força intelectual de que dispõem ,esta tese de que estamos todos a mercê de uma opinião e a verdade e para cada um de nos aquilo de que somos persuadidos a crer,porque não existe nenhuma verdade permanente e estável para se conhecer ,ele lança na forma filosófica de desafio a afirmação eleatica de um só ser imutável apreendido por uma razão infalível enquanto oposta ao mundo mutante da aparência ,ou na opinião ,que era irreal ,existe como ao mesmo tempo realidade imutável e objeto do conhecimento humano.Se houvesse esta realidade,não poderia aprende-la ,e,mesmo se pudesse nunca poderia comunicar o nosso conhecimento aos outros .Vivemos num mundo onde opiniões e suprema ,e não deixa o orador sofista,mestre da arte persuasão tanto privada ,no comando de todo o campo de experiência ,pois opinião sempre se pode mudar.Somente o conhecimento,baseado em provas inabaláveis ,poderia se opor aos ataques peithon,e não existe uma coisas desta .E esta ,no modo de ver de Platão ,a arquieresia que deve fazer o Maximo para destruir ``

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  6. A QUESTÃO DO CONHEÇIMENTO EM PLATÃO

    O Problema do conhecimento já fora de algum modo ventilado por todos os filósofos precedentes , no entanto nenhum pensador anterior a Platão tenha proposto de forma especifica e definida graças ás aquisições estruturalmente ligadas á descoberta do mundo inteligível
    Para resolver algumas dificuldades gnosiológicas dos pré- socráticos ,Platão fez antes de tudo uma distinção entre dois mundos : o mundo sensível ,onde se encontrara m todos os objetos de um mundo físico e o mundo inteligível que corresponde a imaterialidade irreal que são nossas idéias,nossos conceitos e pensamentos
    Na visão Josué Cândido `` o dualismo do Platônico entre mundo sensível e o mundo das idéias era um artifício dispensável para responder a pergunta sobre o conhecimento ,Nossos pensamento não surge do contato de nossa alma com o mundo das idéias ,Mas da experiência sensível.
    A primeira resposta do problema do conhecimento encontra no ``Menon ``.Os eristas tentaram capciosamente bloquear a questão ,sustentando a impossibilidade de pesquisa e do conhecimento .de fato é impossível investiga o conhecer se ainda não se conhece ,ainda que se tivesse descobri-lo seria impossível identificação ,pois faltaria meio para realização da identificação . ,por outro lado é impossível conhecer o que eu já se conhece ,precisamente porque ele já é conhecido
    Para conhecermos a verdade precisaríamos, segundo Platão nos desligarmos do sensível ou seja onde se encontra o mundo físico ,material e buscar por meio da razão atingir um mundo inteligível .Platão acreditava também que nossa alma já esteve um dia no mundo das idéias ou hiperurâneo onde tudo era imaterial e nós tínhamos um conhecimento perfeito das coisas.Para conhecermos então e preciso relembrar o conhecimento que um dia tivemos essa atitude de relembrar é chamado de reminiscências, um exemplo para reforça o que foi dito anteriormente quando Platão realizou uma experiência ``maiêutica´´ que antes era um pressuposto mitológico e tornasse conclusão : `` ele interroga um escravo ignorante de geometria e consegue fazer com que ele,apenas através do método socrático do interrogação ,resolva um problema complexo de geometria – logos argumenta Platão –como um escravo nada aprendera de geometria antes de alguém ter lhe ensinado ,a parti dessa constatação de que ele a soube encontrar por si mesmo não resta se não concluir que extraiu de centro de si mesmo de sua própria alma ,isto é ,recordou-se dela . Aqui afirma a base da argumentação de Platão ,longe de ser mito e constatação de fato,o escravo como qualquer pessoa pode extrair verdades dentro de si que antes não conhecia e que ninguém lhe ensinou.
    Assim segundo Giovanni Reale ,Platão não valorizava o conhecimento adivinho dos sentidos e acha que o saber ,a verdade esta no interior do homem trata-se apenas de recorda aquilo que já foi originalmente possuído.

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  7. Ética(parte 1)
    Universidade Federal do Piauí
    Departamento de Filosofia
    Prof:Helder Buenos aires de Carvalho

    Aluno: Jean Carlos Costa Lima

    A ética uma área da filosofia que lida com questões morais, ou seja, ela estuda a aplicação de princípios que visam fundamentar a conduta individual e social do ser humano. Dentre os tipos de teoria ética(baseada no dever,na conseqüência e na virtude)será dado o enfoque no utilitarismo,um tipo de teoria ética consequencialista.

    O utilitarismo, teoria proposta por David Hume e formulada definitivamente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, se fundamenta na pressuposição de que a finalidade extrema da atividade humana é a felicidade. De acordo com James Rachel na obra “Elementos da filosofia moral”,o utilitarismo se baseia em três proposições:“Primeiro,deve-se julgar que as ações são moralmente certas ou erradas somente em função das sua conseqüências.Segundo,ao avaliar as conseqüências,a única coisa que interessa é a quantidade de felicidade ou infelicidade criada.Terceiro,a felicidade de cada pessoa conta da mesma maneira.”

    Com isso, depreende-se que para os utilitaristas as ações corretas são as que produzem o maior equilíbrio possível de felicidade e infelicidade, sendo a felicidade de cada pessoa contabilizada com igualmente importante.

    No utilitarismo, há um principio moral essencial, chamado de “Principio da Utilidade”. O livro “Historia argumentada da filosofia moral e política” aborda sobre o principio da utilidade e segundo um dos organizadores da obra,Christian Lazerri,esse principio “tem por único fim a felicidade e que o espírito humano não tem outra tarefa senão aquela de revelar meios novos e inéditos para aumentar a os prazeres e diminuir as dores,ou seja,em certas circunstâncias,a ação certa é aquela que causar maior felicidade(ou pelo menos o maior equilíbrio entre felicidade e infelicidade) para o maior numero de pessoas.Vale ressaltar,que Bentham e Mill variaram acerca da definição do seria útil ou proveitoso para o maior numero.Adolfo Sanchez Vazquez,no livro “Ética”,diz que “para Bentham,unicamente o prazer é o bom ou útil;o utilitarismo combina-se aqui com o hedonismo.Para Mill,o útil ou bom é a felicidade.E,com por ela não se entende exclusivamente a felicidade pessoal,mas o maior numero possível de homens,a sua doutrina vem a ser uma forma de eudomonismo social”.

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  8. A EPISTEMOLOGIA EM ARISTÓTELES (continuando)

    Aristóteles diferente de Platão não nega a importância dos sentidos inclusive afirma que nada chegaria a mente humano sem a mediação dos sentidos .Não seria possível conhecer absolutamente nada segundo Aristóteles ,sem o contado com mundo sensível.classificados por alguns autores de como o empirista o filosofo também teve preocupação de justificar raçionalmente seus argumentos para que estes tivesse validade universal

    Aristóteles explica o conhecimento intelectivo em função das categorias metafísicas de potencia e ato .Por si mesma ,a inteligência e a capacidade e pertencia de conhecer as formas puras ,para ele as formas estão contidas em potencia nas sensações e nas imagens da fantasia ;e necessário algo que traduza em ato essa dupla potencialidade ,de modo que o pensamento se concretize captando a forma em ato e que a forma contidas nas imagens ser torne conceito possuidor dos atos
    Dessa forma Aristóteles cria a lógica e se posiciona de forma contraria aos sofistas nos que diz respeito ao relativismo .Nesse ponto aristóteles como Platão defenderam que o conhecimento sobre o mundo não e relativo mais objetivo e absoluto.
    Acerca da questão levantada na introdução : se Platão e Aristóteles superaram o relativismo dos sofistas,mais especificamente Protágoras,cremos que a resposta seja positiva contudo isso não tira o mérito dos sofista esses realizaram deslocamento do eixo de pesquisa filosófica do campo do cosmo para o homem ,preçisamente nesse deslocamento é que esta o seu mais relevante significado histórico e filosófico ,os sofistas levantaram questões vitais para filosofia ,embora tenha sido formulada grandes criticas do aristóteles e Platão a respeito das teorias formuladas pelos sofistas em relação ao relativismo desses ,sem a contribuição de Protágoras ,Górgias e outros sofista ,Sócrates ,Platão ,aristóteles a filosofia não teria chegado tão longe.
    A área da filosofia chamada de teoria do conhecimento ou epistemologia que foi abordada e ampla ,no entanto foi levantada apenas aspectos superficiais sobre a problemática do conhecimento limitando-se apenas na visão do sofista,Platão e Aristóteles.

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  9. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

    REALE,Giovanni e Antiseri, Dario. Historia da filosofia: antiguidade e idade media .São Paulo:paulus,1990-(coleção filosofia)

    GUTHRIE,W.K.C. Os Sofistas. São Paulo: paulus, 2007

    CÂNDIDO, Josué. Da causa da matéria a causa final. http://educação .uol.com.be/filosofia/teoria-do-conheçimento-aristoteles.acessado em: 02 de junho 2009.

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  10. Ética(parte 2)

    Aluno: Jean Carlos Costa Lima

    Para pôr em pratica as ideias utilitaristas, pensemos num exemplo sobre eutanásia. Um físico que trabalhou com raios X durante trinta anos contraiu uma doença,chamada cancro,devido à exposição excessiva à radiação.Os médicos o informaram que ele tinha cerca de um ano de vida,mas ele não queria continuar a viver pois,vivia num estado em que sentia dores permanentes e de muito sofrimento.Sabendo que ia morrer de qualquer da maneiras,e desejando escapar à sua desgraça,pedem para os seus três irmãos que o matem.Apenas um aceita e num determinado dia,usando um revolver,dar dois tiros em seu irmão levando-o a morte.

    A historia acima levanta algumas questões como essa: a atitude do irmão foi moralmente correta?A tradição moral predominante na nossa sociedade é naturalmente cristã. O cristianismo defende que a vida humana é uma dádiva de Deus e só acabara quando ele decidir.Por isso,na nossa tradição moral.a atitude do irmão de matar intencionalmente uma pessoa inocente foi uma ação errada.

    Mas o utilitarismo faz uma abordagem muito diferente. Segundo James Rachel,levar-nos-ia a perguntar: tendo em conta a alternativas ao dispor do paciente,qual delas teria as melhores conseqüências globais? Qual ação produziria o maior equilíbrio entre felicidade e infelicidade para todos os envolvidos?Para os utilitaristas a ação cometida pelo irmão foi uma ação moralmente correta, pois, o estado do paciente era de tanto sofrimento e infelicidade que a matá-lo foi um meio de livrá-lo da dor e do sofrimento. Esse argumento utilitarista é simples.Devemos julgar as ações como certas ou erradas conforme causam mais felicidade e infelicidade.

    Dessa forma, para os utilitaristas, não só a eutanásia é moralmente aceitável como também deveria tornar-se legal porque as leis que proíbem a eutanásia não são apenas contrárias ao bem-estar geral, são igualmente restrições injustificáveis sobre o direito das pessoas controlarem as suas próprias vidas.

    Outra questão de abordagem utilitarista encarada como uma questão moral de grande importância é sobre os animais não-humanos. James Rachel afirma que na tradição cristã só o ser humano é feito a imagem de Deus e que os meros animais nem mesmo têm alma,assim,permitindo aos seres humanos usar os animais para qualquer propósito que entendam.

    Os utilitaristas, no entanto, não aceitam essa ideia. O que importa não é se um individuo tem alma,é racional e sim se é capaz de ter a experiência da felicidade e da infelicidade,do prazer e da dor.Como tanto os seres humanos como os não-humanos podem sofrer,temos razoes para não maltratá-los.Por isso,maltratar ou matar os animais não-humanos seria para os utilitaristas uma ação moralmente incorreta.

    Mas os utilitaristas também sofreram criticas à sua teoria. Bentham e Mill eram representantes do utilitarismo clássico,também conhecido como utilitarismo do ato.Os antiutilitaristas afirmam que o utilitarismo clássico deveria ser abandonado porque muitas das ações propostas pelos utilitaristas são imorais.

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  11. Ética(parte 3)

    Aluno: Jean Carlos Costa Lima


    A ideia de que as conseqüências são as únicas coisas que importam foi um dos alvos dos argumentos antiutilitaristas que insistem que há varias considerações, alem da utilidade, que são importantes para determinar o que é ou não é moralmente correto. Um desses argumentos fala sobre a justiça na qual os antiutilitaristas dão um exemplo.Suponha que um utilitarista visita uma área na qual há tensões raciais e que,durante a sua visita,um negro viola uma mulher branca,e que como resultado do crime ocorrem confrontos raciais,com multidões de brancos ,com a conivência da policia,revida espancando e matando negros.Suponha ainda que o utilitarista esta no local na hora do crime quando este é cometido,de modo que seu testemunho pode levar à condenação de um negro qualquer.Se ele sabe que uma detenção rápida porá fim aos confrontos e linchamentos,certamente,como utilitarista,terá de concluir que tem o dever de prestar falso testemunho de maneira a permitir a punição de uma pessoa inocente.Esse exemplo mostra que a teoria utilitarista é incompatível com a ideia de justiça,pois,para por fim aos confrontos,o utilitarista deveria mentir a fim de proporcionar conseqüências boas(que é de por fim aos confrontos) mas poderia ter algumas conseqüências más – um homem inocente poderia ser executado-.

    Apesar das criticas antiutilitaristas, surgiram os utilitaristas contemporâneos, que ao invés de a teoria utilitarista clássica ser abandonada ela deveria apenas aperfeiçoada. De acordo com James Rachel, os utilitaristas contemporâneos afirmam que a ideia essencial é sólida e deveria ser preservada ,mas reformulada de uma forma satisfatória.

    Com isso, surge o utilitarismo de regra sendo seu principal defensor Richard Brandt. Brandt deu uma definição do seria uma ação moralmente incorreta,ele diz:“moralmente errado significa que uma ação seria proibida por qualquer código moral que todas as pessoas racionais tenderiam a apoiar,de preferência a todos os outros ou a nenhum outro,para a sociedade do agente,se estivessem a expectativa de passar a vida nessa sociedade.

    Com essa definição, os utilitaristas de regra procuram não ter dificuldades de lidar com os argumentos antiutilitaristas. No exemplo do utilitarista que presta falso testemunho contra um homem inocente um utilitarista de regra não raciocinaria daquela maneira,ele perguntaria primeiro:que regras gerais de conduta tendem a promover a maior felicidade?Supondo que o utilitarista de regra viva numa sociedade na qual a regra“ não prestar falso testemunho, pois seguindo essa regra, nessa sociedade as pessoas têm mais possibilidade de viver melhor. Desta forma, o utilitarista de regra não viola o senso moral.

    Em suma, apesar das fragilidades na teoria utilitarista clássica, Bentham e Milll procuraram não só analisar teoricamente suas ideias sobre o agir humano moral e social, mas também aplicar essas ideias no plano prático, como á codificação das leis a fim de elas pudessem ser compreendidas por qualquer pessoa. Assim,percebe-se que a teoria utilitarista procura uma nova concepção de moralidade para as ações humanas.

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  12. Universidade Federal do Piauí
    Centro de ciências humanas e letras (CCHL)
    Curso: Filosofia
    Disciplina: Introdução a filosofia e a redação filosófica
    Professor: Helder Buenos Aires de Carvalho
    Aluno: José Luis de Barros Guimarães


    Os problemas da justificação epistêmica (parte 1)

    No conceito tripartite platônico do conhecimento, justificação é um termo discutido com freqüência entre os filósofos epistêmicos contemporâneos, por ser o elo entre crença e verdade, afinal para que uma determinada crença seja verdadeira é necessário que se tenha justificação epistêmica, ou seja, grau de mérito, que se opõe à sorte. Vários filósofos como Platão e Kant afirmaram que as justificações são indícios suficientes para que uma determinada crença seja considerada verdadeira.
    No entanto existem teorias e filósofos que contrapõem essa idéia partilhada por Platão e Kant de que justificação é um termo determinante para se chegar ao conhecimento. Ao longo desse texto vamos discutir a teoria falibilista, as fontes do conhecimento, o problema de Gettier, o argumento cético e os graus de justificação epistêmica, que possuem reflexões relevantes à teoria do conhecimento e mais especificamente ao termo justificação.
    A teoria do falibilismo é a primeira a bater de frente no que se refere à crença, verdadeira e justificada, os filósofos que partilham dessa idéia afirmam que podemos ter uma crença justificada, mas, isso não quer dizer que ela seja verdadeira, ou seja, uma determinada proposição pode possuir teoricamente os melhores indícios, provas e justificações, e ainda sim serem falsas. Como dizem Paul K. Dwayne, H. Mulder e J. D. Trout: “A realidade do mundo não precisa de modo algum ser igual ao que nossos melhores indícios dizem que ela é” (2004, p. 86). Um exemplo clássico para provar a veracidade dessa teoria é o fato de que durante muito tempo acreditou-se que o sol girava em torno da terra, tempos depois foi provado que essa teoria era falha. Esse é um típico caso de crença, justificada falsa.
    Outro problema pertinente referente à justificação epistêmica consiste nas fontes da qual se utiliza para obter conhecimento, são elas: introspecção, memória, raciocínio e percepção. A introspecção é quando uma determinada pessoa passa a refletir consigo mesma, no entanto, a introspecção torna-se limitada por não analisar o mundo a sua volta, a memória não necessita tecer nem muitos comentários a respeito, afinal, nenhuma pessoa consegue memorizar todos os fatos. O raciocínio apesar de muito importante é limitado por trabalhar na maior parte das vezes com a dedução, e a percepção é falha, por algumas vezes sermos enganados pelos nossos próprios sentidos. Apesar de todas essas fontes serem ferramentas importantes para se obter conhecimento, como vimos são limitadas. Em detrimento disso é que não se pode garantir que as justificativas utilizadas sejam confiáveis, usando as palavras de Bachelard: “nunca poderemos ter certeza da verdade, afinal temos que operar com a idéia que fontes como memória e percepção possuem limitações” (edições 70, p. 122)

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  13. Jose Luis (os problemas da justificação epistêmica) parte 2

    Alguns filósofos contemporâneos passaram a defender a idéia de que a justificação não possui relevância para se chegar ao conhecimento, o que determina são condições causais, ou seja, fatores externos a nós que fazem como que possamos chegar ao conhecimento. Apesar de a teoria causal enfrentar graves problemas, ela foi responsável por propor uma avaliação sobre o conceito tradicional do conhecimento (crença, verdadeira e justificada) isso se deu com o problema de Gettier, nos seus contra exemplos ele mostra que apesar de termos uma crença, verdadeira e justificada podemos adquiri-la sem mérito nenhum, ou seja, por um golpe de sorte. E como já vimos à sorte se opõe a conhecimento. Gettier mostrou que a justificação não é o fator de relevância para se ter conhecimento e ainda mais, mostrou que esse conceito platônico é necessário, no entanto, não é suficiente. Depois desse problema discute-se uma possível quarta condição para um conceito completo do conhecimento.
    Evidentemente não poderia faltar a critica do cético referente à teoria do conhecimento e justificação epistêmica, afinal um dos objetivos dos epistêmicos é conseguir desvencilhar dos argumentos céticos. Vamos explicitar dois argumentos referentes ao cético: o primeiro diz respeito ao problema da regressão, e o outro referente à certeza.
    Alguns céticos defendem a idéia que não somos capazes de crer em determinadas proposições, por não temos justificativas plausíveis para acreditar em algo, por conta do problema de regressão. Como funciona? Os céticos afirmam que as justificativas que sustentam uma crença na verdade não passam de um conjunto de outras crenças, que são sustentadas por outro conjunto de cresças, é por outro, e assim sucessivamente. A outra critica referente ao cético diz respeito à certeza. Trata-se de algo bem simples, eles vão expor que, mesmo que possamos justificar uma determinada crença nunca teremos certeza se ela é verdadeira. Nesse caso o que adianta justificação se não se pode garantir a veracidade das minhas justificativas. Segundo o argumento cético nunca chegaremos ao conhecimento.
    Apesar de ao longo de todo o texto ter sido apontada criticas relacionada à justificação epistêmica, e importante enfatizar que existem teorias que contra argumentam o que foi dito à cima, como por exemplo, o principio da anulabilidade esse vai de encontro à teoria do falibilismo, assim como o infinitismo, e o coerentismo epistêmico que respondem ao problema de regressão. No entanto iremos explanar algo que vai procurar mostrar a importância do conhecimento e da justificação epistêmica indo de contra o argumento cético. Trata-se do que se conhece por grau de justificação epistêmica.

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  14. Jose Luis ( Os problemas da justificação epistêmica) parte 3

    Quando enfrentamos os problemas referentes à justificação epistêmica, de alguma forma entramos no argumento cético de que não se pode ter certeza a respeito da verdade, conseqüentemente nunca chegaremos a ter conhecimento. Se analisarmos por essa ótica sempre iremos ter a verdade como um adjetivo metafísico (talvez essa seja um das poucas verdades concretas existentes), no entanto, tem-se que lembrar que sempre trabalhamos com a idéia de que existem proposições verdadeiras e falsas.
    O ceticismo não anula a busca pelo conhecimento e pela verdade. Não se pode ter certeza, mas pode-se justificar racionalmente que cremos em determinadas proposições e que existem algumas que julgamos ser verdadeiras e outras falsas. E até que apareçam evidências mostrando falhas referentes a determinadas crenças, nada impede que a digamos que elas sejam verdadeiras, afinal posso justificá-las. Como diz o prof. Dr. Alexandre Meyer Luz “Não podemos garantir que nossas teorias sobre o mundo são verdadeiras, mas podemos de tais modos classificá-las de modo racional. E isso não é pouca coisa” (introdução a filosofia, p. 192). Ou seja, apesar de não termos certeza, temos que lembrar que um dos objetivos da epistemologia é a busca pela verdade, podemos crer em determinadas proposições a respeito do mundo e afirmar que trata-se de proposições verdadeiras, afinal, posso justificar de forma racional minha crença.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    • MOSER, Paul, MULDER, Dwayne H. e TROUT, J. D. A teoria do conhecimento: uma introdução temática. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
    • BACHELARD, Gastón. A epistemologia. Edições 70 LTDA.
    • CASTRO, Susana. Introdução a filosofia Ed, Vozes.

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  15. A importância da historia da filosofia


    A importância da filosofia contemporânea é que sem a história não há filosofia e sem filosofia não há história, uma completa a outra. No livro “Convite à Filosofia”, de Marilena Chauí, está atribuído a origem da palavra filosofia ao grego Pitágoras de Samos (que viveu no século antes de Cristo). Pitágoras nos afirma que o filósofo não é movido por interesse comercial, não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa pra ser comprada ou vendida, no mercado; também não é movido pelo interesse de competir e sim movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida em resumo, pelo desejo de saber. Este trecho do livro nos mostra a importância em estudar a história da filosofia, pois resgata escritos de filósofos antigos, os quais podem-se fazer um paralelo com os pensamentos dos filósofos contemporâneos. Ainda no livro “convite a filosofia”, que destaca a filosofia na história: “Como todas as criações e instituições humanas, a filosofia está na história e tem uma história. Está na história: a filosofia manifesta e exprime os problemas e as questões que, em cada época de uma sociedade, os homens colocam para se mesmos, diante do que é novo, e ainda não foi compreendido”.
    Tem uma história: “ As respostas, as soluções e as novas perguntas que os filósofos de uma época oferecem e tornam-se os saberes adquiridos que outros filósofos, prosseguem ou freqüentemente, tornam-se novos problemas que outros filósofos tentam resolver, seja aproveitando o passado filosófico, seja criticando-o e refutando-o.
    Assim o progresso da filosofia é importante e necessário, como está exposto no livro, Introdução à História da Filosofia, de Hegel. “O progresso da filosofia é um progresso necessário. Cada filosofia deveria ter aparecido em seu tempo, como a pareceu. Toda a filosofia apareceu assim no tempo, como conveniente, nenhuma poderia ter saltado sobre seu próprio tempo, mas todas as filosofias compreenderam conceitualmente o espírito de sua época. Representações religiosas e determinações do pensamento, o conteúdo da filosofia, etc., tudo isso é um e mesmo espírito. As filosofias tornaram consciente tudo o que existia em sua época sobre religião, sobre Estado, etc. Por isso é uma representação falsa que uma filosofia anterior se repita. Porém este ponto de vista se deve ser agora determinada mais profundamente. A primeira conseqüência do que ficou dito é que em geral o todo da história da filosofia é um progresso necessário em si, livre em si, determinado por si mesmo pela a idéia”.
    A história da filosofia é construída com base em situação histórica e com evolução da história, a filosofia também evoluiu. Com isso o pensamento filosófico se transformou até chegar à época contemporânea. Outro fator que muito contribuiu para o desenrolar da história da filosofia, foi o amor pela verdade, que impulsionou muitos filósofos a pesquisarem, mas nunca se chegou a uma verdade universal, pois se isso acontecer, a filosofia não terá mais sentido.
    De acordo com Julian Marias, a filosofia e a história têm relação irreparável. “A filosofia é história e a sua história pertence-lhe essencialmente. Por outro lado a história da filosofia não é uma mera informação erudita acerta das opiniões dos filósofos, uma vez que é a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. A filosofia não esgota em nenhum de seus sistemas, uma vez que consiste na história efetiva de todos eles.”
    Portanto, história da filosofia é muito importante para qualquer pessoa que queira estudar filosofia, pois, sem esta noção do que ela seja, jamais poderá se compreender o que seja realmente filosofia.






    CHAUI, Marileia, Convite à Filosofia. 9 ed. São Paulo: Atica, 1997.

    HEGEL, Georg WilhelmFriedrich, Introduçãoa História da Filosofia. São Paulo: Hermus, 1976.

    MARIAS, Julian, Historiada filosofia. Porto Sousa e Almeida, 1973.




    Francisco Alves da Costa

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  16. ALUNA - LAIZE MIKAELE
    O Problema do Conhecimento(PARTE I)

    Como sabemos e o que podemos saber são perguntas que os filósofos vêm se fazendo desde a época dos gregos antigos. Os primeiros filósofos gregos tinham diante de si o problema do “Um” e dos “muitos” – tentava encontrar uma ordem segura, um fundamento sólido num mundo incerto e em constante mudança.
    Na Grécia Antiga, Platão foi discípulo de Sócrates. Em contrapartida, Aristóteles, outro importante filósofo grego, foi aluno de Platão. Os dois elaboraram teorias a respeito daquilo que podemos saber sobre o mundo. Platão deu duas contribuições à teoria do conhecimento. Uma delas foi à idéia de que o conhecimento é a recordação daquilo que já esta em nossa cabeça e não perceber novas coisas. A outra foi sua teoria das formas. Platão acreditava em:
    • Um mundo visível - O mundo dos sentidos, das opiniões.
    • Um mundo inteligível - Que esta além dos sentidos, um mundo de verdadeiro conhecimento.
    O verdadeiro conhecimento significa, na visão de Platão, abandonar o mundo dos sentidos e buscar, por meio da razão, descobrir as formas ou universo em nossa própria mente. Sua apreensão leva a adquirir o verdadeiro conhecimento e, por fim, a apreensão do bem. Platão acreditava que somente as formas podiam ser “conhecidas”.
    Aristóteles, discípulo de Platão, critico-o e apresentou sua própria teoria acerca do que podemos saber sobre o mundo. E, ao contrario de Platão, interessou-se muito pelo mundo natural.
    De sua obra vem o termo “metafísico”. Ela envolve uma busca além do mundo dos sentidos a fim de encontrar uma explicação de porque o mundo é como é, vendo-se o “um” por trás de “muitos”.

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  17. ALUNA - LAIZE MIKAELE(PARTE II)
    A teoria das formas, de Platão, foi muito criticada por Aristóteles. Este, dá inicio a uma visão “do senso comum” no lugar de uma perspectiva idealista. Para ele:
    • Conhecimento é percepção;
    • O mundo natural é o mundo real;
    • A percepção e a experiência dos sentidos são os fundamentos do conhecimento cientifico.
    Segundo a autora Maria Lúcia “no séc. XVII, na historia do homem, ele representou o momento da culminação de um processo em que se subverteu a imagem que ele tinha de si próprio e do mundo. A atividade filosófica, a parti daí, reinicia um novo projeto: ele se desdobra como uma reflexão cujo pano de fundo é a existência da ciência física”.
    A revolução cientifica determinou a quebra do modelo de inteligibilidade apresentada pelo aristotelismo, o que provocou, nos novos pensadores, o receio de enganar-se novamente. A procura da maneira de evitar o erro faz surgir a principal característica do pensamento moderno: a questão do método. Essa preocupação centraliza as reflexões não apenas no conhecimento do ser, mas, sobretudo no problema do conhecimento.
    Segundo Alberto Thomal ”podemos dizer que ate então a filosofia tem uma atitude realista, no sentido de não colocar em questão a existência do objeto a realidade do mundo. A idade moderna inverte o pólo de atenção, centralizando no sujeito a questão do conhecimento”.
    Há dois pólos no processo do conhecimento: o sujeito cognoscente (sujeito que conhece) e o objeto conhecido. Assim, o conhecimento é uma dualidade de sujeito e objeto expressa numa relação. Isto é, o sujeito tende para o objeto e dele se “apossa” pelo pensamento, assim como o objeto “determina” o pensamento do sujeito.

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  18. ALUNA - LAIZE MIKAELE(PARTE III)
    Surge então uma questão: se o pensamento que o sujeito tem do objeto concorda com o objeto, dá-se o conhecimento. Mas qual é o critério para se ter certeza de que o pensamento concorda com o objeto? As soluções apresentadas a essas questões vão originar duas correntes: o racionalismo e o empirismo.
    René Descartes é considerado o “pai da filosofia moderna”. O ponto de partida é a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em duvida. Por isso, converte a duvida em método. Começa duvidando de tudo, das afirmações do senso comum, dos argumentos da autoridade, do testemunho dos sentidos, da realidade do mundo exterior e da realidade de seu próprio corpo.
    Descartes admite as idéias inatas, que são idéias da razão, independentes das idéias que “vêm de fora”, formadas pela ação dos sentidos, e das outras que nos formamos pela imaginação. São inatas, não no sentido de o homem já nascer com elas, mas como resultantes exclusivas da capacidade de pensar. São idéias claras e distintas; portanto verdadeiras. Nessa classe de idéias estão a idéia da substancia in finita de Deus e a idéia da substancia finita com seus dois grandes grupos – a res cogitans e a res extensa.
    O empirismo, ao contrario do racionalismo, enfatiza o papel de experiência sensível no processo do conhecimento. Francis Bacon, realça a significação histórica da ciência e do papel que Lea poderia desempenhar na vida da humanidade. Seu lema “saber é poder” mostra como ele procura, bem no espírito da nova ciência não um saber contemplativo e desinteressado, que não tenha um fim em si, mas como saber instrumental, que possibilite a dominação da natureza.
    Bacon desenvolveu um estudo pormenorizado da inclusão a parti do caráter estéril do silogismo e insiste na necessidade da experiência e da investigação segundo métodos precisos.
    Segundo William Raeper “suas falhas estão em não ter construído um sistema completo, e seus exemplos de indução são menos exatos que o método indutivo-dedutivo de Galileu”.

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  19. ALUNA - LAIZE MIKAELE(PARTE IV)
    Concluindo, poderíamos dizer que o racionalismo é o sistema que consiste em limitar o homem ao âmbito da própria razão, e o empirismo é o que limita ao âmbito da experiência sensível. Isso não quer dizer que o racionalismo exclua a experiência sensível, mas esta é apenas a ocasião do conhecimento e esta sujeita a enganos. A verdadeira ciência se perfaz no espírito. Para empirismo, ao contrario, a experiência é fundamental, e ao trabalho posterior da razão esta a ela subordinado.








    BIBLIOGRAFIA:

    • Introdução ao estudo das idéias–Religião e filosofia no passado e no presente / Wiliam Raeper e Linda Smith – Edições Loyola
    • Filosofando – Introdução a filosofia / Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins – São Paulo: Moderna, 1986
    • O desafio de pensar sobre o pensar–Aprender a conhecer Alberto Thomal – Florianópolis, SC: Sophos, 2001-5ª edição.

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  20. Jayro Fausto 01
    O que é igualdade?

    Muito se fala em igualdade, porém por essa palavra em pratica torna-se difícil, já que a ambição do homem é um empecilho para a mesma. Dentro do contexto da filosofia política a igualdade costuma ser apresentada como uma meta, um ideal digno a ser buscado. Ao se falar em igualdade remete-se em mobilidade social e distribuição igual de renda.
    A igualdade é sempre igualdade em certos aspectos em outros não, como: igualdade de saúde, educação, lazer, são coisas que são garantidas por lei, porem nem todos tem acesso. Os igualitaristas afirmam que aquilo que deveria ser igualdade bem distribuída é: renda, acesso a emprego e poder político. Mas existem igualitaristas externos que afirmam que deveria haver igualdade entre todos os seres humanos, ou sejas que todos recebessem a mesma remuneração.
    Porem existe criticas a igualdade de renda já que é uma meta inatingível e seria difícil distribuir a renda para uma população tão extensa. O único meio para manter a renda seria pela força e com o apoio do governo. O que se tornaria desagradável, pois a intromissão na vida das pessoas limitaria a tão sonhada liberdade conquistada em tão pouco tempo.
    “É impossível falar em igualdade sem levar em conta a desigualdade,”, entretanto, o fato da mesma sempre ter existido e esta muito longe de ser aceita por todos. Na verdade os homens sempre se dividiram em certos pontos, AS interpretações variadas da desigualdade social são tão valhas quanto à própria desigualdade. De um lado, sempre existiram homens dispostos a explicar e justificar a coexistência entre ricos e pobres, fortes e fracos, opressores e oprimidos... Na ótica conservadora as diferenças nas distribuições das gratificações entre os homens são absolutamente justas úteis e inúteis “
    “Dentro da filosofia política, a igualdade é vista como uma saída para a mobilidade social é sobre isso que José Pastore nos fala,” a mobilidade social contribui para um dos temas centrais da sociologia do desenvolvimento. Conhecer o volume e a natureza da mobilidade social é conhecer muito da dinâmica social. Uma sociedade sem mobilidade é uma sociedade estagnada que simplesmente reproduz sua estrutura social ao longo do tempo e, por isso, pouco pode oferecer em termos de promoção humana e progresso social. “As sociedades humanas se desenvolvem socialmente na medida em
    que elevam o padrão de vida de uma população e equalizam a sua estrutura social, sendo que a mobilidade social constitui o principal mecanismo dessa equalização”.
    A igualdade é inseparável da liberdade, porem a igualdade favorece aos bens nascidos “o poder não tem nenhuma garantia de igualdade”... “A contraposição liberdade igualdade às vezes se apresenta significamente como contraposição segurança igualdade”.
    A igualdade depende da oportunidade de emprego para todos como uma forma de distribuição de renda e mobilidade social. O que muitos defendem é que deveria existir igualdade de emprego mesmo que não tivesse igualdade de renda. Mas isso contrapõe o sentido de igualdade, pois ela prega que não deve haver exploração e se há somente igualdade de emprego e não houver igualdade de renda uma classe vai se sobrepor a outra e os mais fortes dominarão os mais fracos. Os igualitaristas fazem mais que exigir igualdade de tratamento profissional: afirmam que é importante livrar-se dos equilíbrios existentes em determinadas profissões.
    Portanto quando se pergunta o que é igualdade devemos fazer uma profunda reflexão sobre o sistema político atual, a situação econômica, a desigualdade entre as classe e sociais, a oportunidade de emprego para os jovens. Igualdade por tanto é um política que possa favorecer a todos e pensar filosoficamente sobre assuntos pertinentes a todos. A filosofia muito contribui na questão da igualitária, pois através dela o homem passa a refletir sobre vasto assunto.

    Jayro Fausto 02

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  21. BIBLIOGRAFIA

    LOSURDO, Domenico - Liberdade, Igualdade, Estado. São Paulo:UNESP, 1998

    PASTORE, José - Desigualdade mobilidade social no Brasil.São Paulo:UNESP,1979




    Jayro Fausto 03

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  22. O PROBLEMA DA ÉTICA NATURALISTA 01


    LUIS FERNANDO F. M. DOS SANTOS

    O homem é um animal racional, mas veja bem, antes de racional o homem sempre será um animal. Talvez tentando minorizar isso, é que algumas teorias éticas são voltadas apenas para as qualidades racionais do ser, mas o naturalismo ético não, ele parte do principio de que o homem é um ser natural por inteiro trazendo dentro de si emoções, instintividade, impulsividade e inteligência.
    O naturalismo surgiu inicialmente dentro da corrente filosófica do estoicismo, no fim do século IV a.C.. Ao longo do tempo as principais mudanças ocorridas na ética naturalista, foram na concepção do que é natureza e na influência que ela traz nos julgamentos éticos. Podemos observar essas questões do naturalismo ético nas palavras do filósofo brasileiro Henrique Claudio de Lima Vaz (1999, p. 423) “A natureza, investigada e interpretada pela ciência, seria a norma ultima e inquestionável do dever-ser de nossas ações orientadas para os verdadeiros fins do ser humano, seus fins naturais.”
    Percebemos com isso que a base de sustentação da teoria ética naturalista está na ciência, ela é quem da o mérito e o aparato de confirmação das ações humana, que podem ser prevista de uma equivalência com as ações naturais. Alguns estudos científicos sobre a natureza humana, como a teoria da evolução, é o que vêem a sustentar um principio moral naturalista com base nessa comprovação. Com a natureza tendo tanta influencia sobre o homem, se torna viável a compreensão do por que de seu comportamento e com tudo isso enumerar quais devem ser os juízos morais que são relevantes para a composição de um conjunto de teorias éticas naturalistas. Isso se torna plausível, porque afasta todas as noções metafísicas de que os juízos morais não podem ser aprendidos sensivelmente pelo homem, apenas inviabilizando o processo de conhecimento da ética e trazendo uma confusa forma de avaliação ética.
    Com isso podemos evidenciar uma dependência das propriedades morais em relação às propriedades naturais, uma forma de dependência lógica. As propriedades morais podem ser equiparadas as propriedades naturais e analiticamente são equivalentes, com isso se torna possível o conhecimento sobre ética, pelo mesmo modo que conhecemos os fatos naturais, ou seja, sensitivamente (é nesse ponto em que podemos perceber traços do empirismo no naturalismo ético). Ao ser descobertas, através dos sentidos, da percepção e da experiência, as propriedades naturais podem ser relacionadas e analisadas.
    Podemos saber o que é “bom” moralmente através da relação que isso tem com a natureza, assim o que é “bom” é o que, naturalmente traz felicidade. Mas é preciso que fique bem claro que a ética é autônoma e que todas as questões levantadas sobre a ética naturalista são de origens metaéticas, ou seja, uma análise de segunda ordem das teorias éticas que não tem por finalidade ditar normas de comportamento, mas sim justificar a origem das teorias existentes.

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  23. LUIS FERNANDO F. M. DOS SANTOS 02

    Contudo, a despeito dessa plausibilidade inicial, o naturalismo foi alvo de inúmeras críticas e enfrenta uma série de dificuldades. Um dos seus mais influentes críticos foi George Moore que no seu livro Principia Ethica diz:

    “Tem-se pensado que uma coisa ser boa significa que ela tem essa propriedade única, e daí o pensar-se que só aquilo que possui esta propriedade é bom. (...), no entanto o que ela significa é contraditório, pois aqueles que a fazem não se aperceberam de que a sua conclusão (...) é uma proposição significativa (...) que tem na base a falácia naturalista”. (MOORE, 1999, p. 124).

    O que o autor quer dizer com isso é que há uma falsa dedução na lógica naturalista, indicando que não pode ser assegurado o fato de que “aquilo que possui essa propriedade, possui esta propriedade” e que nem a palavra denota que uma coisa possui essa propriedade, assim, impossibilitando a veracidade da conclusão naturalista por esse motivo é que Moore chamou a conclusão da ética naturalista de falácia naturalista.
    Moore também sustenta que não é possível assegurar que os valores são fatos naturais e por isso mesmo apreensível pelos sentidos e investigados pela ciência. Para ele podemos perceber os fatos morais como percebemos os fatos naturais, mas sim apenas através do processo da intuição, ou seja, diretamente sem o uso de algum processo de raciocínio, mas sem de fato mostrar que seja impossível a relação entre natureza e moral. Moore só não se deu conta de que essa relação não se da apenas pela analise semântica do locutor e nem com intuições.
    No entanto, reconhece-se que, antes de Moore, Hume teria apresentado pela primeira vez, em uma passagem do Tratado da natureza humana, uma dimensão do problema. Diz ele:
    Em todo sistema de moral que até hoje encontrei, sempre notei que o autor segue durante algum tempo o modo comum de raciocinar (…) quando de repente, surpreendo-me ao ver que, em vez de cópulas proposicionais usuais, como é e não é, não encontro uma só proposição que não esteja conectada a outra por um deve ou não deve. Essa mudança é imperceptível, porém da maior importância. (…) seria preciso que se desse uma razão para algo que parece inteiramente inconcebível, ou seja, como essa nova relação pode ser deduzida de outras inteiramente diferentes (Hume, 2001, p. 509).

    Por mais que o próprio David Hume seja um naturalista ele questiona-se a respeito dessas, quase imperceptível, mudança de fatos para valores, ele confere que não é lógico que de premissas que não possuem o conectivo “deve” levarão a conclusões com esse conectivo. Mas com isso Hume apenas aponta uma falha em sua estrutura lógica e não, como querem os antinaturalistas, a impossibilidade da teoria.

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  24. LUIS FERNANDO F.M. DOS SANTOS 03

    Ate aqui podemos observar que as criticas se dão apenas: no encadeamento lógico indutivo, e que de premissas factuais distintas não se fazem conclusões morais e na falácia da definição onde o “bom” existe com base em uma propriedade natural como, por exemplo, “saúde”.
    Portanto podemos perceber que as teorias naturalistas não foram descartadas e nem tão pouco tornadas inviáveis, isso só fez com que o naturalismo se dividisse em naturalismo semântico e sintético, onde o sintético escapa do problema de como se chegar de “ser” para “dever ser” já que não pode ser questionado apenas por meios analíticos, mas ainda assim para se sustentar necessita do apoio da ciência, que através das suas descobertas evolucionistas e do aperfeiçoamento tecnológico que os neo-darwinianos deram a essa teoria.
    O naturalismo sintético é uma das formas mais atuais de construção de uma teoria metaética naturalista, demonstrando juntamente com os avanços nas pesquisas da ciência (principalmente as pesquisas neurológicas e hormônais) que é possível sustentar a equivalência entre propriedades morais e propriedades naturais.






















    Referências Bibliográficas



    HUME, David. Tratado Da Natureza Humana. São Paulo: UNESP, 2001

    MOORE, George M. Principia Ethica. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbennkian, 1999.

    VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de Filosofia IV: Introdução à Ética Filosófica I, São Paulo: Loyola, 1999.

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  25. Elmari de Sousa Franco Júnior

    O problema corpo e mente

    Essa problematização é antiga, afinal o que vem a ser corpo e mente? Existirá uma ligação entre eles? Mente, espíritos serão apenas uma abstração da realidade? Neste trabalho tentarei esclarecer esse problema e apresentar algumas visões sobre essa discussão, mostrando como alguns filósofos trabalharam em cima desse tema.
    O problema maior em cima dessa problemática é comprovar a existência desses dois segmentos e mostrar a ligação entre o corpo e a mente, em cima dessa tentativa de comprovação irei fazer um apanhado histórico para mostrar as várias concepções que se formularam na antiguidade até René Descartes que com sua teoria influencia de forma marcante as tendências que se seguem.
    Primeiramente no século V a.C., filósofos como Alcmaeon, Demócrito e Platão identificam o cérebro como sede das sensações. Hipócrates também associou ao cérebro as funções mentais. Aristóteles mudou o foco dessas sensações, pensamentos e sentimentos para o coração e atribuiu ao cérebro a função de manutenção da temperatura corporal. Essa teoria de Aristóteles foi rejeitada por Galeno.
    Na época seguinte no século IV d.C., Nemésio atribuiu aos ventrículos cerebrais as faculdades intelectuais, com base em Galeno. Essas idéias permaneceram durante a idade média e só começaram a ser exploradas novamente após o renascimento. Assim Leonardo Da Vinci, no século XV, baseado em suas dissecações, mostrou em seus desenhos os ventrículos, aos quais atribuía as sensações. No século XVI, Andreas Vesalius, rompe com a teoria da localização ventricular dos processos mentais, ao observar a anatomia dos animais que era semelhante à humana, mas não tinha as mesmas faculdades. No século XVII quando Descartes apresentou suas idéias, os espíritos animais ainda eram responsáveis pelas faculdades mentais, como proposto pelos gregos. Porém no século XVIII, Luigi Galvani demonstrou a natureza elétrica da condução nervosa, derrubando a teoria dos espíritos animais.
    Com o surgimento da teoria celular no século XIX e o desenvolvimento da técnica de Golgi para impregnação de estruturas nervosas com prata. Ramón e Cajal propõe que as células nervosas são elementos isolados. Na mesma linha e utilizando técnicas similares, Von Waldeyer, em 1891, cunha o termo neorônio para designar a unidade anatômica e funcional do sistema nervoso. Em seguida, Sherrington descobre os espaços existentes entre as células nervosas e entre as células musculares, chamando-as de sinapses.

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  26. CONTINUAÇÃO PARTE 2

    Após termos uma idéia sobre o processo de construção dessa problemática voltamos a Descartes, como já foi dito, sua teoria possui uma influência muito grande nas ciências e, portanto deve-se destacar sua idéia para melhor entendimento.
    René Descartes instituiu o dualismo ao falar em res extensa e rescogitans, respectivamente o que é corpóreo e ao que é pensamento, por estabelecer tal divisão sua metafísica teve a necessidade de criar um elo, um ponto de contato entre esses dois, que estabelecesse o ligamento entre o pensamento e o corpo, a explicação cartesiana gerou uma tentativa de criar uma psicofisiologia. Tal psicofisiologia, ligada à metafísica, postulou a existência do que Descartes chamou de “glândula pineal”, o local de contato entre o sensível e o supra-sensível.
    Segundo Descartes no corpo circulam os “espíritos de animação” que penetrariam nos orifícios da “glândula pineal” que, vibrada pelo pensamento, redistribuiria tais “espíritos” pelo sangue em caminhos diferentes daqueles que os trouxeram para a glândula. Essa mudança de direção dos “espíritos” seria a responsável por uma série de movimentações corporais externas e internas que teriam a ver com tipos de estados mentais.
    Descartes escolheu a glândula pineal porque parecia a única região do cérebro não dividida bilateralmente e unicamente pertencente aos humanos. A interação ocorreria nos dois sentidos. Por um lado, o corpo afeta a mente, quando a alma se torna consciente do movimento dos espíritos animais pelos nervos, chamado de sensação consciente. Por outro lado, a mente afetaria o corpo na ação voluntária, quando a alma inicia o fluxo diferencial dos espíritos animais, gerando assim a ligação entre ambos.
    Essa teoria não foi muito aceita, a partir dessa teoria, várias outras foram formuladas e vieram para negar ou afirmar essa formulação de Descartes.
    No século XVII, mente e corpo ainda eram substâncias diferentes, porém, no século XIII a idéia prevalente era o monismo, ou seja, mente e corpo eram atribuídos da mesma substância. Mais tarde, dois progressos marcaram o século XIX: a localização da função cerebral (o cérebro como órgão da mente) e o fato dos eventos mentais afetarem os estados corporais (doença e cura).

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  27. CONTINUAÇÃO PARTE 3

    Segundo António Damásio, pensador contemporâneo, o erro de Descartes é a separação abissal entre corpo e mente, entre a substância corporal e a substância mental, as quais segundo Descartes podem existir independentemente uma da outra.
    Para Damásio, o cérebro e o corpo constituem um organismo indissociável. Formam um conjunto integrado por meio de circuitos reguladores bioquímicos e neurológicos mutuamente interativos. O organismo interage com o ambiente como um conjunto: essa interação não é inteiramente do cérebro ou do corpo. A mente como operações fisiológicas, deriva desse conjunto estrutural e funcional e não apenas do cérebro. Seria, portanto, o resultado da interação do organismo com seu ambiente físico e social, sendo o próprio ambiente também um produto das ações interiores do organismo.
    Portanto para Damásio a mente é um produto de um organismo em interação com seu meio ambiente. Tanto a mente quanto o corpo são constituídos da mesma substância e pertencem ao mesmo universo, a mesma dimensão, saindo totalmente da idéia dualista de Descartes e outros pensadores.

    John Rogers Searle, filósofo contemporâneo, menciona em seu livro vários problemas que ocorrem quando estudamos essa relação de corpo/mente, um dos problemas que cita diz respeito na separação entre esses dois quesitos, diz ele que os processos mentais como causa e estados conscientes como efeito de fato parecem implicar dualismo, tal interpretação para ele é um erro como já foi dito, erro esse que deriva de uma concepção incorreta de causalidade. Dá como exemplo de causalidade uma mesa que exerce pressão sobre um tapete. Isto é explicado pela força da gravidade, mas a gravidade não é um evento. Pense, por exemplo, na solidez da mesa. Ela é explicada de certa forma pelo comportamento das moléculas que a compõem. Mas a solidez da mesa não é um evento extra; é apenas uma propriedade da mesa. Tais exemplos de causalidade nos fornecem os modelos adequados para compreender a relação entre o atual estado de consciência e os processos neurobiológicos que o causam. Processos esses segundo John Searle de nível inferior no cérebro que causa o atual estado de consciência, mas este estado não é uma entidade separada do meu cérebro; ele é apenas uma propriedade do cérebro no momento atual. Resumindo diz que a análise de que os processos cerebrais causam a consciência, propriamente dita, é uma “propriedade” do cérebro. Esta solução de John Searle evita tanto o dualismo quanto o materialismo, como são tradicionalmente concebidos.

    Essas formulações vistas nesse trabalho são apenas caminhos que pensadores seguiram baseados em experimentos e experiências, seus resultados, por mais recentes que sejam, não são acabados, pois pesquisas sempre são efetuadas tomando por base esse tema, trazendo assim novas visões e descobertas sobre essa problematização, cabe a nós pesquisadores e filósofos investigar tais assuntos de maneira sensata, sem descartar nossos sentimentos e sentidos porque é neles que percebemos o mundo em que habitamos e só com eles podemos nos atirar nessa empreitada tão curiosa e obscura que é a filosofia.

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    PUCC JR, Alberto. O estudo da relação mente e corpo segundo o pensamento funcional de Wilhelm Reich. IN: Convenção latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1,. 4,. 9,. Foz do Iguaçú. Anais... Centro Rheichiano, 2004.

    GUIRALDELLI JR, Paulo. Caminhos da filosofia. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. P. 41-45.

    SEARLE R. John. A consciência como um problema biológico. In: O Mistério da Consciência. São Paulo: Paz e Terra, 1998. P. 31-35.

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  28. Parte 1

    Universidade Federal do Piauí
    Curso de Lic. Plena em filosofia
    Wenyo Alves do Nascimento

    ENSAIO

    Relativismo Moral


    No Relativismo Moral é uma visão que diferencia as sociedades e seus costumes e idéias a respeito de certo e errado, no entanto devemos observa que muitos dos que defendem o relativismo moral alegam a questão da cultura, dizem que as sociedades dos homens em torno do mundo são diferentes, havendo valores diversos, não sendo, pois, possível haver valores absolutos desta ou daquela natureza. È importante saber que na atualidade, o entendimento de que “certo e errado” são noções sociais, estabelecidas pelos próprios homens, conceitos que variam de tempo para tempo, de lugar para lugar, de cultura para cultura. Com o relativismo existem, conseqüências, como destruir valores espirituais, afetando a vida em geral das pessoas, e também seus valores morais tratando os valores morais como dependentes das circunstancias do momento e não como padrões universais, e este comportamento tem produzido prejuízos irreparáveis. Segundo, Bernard Williams, que é contra o relativismo moral, tem um foco no que é certo ou errado, e essas coisas independentemente do meio cultural que se está inserido, um bom exemplo que ele da para enfatizar o problema, é citar os fatos ocorridos durante o período nazista alemão e qualificá-los como horrores. Isso denota que ele qualifica os ataques violentos à vida como horror que deve ser universalmente aceito. Devemos saber que tudo é relativo, ou, seja não há verdade absoluta, mais se é verdade que tudo que possamos imaginar seja relativo, então esse ponto de vista é relativo, podendo ser verdade para alguns como (Protágoras), e para outros não, como (Aristóteles, Platão), sendo para o relativismo o seu próprio contra-exemplo.

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  29. Wenyo Alves do Nascimento Ensaio: parte 2
    No relativismo, a uma serie de padrões culturais como as tradições os hábitos e costumes que caracterizam as diferentes sociedades, e por si, mostra-nos que os códigos morais variam em vários aspectos de sociedade para sociedade, e assim surgindo diferenças, provando que não há verdades objetivas no domínio moral, nos mostrando que nenhum código de conduta está realmente certo e nenhum está realmente errado. Tudo depende, ou é relativo, da maneira de sentir e pensar de cada sociedade. Os valores morais apenas teriam aplicação no interior das fronteiras de cada cultura, não tendo qualquer validade fora delas. Segundo a antropóloga Ruth Benedict, a respeito da relatividade diz que, diferentes sociedades, diferentes culturas e diferentes indivíduos discordam freqüentemente acerca do que é bom e mau, correto ou incorreto, causando problema morais entre diferentes indivíduos que tem sua cultura como aquela, que dirá o que é correto fazer, ou seja em outras palavras podemos dizer que, diversas e opostas concepções sobre o que é certo e errado implicam que não há respostas objetivamente verdadeiras às questões morais. E assim o relativismo moral, tem a função de defender, o que é moralmente correto, e o que uma sociedade pensa e acredita ser moralmente correto.
    Um grande marco na história que desenvolveram e trabalharam, na formulação do relativismo, foram os sofistas, que se dedicavam as ciências humanas e outras atividades, os sofistas deram uma visão do relativismo mais ou menos acentuado, pois o mundo humano aparece-lhes como uma criação do próprio homem. Protágoras, que diz que “o homem é a medida de todas as coisas”, se isso é verdade o conhecimento humano está limitado aos sentidos, sempre variáveis. E assim as formas de organização social e política são fruto de convenções resultantes. Aristóteles critica a doutrina da relatividade e verdade dos contrários e da negação do principio de contradição, como vimos a explicação parágrafos anteriores. E por fim os sofistas passaram a ser odiado, e esse nome passou a ser sinônimo de falso argumento, temos que saber, que ele tentaram acumular conhecimentos e técnicas sobre as mais variadas atividades humanas, embora muitas vezes superficiais.
    Bibliografias:
    Comentário Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco, Prof Antonio Sebastião da Silva; Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Revista Ensinador Cristão.
    Manual de filosofia Filosofia 10, Plátano Ed, 2007 de Luís Rodrigues.
    WESTON, Anthony. A 21st Century Ethical Toolbox, de Anthony Weston (Oxford University Press, 2001, pp. 17-19.)
    ZILLES, Urbano, Teoria do conhecimento, Porto Alegre: Edipucrs,1994.
    CARREL, Aléxis. Criticas do conhecimento
    BRINK, D. O. Moral Realism and the Foundations of Ethics. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

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  30. 1

    ENSINANDO A PENSAR

    Diante de instituições que formam vãos repetidores de informações e de um Estado que engessou nosso ensino, qual a importância de se ensinar a pensar?
    A precarização do nosso ensino sempre foi visível e inquestionável. Desde os primórdios da nossa história e, posteriormente após a retirada da filosofia e da sociologia da nossa grade curricular nos tempos de ascensão da ditadura, foi aí que a solidificação da precarização encontrou solo fértil para crescer e se multiplicar, multiplicar sim, pois os problemas educacionais multiplicaram-se e muito ao longo dos anos.
    Portanto, o trabalho que apresenta-se aqui com o tema Ensinando a Pensar, tem o objetivo de levar o leitor a re-pensar o seu papel de sujeito-transformador e homem de ação na sua sociedade e, mediante a isso, sondar as possibilidades de transformação deste sistema educacional decadente.
    Nosso sistema educacional é composto de disciplinas que nos ensinam a ler e escrever bem, a reconhecer nossa formação histórica, a cuidar melhor da nossa saúde e habitat que vivemos, a conhecer as línguas mais faladas no mundo, a utilizar de todos os processos aritméticos para facilitar nossa vida, mas qual disciplina tem que ser base para todas essas e para nossa vida? Eu diria a filosofia. Pois são as perguntas que movem o mundo e, diríamos, essa é a principal característica da filosofia.
    Tendo-a, assim, como base, seríamos todos filósofos natos, já que para o ser não é necessário uma graduação, e questionaríamos mais sobre o que nos é ensinado como verdade absoluta e/ou pronta e acabada.


    É fundamental estar sempre se questionando e procurando modos de vida que reflitam seus valores positivos. O que é realmente importante? Quanto é o bastante? O que realmente quero e do que realmente preciso? Qual é a minha conexão ou obrigação com as pessoas que sofrem desnecessariamente? Por que estou correndo? O que posso fazer para viver de acordo com meus valores, desejos e necessidades mais profundos? O que me faz feliz? Como posso permanecer centrado num mundo desequilibrado? Quando me sinto verdadeiramente em paz? Estou ajudando a fazer do mundo um lugar melhor? Ainda estou me divertindo?
    Não há respostas prontas – na verdade, se tudo correr bem, é provável que passemos a vida inteira nos fazendo essas mesmas perguntas (TAYLOR, 2006).

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  31. 2

    Segundo Cury, os professores deveriam instigar a mente dos alunos e provocar-lhes a dúvida. Como? Realizando a exposição interrogada a cada momento. Ao falar sobre o átomo, o professor deveria interrogar: “Quem nos garante que o átomo existe?”, “Como podemos afirmar que ele é formado de prótons, nêutrons e elétrons?”. Os professores de matemática, de línguas e de história deveriam questionar criativamente o conhecimento que expõem. As palavras “por quê?”, “como?”, “onde?”, “qual o fundamento disso?” devem fazer parte da sua rotina.

    Os professores devem superar o vício de transmitir o conhecimento pronto, como se fossem verdades absolutas. Até porque, a cada dez anos, muitas verdades da ciência se tornam folclore e perdem seu valor.
    Treine fazer ao menos dez interrogações a cada aula. Não pense que isto é simples, pois exige um treinamento de seis meses. A educação emancipa, forma mentes livres e não robotizadas e controladas pelo consumismo, pela paranóia da estética, pela opinião dos outros (CURY, 2003).

    Para Kant, espera-se que o professor desenvolva no seu aluno, em primeiro lugar, o homem de entendimento, depois o homem de razão e, finalmente, o homem de instrução. Este procedimento tem esta vantagem: mesmo que, como acontece habitualmente, o aluno nunca alcance a fase final, terá mesmo assim se beneficiado da sua aprendizagem. Terá adquirido experiência e ter-se-á tornado mais inteligente, se não para a escola, pelo menos para a vida.

    O jovem que completou a sua instrução escolar habituou-se a aprender. Agora pensa que vai aprender filosofia. Mas isso é impossível, pois agora deve aprender a filosofar. Para que pudesse aprender filosofia teria de começar por já haver uma filosofia. Teria de ser possível apresentar um livro e dizer: “veja-se, aqui há sabedoria, aqui há conhecimento em que podemos confiar. Se aprenderem a entendê-lo e a compreendê-lo, se fizerem de as vossas fundações e se constituírem com base nele daqui para a frente, serão filósofos” (KANT, 1770).

    Diante do exposto, nos apoiando nas teorias dos três pensadores citados, vemos que não existe um ato educacional em si, mas um ato de aprendizagem por excelência, o qual devemos tomar parte para compartilhar dele.
    O problema de pensar é muito mais complexo do que é suposto, pois tomamos parte do conhecimento na escola, em especial, aonde o seu sistema é falido e escravizador intelectual. Não há como expor uma única solução, mas sim, soluções que juntamente, talvez, fará algum sentido e culmine na extinção da precarização do nosso ensino.

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  32. 3

    Portanto, fechamos este trabalho (como havíamos falado no início) sem dar-lhe uma solução pronta e acabada, mas mediante ao problema apresentado, levando-lhe a pensar numa solução cabível.



    BIBLIOGRAFIA

    CATURELLI, Alberto. La Filosofia. Argentina: Editorial Gredos, 2006. p. 286-338.

    CURY, Algusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 127.

    KANT, Immanuel. Teoretical Philosophy. Cambridge: David Walford e Ralf Merbote Editora, 1770.

    TAYLOR, Betsy. O Que As Crianças Realmente Querem Que O Dinheiro Não Compra. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. p. 165.

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  33. Roberto Carlos: parte I

    Ensaio sobre o Positivismo

    Antes da iniciação do breve ensaio é necessário que se relate de forma breve e concisa de como iniciou-se o pensamento positivista. Isidore – Auguste – Marie-Xavier Comte, pensador fundador do pensamento positivista cuja suposição do mesmo era realizar uma missão de regeneração da humanidade, partindo desse pensamento Auguste Comte desenvolve de forma metódica a “filosofia do positivismo”, reunidas em seis volumes (1830-1842), Filosofia positiva, discurso preliminar sobre o espírito positivo (1844) e sistema de política positiva ou tratado de sociologia instituindo a religião da humanidade em quatro volumes (1851 – 1854). Cabendo para a filosofia um novo papel, e conseqüentemente um novo objeto, diverso das concepções dominantes até então, batendo de frente com o ontologismo de Aristóteles, ou dos pensamentos que correspondem ao medievo (os pensadores medievais) ou dos modernos com o seu racionalismo, enfim de todos os sistemas e daqueles que davam como possível o conhecimento do absoluto pela razão humana. No entanto Comte pregava que o que possível de se obter como conhecimento são única e exclusivamente os fenômenos e suas relações e não os seus valores íntimos a sua essência, pois logo as mesmas são impossíveis de ser alcançadas.
    O método de trabalho do positivismo é a observação dos fatos, para somente daí deduzir fatos novos que eventualmente fugiram da observação direta, mas que o empírico captou. Tendo assim esse método às características de dedução, indução, observação, experiência, analogia, nomenclatura, comparação, etc, constituindo esse método a parte objetiva. Já a parte subjetiva diz respeito a combinação lógica dos sentimentos, das imagens e de sinais.
    A corrente filosófica do positivismo é caracterizada por antemetafisica, partindo do principio de que é no estado positivo que o espírito humano reconhece a impossibilidade de obter noções absolutas, parte também do principio de que o objeto da ciência é o positivo e somente o positivo, este é o que pode estar sujeito ao método da investigação e da experimentação, reconhecendo assim as ciências experimentais ou positivas, que tratam dos fatos e suas leis.
    Tratando da parte especial da doutrina positivista, pode-se dividi-la em quatro aspectos, tem-se o aspecto psicológico: na destaca a psicologia da biologia e classificando-a como moral teórica, conjunto de funções cerebrais. O aspecto antológico: que nega o absoluto, o infinito, as causas eficientes e finais passando assim a reconhecer apenas o relativo, o fenomenal, o sensível, útil. Daí a frase do fundador do positivismo August Conte que diz, “Tudo é relativo e isso é a única coisa absoluta”, essa é a máxima fundamental do positivismo. E os aspectos sociológicos e religiosos: este parte dos estudos da divisão dos poderes sociais, materiais, intelectuais e morais, concentrados e exercidos por uma elite, ou seja, os dirigentes.

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  34. II parte Roberto Carlos

    Os já conhecidos positivistas do século XIX como Auguste Comte que elaborou a apologia dos fatos e outros mais como Rudolf Carnap no século XX, que se propuseram com o tema da analise da linguagem, este ultimo e como os demais que se debruçaram sobre esse mesmo tema, deram sua contribuição de suma importância ao que diz respeito a essa corrente filosófica, vindo assim Rudolf Carnap estudar o empirismo lógico da linguagem, segundo os seus princípios do empirismo lógico, a linguagem sem seus adereços retóricos, se tornaria algo bem mais singelo, bem mais econômico, sendo, portanto capaz de expressar de forma direta o que é da linha do sensível e do empírico e podendo assim fazer a ligação entre língua e mundo, mostrando a capacidade da linguagem em também expressar o “mundo exterior”, ou seja, aquilo que existe fora de nós, sendo este vindo do social, da natureza etc, dando também lugar ao “mundo interior” (aquilo que existe em nós).
    Mas o que realmente nos sugere o positivismo, o que o mesmo nos mostra?
    O positivismo sugere, pois, que não há nada além do nosso mundo, ou seja, aquilo que a metafísica classifica como “aparente”, tendo portanto o positivismo uma outra concepção de aparente(aparente para o mesmo é aquilo que esta em exposição, aquilo que aparece aquilo que conseguimos apreender , vindo portanto do empírico), mas não conseguindo desestruturar a hierarquia de saberes da metafísica, o próprio movimento positivista, não como um todo, porem boa parte, classificou como a “ciência dos fatos” a própria física, dando a ela um titulo de produtora mais importante do conhecimento.
    Não há duvida de que o positivismo passa a dominar o pensamento característico do século XIX, como um método e como doutrina. Sendo estes aspectos algo relevante para a filosofia. Mas o que o torna de fato a filosofia positivista um método e uma doutrina tão importante no campo da filosofia?
    No que diz respeito ao método do positivismo o mesmo é embasado na certeza rigorosa dos fatos, contemplando experiência (o empírico)como o alicerce da construção de sua teoria; como doutrina, apresenta-se como revelação da própria ciência, ou seja, não é apenas formulação de regras no qual a ciências venha a descobrir e prever um fato, mas é contudo pertencente de ordem geral, mostrando junto com os fatos particulares, como caráter universal da realidade, como significado geral do universo. Um dos grandes exemplos e contribuições do positivismo se tratando especificamente do Brasil é o lema que esta cravado na nossa bandeira, “Ordem e progresso”, ou seja, para se ter o tão esperado progresso teremos que ter ou nos manter na ordem.
    Eis, portanto o forte significado do positivismo na contribuição da filosofia moderna, caracterizando esse movimento uma das vertentes filosóficas mais rica do século XIX inspirando e criando grandes intelectuais ...........................................

    Fontes Bibliografias:
    COMTE, Auguste, Discurso sobre o espírito positivo. Tradução, Maria Ermantina Galvão Pereira. São Paulo: Martis Fortes, 1990.

    COMTE, Auguste, Curso de filosofia positiva. Tradução, Jorge de Arthur Giannotti e Miguel Lemos. 2.ed. São Paulo: Abril cultural, 1983.

    RIBEIRO, João, O que é o positivismo. São Paulo: Brasiliense,1982

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  35. Universidade Federal do Piauí
    Disciplina: iniciação a filosofia
    Professor: Helder
    Aluno: Eduardo J. Lima de Oliveira.


    O Problema da Arte

    Este é um ensaio no qual se tratará sobre a investigação da teoria do belo, da arte, também tida como estética, que no grego designa percepção, ou seja, é a doutrina da percepção dos sentidos, definido por Baumgarten referindo-se ao âmbito da arte que hoje o termo designa as teorias sobre a natureza da arte e do belo. A grande problemática é como se fazer a distinção do que vem a ser ou não uma obra de arte, tais como quadros, esculturas, ou obras racionais, econômicas, morais ou ainda religiosas.
    Nas ultimas décadas a arte tem transpassado os limites do âmbito da estética, tanto que tem-se falado de uma arte alem da arte, e cogita-se se não seria mais coerente encontrar outras designações para tais obras, o que para alguns críticos não uma nova forma de estilo, mas sim o fim da arte, com base na questão que caberá ao artista uma particular interpretação da realidade. Antes, pelo contrario, os produtos da arte dita alem da arte pretendem representar o ser em si, ou seja, a própria natureza.
    Sobre o problema da arte se tratara neste ensaio na perspectiva de três grandes autores da filosofia: Platão, Aristóteles e S. Tomás de Aquino. Em primeira mão, abordando a questão da arte na perspectiva platônica, e é de extrema importância que a principal característica desse filosofo é seu caráter dualista, a distinção que o mesmo faz entre um cosmo didético e, diretamente oposto a esse, um cosmo sensível. Para Platão, o problema do belo vai se encontrar no âmbito do sensível, isto é, referindo-se a formas, cores e sons, e para este essas são coisas captadas pelos sentidos dos quais o mesmo dará prioridade ao da visão. O conceito de belo sempre se refirirá a visão. E em se tratando do corpo a beleza consistira no desenvolvimento harmônico de suas funções até que alcance a perfeição, e o mesmo se aplicara para as virtudes da alma, cuja capacidade se revelam nas ações humanas, dar-se-a a conclusão de que a virtude seria a beleza e o bem estar da alma, enquanto, o oposto seria doença, feiúra e fraqueza.
    Para Platão a beleza esta nas formas geométricas em si, pois as mesmas seriam formas originadas do ser e dos elementos estruturais da natureza. Tudo o que é belo será tido como a essência da arte, que ele chama de “mimese”, ou seja, a arte como mimese nasce do mundo das sombras e sendo assim o artista será um prestigiado e um imitador.

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  36. pág. 2 eduardo


    Afirma Ernesto Grassi que Platão atribui à arte o predicado da “exatidão” porquanto ela reproduz o objeto representado de modo adequado para o olho do observador (...) a medida da exatidão é ao mesmo tempo índice da qualidade o que lhe permite distinguir uma obra de arte boa de uma que não o seja (A Arte Como Antearte, 1975, pag.106). Portanto a arte não se revela por ser um tipo de conhecimento, ela não visa a essência das coisas e nem a verdadeira natureza de tudo, mas segue apenas uma verossimilhança e cria imagens ilusórias do ideal. O pintor nunca sabe que esta imitando, praticando a mimese, essa criação sempre esta no inconsciente do mesmo.
    Aristóteles vai admitir que existi diferença entre a arte e o belo, e isso ele retratara bem em sua obra a Metafísica, para este o Belo se situa na esfera transcendental enquanto a Arte na do fazer, e que o Belo é conseqüência do Motor imóvel, a causa suprema que rege todo o universo. Diferente de Platão, ele quebra a relação do Bem com o Belo, o Belo é autônomo e desinteressado. Fernando Bastos destaca que Aristóteles considera a ordem, a simetria, o limite, a grandeza, em suma, formas geométricas, como princípios máximos do Belo, os quais aplicados às diversas expressões artísticas dariam fundamento à ordem estética ou à estrutura que as coisas deveriam ter (Panorama das Idéias Estéticas no Ocidente, 1987, pág. 30). Para Aristóteles a arte imita a natureza, imitação essa que não se trata apenas de uma copia, a Arte imita a natureza não no seu aspecto particular ou contingente, mas no essencial e necessário, aprimorando e corrigindo a natureza.
    A Arte, com Tomás de Aquino, é a correta razão das coisas a ser feita. Os sentidos possuem a capacidade de captar o mundo exterior, tais são recolhidas e amarzenadas pelas faculdades da memória e da imaginação, essas coisas do mundo exterior passam a ser, através dos sentidos, agradáveis ou desagradáveis, e tudo o que é Belo é expressão simbólica do divino. A Beleza tem ligação com o conhecimento, é aquilo que agrada a vista e a vista tem ligação direta com o intelecto, ela é o veiculo que com o qual o homem capta a beleza. A visão estética não é uma coisa mística, mas uma atitude racional que se expressa através do sujeito que conhece e aquilo que é conhecido.
    O Belo é um atributo do Supremo e Absoluto Deus, que transcende o mundo dos seres materiais, ou seja, da natureza da Arte que é considerada como símbolo do Deus Supremo. Concluindo, o Belo e o Bom são uma e mesma coisa co sujeito, já que eles repousam sobre uma base comum, a saber, sobre a forma, e eis porque um é predicado do outro: mas isso não impede que essas duas entidades não difiram racionalmente nas idéias que formamos para nós mesmos, palavras de Rodrigo Duarte (O Belo Autônomo, 1997, pág. 53). Assim como a assimilação se liga à forma, o Belo também pertencera propriamente à idéia de causa formal em S. Tomás de Aquino.




    Bibliografia:

    GRASSI, Ernesto. A arte como antearte. São Paulo: Duas Cidades, 1975.

    DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: UFMG, 1997.

    BASTOS, Fernando. Panorama das idéias estéticas no ocidente. Brasília: Universidade de Brasília, 1987.

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  37. Aluna: Rafaella de Araujo Pereira
    Ensaio: Filosofia Política

    O contexto da liberdade dentro da Filosofia Política
    O que é liberdade?
    A conceituação de liberdade, em termos de responsabilidade, coloca uma armadilha diferente na posição de destaque. Isso esta associado com o que eu descrevo como um caráter recursivo de responsabilidade, supondo que eu seja responsável por uma ação.
    De modo geral, o conceito de liberdade é usado de modos muito distintos e nos mais diversos contextos da literatura filosófica e parafilosófica dos gregos ate o presente. Eis alguns dos modos como foi entendido: como possibilidade de autodeterminação, como possibilidade de escolha, como ato voluntario, como espontaneidade, como margem de indeterminação, como ausência de interferência, como libertação diante de alguma coisa, como libertação para alguma coisa, como realização de uma necessidade.
    Dentro da Filosofia Política há dois conceitos de liberdade. A liberdade positiva e a liberdade negativa. Liberdade negativa é a liberdade de obstáculos ou restrição. Liberdade positiva é a liberdade de exercer controle sobre sua própria vida. Segundo Isaiah Berlin, o conceito de liberdade positiva:
    O sentido “positivo” da palavra “liberdade” tem origem no desejo do individuo de ser seu próprio amo e senhor. Quero que minha vida e minhas decisões dependam de mim mesmo e de forças externas de qualquer tipo. Quero ser sujeito e não ninguém, alguém capaz de fazer – decidindo, sem que decidam por mim, auto conduzido e sofrendo influencias de natureza externa ou de outros homens como homem como se eu fosse uma coisa, um animal, um escravo incapaz de interpretar um papel humano, isto é, de conceber metas e diretrizes inteiramente minhas, e de concretizá-las. Eis ai parte do que quero expressar quando digo que sou racional e que é minha razão que me distingue, por ser humano, de todo o resto do mundo! Quero, acima de tudo, ser cônscio de mim mesmo, como um ser que pensa, deseja e age, assumindo minhas próprias idéias e a meus próprios objetivos. Sinto-me livre na medida em que creio na verdade disso e sinto-me escravizado na medida em que me forçam a reconhecer que não existe tal verdade.
    A liberdade em que consiste em ser esse amo e senhor de si mesmo e a liberdade em que consiste em não ser impedido por outros homens de escolher o que quero, pode, se a encararmos, parecer um conjunto de conceitos que não se acham muito separados um do outro. O conceito de liberdade negativa:
    Diz-se normalmente que alguém é livre na medida em que nenhum outro homem ou nenhum grupo de homens interfere nas atividades desse alguém. A liberdade política nesse sentido é simplesmente a área que um homem pode agir sem sofrer a obstrução de outros. Se sou impedido por outros de fazer o que, de outro modo, poderia fazer, deixo de ser livre nessa medida; e se essa área é limitada por outros homens alem de um certo mínimo, podem dizer que estou sendo coagido ou, provavelmente, escravizado. Coação, entretanto, não é termo que englobe todas as formas de incapacidade. Se digo que sou incapaz de dar uma pulo de mais de três metros ou que não posso ler porque sou cego ou não entender as paginas ais obscuras de Hegel, seria estranho dizer que estou sendo escravizado ou coagido ate esse limite. Coerção implica a deliberada interferência de outros seres na área em que eu poderia atuar. Um homem possui liberdade política, individual ou institucional, apenas se estiver impedido de atingir uma determinada meta por outros seres humanos.

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  38. RAFAELLA02

    Ser livre neste sentido significa não sofrer interferência dos outros. Quanto mais ampla a área da não-interferência, mais ampla a liberdade. No entanto, os conceitos “positivo” e “negativo” de liberdade desenvolveram-se historicamente em sentidos divergentes nem sempre através de passos reputáveis do ponto de vista da lógica, ate que, no final do caminho, entrou em choque direto um com o outro.
    A liberdade é identificada por nos pela referencia a função que ela desempenha em tornar os agentes adequados para serem considerados responsáveis e seu caráter essencial é deixado na escuridão. Seu caráter funcional imediatamente nos leva a uma questão cuja capacidade esta nela mesma. Um ideal de liberdade será, em um sentido, mais austero, e, em outro, mais enriquecedor que a liberdade como controle discursivo.
    “é como conseqüência da armadilha modal, que a conceitualização de liberdade, em termos de subdeterminação, é colocada em uma posição central. A armadilha que a conceitualização de liberdade, em termos de posse, coloca nessa posição sustenta o aspecto pessoal de liberdade. Isso consiste no fato de que, para qualquer coisa feita livremente, o agente deve ser capaz e, sem duvida, obrigado a ver a ação com sendo sua.”
    Dentro do conceito de liberdade positiva, há vários conceitos relacionados à privação da liberdade. Conceitos relacionados a punições pagas a quem abusa de certa liberdade. A retribuição, o freio, a proteção para a sociedade e a reabilitação para a pessoa castigada, são algumas dessas punições.
    Na obra “Convite a filosofia” de Marilena Chauí, a autora faz comparações de poemas relacionados a liberdade com o que de fato venha ser liberdade. Para ela, há três concepções filosóficas da liberdade. A primeira esta exposta por Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco”. A segunda foi, inicialmente, desenvolvida por uma escola de filosofia do período helenístico, o estoicismo, ressurgido no século XVII com o filosofo Espinosa e, no século XIX, com Hegel e Marx. A terceira concepção, procura unir elementos das outras duas concepções anteriores.

    “diz Aristóteles que é livre aquele que tem em si mesmo o principio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou de sua decisão de não agir. A liberdade é concebida como o poder pleno e incondicionada vontade para determinar a si mesma ou para ser autodeterminada. É pensada, também, como ausência de constrangimentos externos e internos, isto é, como uma capacidade que não encontra obstáculos para se realizar, nem é forçada por coisa alguma para agir.”

    Fazendo uma comparação dos três autores mencionados aqui, cada um tem sua concepção de liberdade. Para Marilena Chauí, há três concepções filosóficas sobre a liberdade. Isaiah Berlin, fala sobre os dois conceitos de liberdade utilizados na filosofia política. Philip Pettit já mostra a liberdade de outra maneira, mostrando seus pontos negativos e suas armadilhas.

    BIBLIOGRAFIA

    PETTIT, Philip. Teoria da liberdade. Trad. Renato Sergio Pubo Maciel; coord. e super. Luis Moreira. – Belo Horizonte: Del Rey, 2007.

    BERLIN, Isaiah. Quatro ensaios sobre a liberdade. Trad. Wamberto Hudson ferreira. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1981.

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  39. Bibliografia Comentada(parte 4)



    LAZERRI,Christian.Historia Argumentada da Filosofia Moral e Politica.Trad.Alessandro Zir.Rio Grande do Sul:Edunisinos.2004.

    RACHELS,James.Elementos da Filosofia Moral.Lisboa:Gradiva.2004

    VÂZQUEZ SÂNCHEZ,Adolfo.Ética.São Paulo:Civilização Brasileira.

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  40. O QUE É BELO?


    O tema no qual irei trabalhar como auxilio de estudo e conhecimento,é a arte e estética,mais especificamente o problema do “belo”,às varias definições do que vem a ser belo.Neste texto iremos desenvolver uma pequena análise sobre a beleza da arte e estética,sobre a visão do que vem a ser “belo”;iremos também fazer uma busca na antiguidade,o que caracterizava para a época o “ser belo”;e hoje,o que vem a ser “belo” para o mundo das artes?Devemos qualificar uma obra de arte por sua beleza?Há algum juízo crítico para dizermos se algo é belo ou não?
    São perguntas como essas que me permitirá desenvolver esse pequeno texto sobre a natureza do belo.




    Na antiguidade a beleza artística,era contestada proporcionalmente a ordem e a simetria.
    Foi a partir do século V a.c. que professores começaram a despertar nos jovens um interesse pela arte, e, foi percebido as diversas teses ousadas sobre virtude, bem, belo, entre outros.Na antiguidade,a arte era bem mais acentuada e limitada,atribuídas apenas ao âmbito natural das coisas;tinham como base da beleza artística somente a pintura, a escultura e a poesia, sendo porém, consideradas como inferiores,abaixo da verdadeira beleza que a inteligência humana se destinava.
    À medida que cresce o interesse pela arte,intensificar o interesse pela idéia de beleza,determinada e elevada por Dionísio Areopagita,à categoria do nome divino;é visível essa atribuição A grandeza do belo colocada no por Hegel,no qual ele diz que:”o conteúdo da arte compreende todo o conteúdo da alma e do espírito, seu fim consiste em revelar a alma, pôr ao alcance da intuição o que existe no espírito do homem.”
    A partir do Renascimento, dar-se a união ainda mais visível do belo com a arte,onde, antes tinham somente a natureza como fonte do ser belo,a qual chamavam de beleza natural ,quando a bela arte foi transplantada,forma-se assim algo a mais,algo diferente da beleza natural,pois era uma espécie de criação,transformação,dando-lhe o nome de beleza artística ;inicia-se a diversidade de estilos,de formas, chegando até a definição de arte contemporânea.

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  41. O surgimento de tantas formas de arte,chega a apreender um estágio no qual é possível dizer que qualquer coisa pode ser definida como tal.E,considerá-la bela e admirá-la por tal beleza, é considerar-se um individuo de extremo bom gosto e de uma tamanha sensibilidade.
    A infinita variedade na significação do que vem a ser belo,nos leva a dizer que o belo é objeto da imaginação, da intuição, do sentimento, não podendo assim ser definida claramente de forma conceitual,pois uma vez que há uma variedade excessiva entre as obras de arte,não é viável aplicar-lhe uma definição satisfatória a todas.Collingwood,afirma que a obra real não é física,mais idéia ou emoção na mente do artista; ele diz ainda que,a arte genuína não tem propósitos,é um fim em si mesma.
    Atribuindo assim a cada individuo a capacidade de ver,captar e definir a beleza que há na obra,independente do que o artista quis transmitir, ou, simplesmente exercitar a sua capacidade crítica diante de algo.
    Segundo o autor, Kante,na crítica do juízo,diz que: o espaço comum ao ser humano, é a comunicação e a sociabilidade;diz ainda,se eu acho algo belo e o outro diz que não é, o que temos em comum é a possibilidade racional da existência da beleza,mais também é racional que nós possamos discordar e concordar de uma determinada perspectiva.
    Diz o autor do livro, introdução à filosofia da arte,que,Wilhelm Worringer,admite que há dois impulsos artísticos com duas atitudes distintas em fase das coisas,cada uma delas conduzem a uma espécie de valorização da realidade da arte:a de projeção – que é algo sentimental,a chamada empatia,também considerada por Theodor Lipps,como experiência estática,ou seja,são os sentimentos se projetando nos objetos;e o de abstração – que é encontra de forma bem definida na arte egípcia,na hindu,na bizantina,ela tende a diminuir e até mesmo a eliminar,nas representações,o aspecto orgânico e essencial;é uma espécie de sentimento inibidor da verdade,o qual,demonstra uma insatisfação fundamental do homem com o mundo;essa é o básico da sua teoria de explicação das diferenças de forma nas artes plásticas.
    Hoje,é bem comum vermos a utilização do primeiro impulso artístico,a projeção, pois há muito do sensível do artista e principalmente do individuo que admira a obra do artista,pondo em evidencia aquele despertar sensível ao ver determinada obra de arte,com toda sua beleza.

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  42. O belo é uma apreciação incompreensível que só pode ser sentida ou experimentada. É uma reação do modo estético extremamente humano. Hoje, o que é “belo” é tudo aquilo que nos causa admiração e prazer,porem, a cada dia,está cada vez mais difícil a transmissão do que vem a se definir como tal,aquilo que o artista quer nos transmitir na sua obra de arte,que beleza está contida nela,esta cada vez mais inviável, pois não desperta sentimento algum ao público que a ver.





    Enfim, segundo Kant e David Hume,a beleza está nos olhos de quem a contempla.
    Porém, para podermos evidenciar e avistamos o que vem a ser belo hoje na modernidade, faz-se necessário desprendermos de todos os fatores pessoais que possam nos influenciar na aquisição da essência do objeto em questão,podendo assim, falar se ele é belo ou não,ou seja,a arte resume-se na busca do prazer e satisfação,é uma invenção da expressão intelectual do homem.


    BIBLIOGRAFIA:
    NUNES,Benedito.Introdução à Filosofia da Arte.3 ed.São Paulo:ática,1991.
    HEGEL,Georg Wilhelm Friedrich.Os Pensadores.Henrique C.L.(trad.) et al.São Paulo:abril cultura,1980.
    Seminario Internacional Kante em Questão.Kante:Critica e Estética na Modernidade.Ileana Predilla Cerón.Paulo Reis (org).São Paulo:senac,1999.

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  43. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS- CCHL
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    DISCIPLINA: INICIAÇÃO A FILOSOFIA
    ALUNA: KALININA KAREN A. SAMPAIO


    Como transformar professores em mestres?
    (introdução confeccionada do texto “La filosofia”)

    Diante de uma classe docente que virou uma máquina de vomitar conteúdos para alunos que se tornaram escravos intelectuais de seus professores levantou-se a idéia de formar mestres e não mais professores.
    Mas qual a diferença entre mestres e professores? O que é mestre e o que é professor?
    Segundo a filosofia Argentina A.C, mestre é aquele que expõe seus conteúdos e métodos dando razão á duvida, aplica suas disciplinas, mas deixa uma lacuna para que seus aprendizes questionem-se e levantem hipóteses que deverão automaticamente, na sua mente, passar por uma tentativa de falseamento que culminará numa corroboração ou não, ou seja , um mestre leva a pensar, a questionar-se. Enquanto que um professor é aquele sujeito que, diante de uma sala cheia de mentes férteis atira no seu solo uma autenticidade de caráter forte e brutal, quer dizer, é uma máquina de jogar conteúdos que deverão ser voltados pra ele de forma sistematizada, ou seja, se ele ensinar pro seu aluno (aluno: “a” - negação do latim ‘luz’, logo “aluno” = ser sem luz) que um determinado objeto é feito de madeira, prego e cola e o seu aluno não pode responder-lhes que o tal objeto é feito de cola, prego, madeira, mas sim de madeira, prego e cola, ou seja, os professores tem e querem verdades absolutas e, no nosso sistema atual de ensino esse método é quase imutável. Segundo Kart:

    O mestre desenvolve no seu aprendiz, em primeiro lugar, o homem de entendimento, depois, o homem de razão, e , finalmente, o homem de instrução. Este procedimento tem essa vantagem: mesmo que, como acontece habitualmente, o aprendiz nunca alcança a fase final,

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  44. terá mesmo assim se beneficiado da sua aprendizagem. Terá adquirido experiência e ter-se-á tornado mais inteligente, se não para a escola, pelo menos para a vida (Kart , 1755).
    O professor como sujeito sócio-cultural, tendo em mãos jóias a serem lapidadas tinham que fazer valer a responsabilidade que lhe cabe e ir além do conteúdo programático das aulas.
    Obviamente poderia levantar a questão: mas como mudar isso, se o nosso ensino nos ensinou a ser assim? Temos que admitir que este é o principal percalço, pois o culpado de tudo é a nossa base , o nosso sistema educacional.
    Um exemplo claro disto é a exclusão da filosofia e sociologia da grande curricular do ensino fundamental nos períodos de regime militar. E a sua re-inserção foi a atitude mais certa unteis que o nosso Estado poderia ter. É aquela que vai dar aos mestres a base para pensar, que tem que ser base não só para a própria disciplina da filosofia, mas sim para todas as disciplinas.

    O mestre luta por uma educação para o pensar, dentro de um paradigma reflexivo, que parte como em processo de educação de libertação. No caso das crianças, trata de libertá-las do pensar pensando por outros, para que possam pensar por elas mesmas, estimulando sua indignação natural de admiração e curiosidade (KOHAN, 2000).

    Os professores devem fazer uso da oportunidade que tem de conhecer a filosofia e pô-la em pratica, para poder repassá-la pros seus aprendizes como base das demais disciplinas. Fazendo assim ele deixa de ser um mero professor e passa a ser o real mestre que deve ser.

    Seja um mestre fascinante:inspire a inteligência dos seus alunos, leve-os a enfrentar seus desafios e não apenas ter cultura informática. Estimule-os a gerenciar seus pensamentos e a ter um caso de amor com a vida (CORY,2003)

    Diante de exporte vemos que não é tarefa simples abandonar a rotulação de professor e vestir a de mestre se o um sistema educacional me formam para ser professor. Por isso digo: a posição de mestre é mais uma atitude sua do que de um Estado em si; essa e decisão de ser diferente, e buscar ser notado e lembrado é responsabilidade sua e que trará benefícios em suma a você educador do que aos seus aprendizes.

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  45. Bibliografia

    CATURELLI, Alberto. La Filosofia. Argentina: Editorial Gredos, 2006. p. 286-338.

    CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de janeiro: sextante, 2003.p.71

    KOHAN,W.D. Filosofia para crianças. Rio de janeiro: DPEA.p.81

    KANT,IMMNUEL. Col.filofia teórica . universidade da Cabridge: David Waliford, 1992

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  46. EPISTEMOLOGIA
    Epistemologia – Teoria do conhecimento: A dificuldade de discutir conhecimento da crença.Como disciplina filosófica independente, não se pode falar de uma teoria do conhecimento nem na antiguidade nem na idade media. Certamente, encontraremos variadas reflexões epistemológicas na filosofia antiga especialmente em Platão e Aristóteles são porem, investigações epistemológicas que estão completamente embutidas em contextos psicológicos e

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  47. metafísicos. E só idade media foi quando a teoria do conhecimento aparece como disciplina independente. O filosofo inglês John Locke deve ser considerado seu fundador. Na filosofia continental Kant apareceu como o verdadeiro fundador da teoria do conhecimento. Em sua principal obra epistemológica a cítrica da Razão Pura (1781) tentou ofertar uma fundamentação critica ao conhecimento das ciências naturais, esse método não investiga o gênese psicológicas do conhecimento, mas sua validade

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  48. Em Fichte, o sucessor imediato de Kant, a tória do conhecimento aparece pela primeira vez intitulada “teoria da ciência”. Mas já apresenta aquela circunstância de teoria do conhecimento metafísica que ganhara livre curso em Schlling eHengel e que também estará inconfundivelmente presente em Schopenhauer . Em contraposição a esses tratamentos metafísicos da teoria do conhecimento surgi na década de 1860,

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  49. esforçando-se por separar nitidamente o questionamento metafísico espirituologico. No estudo, o problema epistemológico foi tão vigorosamente empurrado para primeiro plano que a filosofia corria o perigo de reduzir-se a teoria Kantiana do conhecimento numa derivação muito bem determinada ao questionamento que provocou os surgimentos de correntes epistemológicas contrarias. Vem daí estarmos hoje numa enorme quantidade de direcionamento epistemológicos. (HESSEN, 2003, p. 14-16).

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  50. Bibliografia
    CASTRO, Susana de. Introdução a filosofia: Epistemologia Petrópolis (RJ): vozes, 2008. Cap.7 (p.77-193).
    CHISHOLM, Rodrick, W. Teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Zohar Editores, 1966. Cap.1 (p.3).
    HESSER, Johannes. Teoria do conhecimento. São Paulo Martins fontes, 2003 (p.14-16).
    Zilles, Urbano. Teoria do conhecimento. Porto Alegre Edipucrs, 1994. Cap.4 (p.61

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  51. O que pode constituir a teoria do conhecimento? Carregamos a obrigação de termos conhecimentos sobre diversas coisas; somos todos eruditos contra nossa vontade e levamos isso conosco pra onde queira ir, por que nos traz status a posição do saber por uma meta de conhecimento, quando for necessário usá-lo, ou seja, a idéia de se ter conhecimento dentre outras coisas , nos da mérito, algo que vai muito alem de sorte, é o que podemos chamar realmente de conhecimento.

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  52. O que é mais significativo nesta historia é que, o conhecimento e seu objeto (uma proposição) não se limitam a um significado dado a uma coisa em determinado idioma, pois ao conceituar algo, não estamos explicando o integralmente. Por tanto ao falar-se em conhecer, há que se levantarem posicionamentos sobre o que significa conhecer em sentido proposicional de conhecimento a algo misturar-se a automaticamente ai se localizar a atitude da crença com o conhecimento real.

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  53. A critica pode construtivo ou destrutivo, pois ao defrontar-se com o conhecimento ela pode dizer que pode fazer com que eu ignorasse, simplesmente por que eu descreio num posicionamento contrario ao que eu acredito.
    • O processo de conhecimento apresenta das sombras e imagens ao levantarmos o inverso das idéias com etapas interfundiarias. Assim, o que não é visto claramente no plano sensível ( só podendo ser objeto de conjuntos) torna se objeto de crença quando se tem a condição de percepção. Mas a evidência sensível que pertence ao domínio da opinião. E uma crença. As certezas advêm de uma demonstração racional quando se avança na esfera do conhecimento inteligível (ZILLES, 1994, P.61)

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  54. • Assim como podemos dizer que o Homem conhece certa hipótese ou sabe que uma proposição é verdadeira, também podemos dizer uma certa hipótese é evidente para ele é razoável de sua parte aceitar uma certa hipótese é para ele, gratuita ou independente em aceitável ou inaceitável (CHISHOLM,1966,P.33).
    Exemplificando o que seja a crença e no que ela pode nos prejudicar. O conhecimento quer dizer uma relação entre sujeito e objeto. O verdadeiro problema do conhecimento, portanto coincide com a questão sobre a relação entre sujeito e objeto. Vimos que para a construção da ciência natural o conhecimento aparece como uma determinação de sujeito pelo objeto. Mas será com consciência natural, o

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  55. conhecimento aparece como uma determinação do sujeito pelo objeto. Mas será correta essa concepção? Não deveríamos pelo contrario falar do conhecimento como uma determinação do objeto pelo sujeito? Qual o fator determinante no conhecimento humano? Seu centro de gravidade esta no sujeito obra.

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  56. Conclusão


    Basicamente a temática em exposição em teorias de concretização citadas com seus diversos meios de teorias de conhecimento conhecido com epistemologia fica clara de como se da à dificuldade de discutir conhecimentos de crenças. Já que o problema fica por conta de ênfase abordada para uma especificação do assunto baseados em três complementos teóricos de teses epistemológicos mostra uma apresentação, mas imediata, levando a raciocinar e chegar a solução ate sua possível resolução.

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  57. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
    CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS E LETRAS
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E A RED. FILOSOFICA
    PROF. HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
    ALUNO: HÉLIO LIMA LUSTOSA JUNIOR – 09H16730

    Teoria do conhecimento
    Problema filosófico: Verdade

    Teorias do conhecimento e da verdade

    O problema da possibilidade do conhecimento orienta-se em termos das diversas teorias da verdade.
    Platão defronta-se com a posição cética e relativista dos sofiastas. Esta resume-se no ditado do fundador do movimento, Protágoras: o homem é a medida de todas as coisas. Cada um tem o direito de apresentar suas razoes para justificar determinada afirmação ou negação. Por tanto, o conhecimento não pode ser corrigido em nome de alguma suposta norma objetiva, independente de quem conhece.
    Platão propõe a idéia da existência de uma norma objetiva, absoluta, oposta ao conhecimento flutuante deste mundo. “ o mundo das formas, das idéias eternas”. O nosso conhecimento só se aproxima daquele mundo, onde existe a verdade, na medida em que relembramos o estado em que a alma se encontrava antes de descer para habitar o corpo, estado em que contemplava as idéias. O impacto da alma quando entra em contato com o corpo é tão grande como o impacto de um aço incandescente é posto num balde de gelo.
    É o processo dialético que leva a alma a relembrar e associar este objeto com aquela idéia e, portanto, identificá-lo. Todavia, Platão só solucionava ou resolve o problema do conhecimento mediante a hipótese de dois mundos da matéria.
    Aristóteles enfrenta a problemática a partir de outra perspectiva. Existe um só mundo: este mundo que nós encontramos.
    Aristóteles valoriza sobremaneira o sensível. De fato, a idéia existe. Mas é resultado de todo um processo de raciocínio baseado na percepção sensível, a saber, o processo da abstração.
    A percepção consiste no contato inicial com um objeto material e, depois, com outros parecidos. Estes se comparam entre si. o resíduo de característica que possuem em comum constituem a idéia ou a essência da classe e, por tanto, de cada individuo que faz parte faz parte da classe. É o intelecto passivo que recebe as idéias; o intelecto ativo atua sobre elas, o que leva ao conhecimento efetivo do objeto. A verdade é alcançada como resultado da ativação desse processo. Trata-se de perceber a correspondência entre aquilo que é e a que dele é formulada.
    Essas teorias fundamentam da verdade acompanham o próprio desenvolver da historia do pensamento filosófico no que diz respeito ao problema do conhecimento e da verdade. Na época moderna o idealismo platônico encontra continuidade, ate certo ponto, em Descartes, Espinosa e Hegel.
    Para Descartes, há uma divisão radical entre idéia e fato, este matéria. Ate a existência do fato é comprovada pela existência da idéia. O conhecimento é resultado da aplicação do método, o que nos leva a possibilidade de distinguir as idéias claras e distintas, as únicas verdadeiras, e a ligação entre o eu e o ato de pensar: penso, então sou.

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  58. Leibniz propõe o paralelismo ou a correspondência ocasional entre ambos, a idéia e fato, por um processo preestabelecido. Deus criou o universo para que fosse assim. Quando ocorre um, ocorre o outro. Há conhecimento quando um corresponde ao outro.
    Hegel considera toda a realidade como uma manifestação da idéia, do espírito absoluto. O processo do conhecimento consiste em retomar o caminho da dialética que o espírito toma para se manifestar tal como de fato se manifesta. O conhecimento consiste em compreender este caminho e não em tentar justifica-lo. Trata-se da teoria da coerência. Esta afirma o caráter dinâmico do envolvimento que caracteriza o processo do conhecimento. Proposições “envolvem” outras proposições. As noções de “conjunto coerente de preposições” e de “ proposição verdadeira” definem-se em termos da noção de “envolvimento”. Um conjunto de proposições é coerente se, somente se: (a) cada proposição no conjunto envolver as demais proposições do conjunto; (b) toda proposição que estiver envolvida por uma proposição que pertence ao conjunto, pertence ela mesma ao conjunto. Uma proposição é verdadeira se, e somente se, pertencer a um conjunto.
    O conceito de verdade é um atributo e, em termos mais explícitos, expressa a correlação entre uma proposição e algo não-proporcional. Todavia, Frank Plumpton Ramsey, em os fundamentos da matemática, afirma que as expressões “é verdadeiro” e “é falso” ultilizam-se apenas para fins de ênfase, por razoes de estilo ou, enfim, para indicar a posição que a afirmação ocupa no argumento.
    No entanto, quando se sfirma que todas as proposições se dividem em proposições verdadeiras e falsas, e que estas esgotam todas as possibilidades e são mutuamente exclusivas, “verdadeiro” e “falso” são atribuídos de preposições.
    A teoria da correspondência procura explicar a verdade não-logica como sendo uma relação entre proposições e algo não-proporcional que as proposições expressam como sendo o caso.
    Para Nietzche é verdadeiro tudo o que contribui para fomentar a vida de espécie e falso tudo o que é obstáculo ao seu desenvolvimento. O critério de verdade deixa de ser um valor racional e adquire um valor de existência, que pode ser sintetizado na frase de Saint-Éxupery: “A verdade para o homem é o que faz dele um homem”.
    Há ainda os lógicos que buscam o critério da verdade na coerência interna do argumento. Verdadeiro seria então o raciocínio que não encerra condições e é coerente com um sistema de princípios estabelecidos. Essa é a verdade típica da matemática. Afirmar que por um ponto fora de uma reta so passa uma paralela a essa reta pode ser verdadeiro se admitirmos os postulados de Euclides, mas falso se adotarmos os principio da geometria não-euclidiana. A verdade pode ainda ser entendida como resultado do consenso, enquanto conjunto de crenças aceitas pelos indivíduos em um determinado tempo e lugar e que os ajuda a compreender o real e agir sobre ele.

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  59. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    DISCIPLINA: INICIALIZAÇÃO A FILOSOFIA
    ALUNO: FELIPE FERREIRA DE CARVALHO


    LIBERDADE POLÌTICA

    O tema da liberdade não é apenas nobre mas igualmente amplo.Foram os gregos a dar-lhe o nome e os atenienses praticaram-na antes de mais ninguém. O discurso fúnebre de Péricles,proferido por tucídides, é a descrição clássica da relação entre a liberdade política e a vida digna.Todos os homens são naturalmente livres e independentes,e têm certos direitos inerentes que,na organização da sociedade,não poderão,por qualquer pacto, ser negados ou substituídos aos seus descendentes. A liberdade política,isto é, a liberdade no sentido simples do termo, é o requisito primordial e a estrutura de todas as outras liberdades ,social, acadêmica, econômica, religiosa. De onde veio ,então,
    A liberdade política? Do conceito de direito natural da antiguidade,ou seja,da idéia segundo a qual há uma justiça e um direito abstratos a que se submetem ate mesmo os deuses.
    A suposição de uma imagem ético-normativa do homem,em outras palavras,de uma natureza humana inacabada,que se desenvolve no decorrer da historia e no fim do processo,alcança a perfeição; essa idéia implícita conduz necessariamente a um posicionamento que leva à duvida e é divergente em relação à forma existente da vida em um conjunto.
    Discussões que tem a ver com liberdade de ação e liberdade do self podem,primariamente,ser de interesse psicológico,a psicologia envolvida pode ser a coletiva pressuposta ao agenciamento do grupo e não à psicologia do individuo.Em qualquer caso, as questões relativas à liberdade das pessoas se conectam diretamente a problemas políticos. Isto é particularmente verdade quando tomamos a liberdade,como controle discursivo,para incluir um poder social em relação aos outros e não somente uma capacidade psicológica.
    Agora,desviamos o enfoque para centralizá-lo numa perspectiva política.deixamos ateoria da liberdade como controle discursivo, para voltar-nos a concepção da liberdade como ideal político.Este é o ideal de liberdade que deve-se ter em mente quando dizemos,como a maioria das teorias políticas diz,que o governo ou o estado ,órgão politicamente organizado,deve fazer tudo o que puder para permitir que seus governados gozem da liberdade.
    O governo e o Estado,como órgãos politicamente organizado,é um sujeito coletivo,é um sujeito coletivo ao qual nos damos um status especial dentro dos limites de suas operações.

    BIBLIOGRAFIA

    PETTITE, Philip.Teoria da Liberdade.Belo Horizonte:Del Rey LTDA,2007.

    MORISON, Samuel Eliot.A liberdade na sociedade contemporânea.Rio de Janeiro: fundo de cultura,1959.

    BICCA,Luiz.Marxismo e liberdade.São Paulo:loyola;1987.

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  60. JULIMAR FILHO
    PARTE 1
    ENSAIO SOBRE A EFETIVIDADE DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA NO CONTEXTO SÓCIO-POLÍTICO ATUAL DO BRASIL.

    O campo de estudo da Filosofia Política é bastante vasto, superpondo-se à ética, economia, ciência política e história das idéias. Geralmente, os filósofos políticos escrevem em reação às situações políticas nas quais se encontram. Um dos conceitos políticos, o de igualdade, merece aqui, especial destaque, uma vez que surge a discussão acerca do “que é igualdade”, e “qual o papel do Estado, face a necessidade de se propiciar meios que permitam aos cidadãos uma participação efetiva na tomada de decisões políticas”. Parte-se então ao exame das questões filosóficas a que dão origem.
    A igualdade costuma ser apresentada como uma meta política, um ideal digno de ser buscado. Os igualitaristas, ou seja, aqueles que propugnam alguma forma de igualdade, afirmam que os governos deveriam se esforçar para, em vez de apenas reconhecer, passar a proporcionar algum tipo de igualdade nas vidas daqueles a quem governam. Do ponto de vista igualitário, costuma-se afirmar que aquilo que deveria ser igualmente ou mais igualmente distribuído seria a renda, o acesso ao emprego e poder político.
    Nesse diapasão, surge a necessidade de se analisar sobre igualdade política, entendida aqui como democracia, e suas acepções. Duas visões de democracia potencialmente conflitantes se destacam. A primeira enfatiza a necessidade de que membros da população tenham a oportunidade de participar do governo do Estado, geralmente através do voto. A segunda enfatiza a necessidade de que um Estado democrático de direito reflita os verdadeiros interesses de um povo, mesmo que o próprio povo possa ignorar onde residem seus verdadeiros interesses. De acordo com Morais Segundo e Pereira Rosa, “o conceito de democracia sempre suscitou grandes discussões, pois, ao contrário do que afirmava a doutrina tradicional considerando-a como um conceito político e abstrato, percebeu-se que ela representa um processo de afirmação do povo e de garantia de seus direitos fundamentais que o mesmo vai conquistando com o perpassar dos anos, ou seja, a democracia é um conceito político, no sentido de que todos tenham aptidão para exercer o poder, mas o seu exercício está subordinado à decisão da vontade geral ou da maioria, por meio de eleição e a democracia também é um conceito social no sentido de que todos tenham aptidão para adquirir a propriedade e o Estado facilite os meios desse processo concretizar-se”. Dentro da proposta de estudo, o presente trabalho se deterá na análise do primeiro conceito, destacando a forma de democracia representativa e sua efetividade no contexto sócio-político brasileiro.

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  61. JULIMAR FILHO
    PARTE 2
    Alguns críticos atacam as diversas formas de democracia, em especial a representativa, afirmando que a mesma pode constituir um senso meramente ilusório de participação na tomada política de decisões, simplesmente refletindo relações de poder ora existentes, uma vez que em face à incompetência dos eleitores, que não entendem onde residem seus melhores interesses, acabam por ser tapeados por oradores habilidosos.
    No âmbito estatal, critica-se o papel atribuído ao Estado de proteger e promover os direitos humanos, pois frequentemente ele é o próprio agente violador, e é de se esperar que seja mais difícil por parte dele uma mudança de atitude. Quanto ao modo de organização e funcionamento das instituições estatais, poder-se-ia afirmar que a democracia representativa e as políticas de participação social são um modo de tornar efetivo os direitos humanos, ou, ao menos, o que, sem excluir outras possibilidades, mais se aproximaria desse ideal. Mais do que marcos externos ao jogo político, os direitos são a forma de manifestação de forças sociais, dado que é pela sua linguagem que se expressam as insatisfações e as demandas pelo reconhecimento das identidades e dos interesses dos agentes sociais. Ademais, os direitos também fazem parte do processo político, já que constituem os modos legítimos de organização, de ação e de determinação dos objetivos públicos na luta política. Entretanto, os direitos humanos fazem parte do espaço público democrático, e não são apenas temas ou objeto de disputas políticas.
    Ante as considerações feitas, encontramo-nos em melhor posição para analisar a efetividade da democracia representativa em nosso contexto. Não obstante consideração de que este método consiste no mais adequado e “democrático” de participação coletiva no processo de tomada de decisões políticas, o mesmo se apresenta de forma bastante falha. Hodiernamente e facilmente perceptível as manifestações de insatisfação do povo com relação aos governos, mesma sendo esse povo que tenha escolhido os governantes. Ocorre que, como já mencionado, o povo desconhece onde reside seus principais interesses, acabando por votar influenciados por uma boa oratória, aparência e um belo sorriso, ou pior, votam com base em preconceitos não analisados sobre determinados partidos políticos. Isto reflete diretamente na atual situação social-política em que nos encontramos. Além de o povo não saber como escolher seus representantes, o mesmo não sabe, uma vez escolhidos os representantes, como cobrar que os mesmos cumpram com o que prometeram, e como já visto, o Estado é o principal violador dos direitos humanos, então como esperar que ele seja o garantidor de tais direitos.

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  62. JULIMAR FILHO
    PARTE 3
    Então consideramos, não possuir efetividade o modelo democrático ora apresentado, partido-se do pressuposto, de que efetividade consiste em mostrar resultados concretos, e que os resultados esperados com a democracia representativa seria que as decisões políticas tomadas correspondessem de fatos aos anseios da população em geral.
    No mesmo sentido afirma Bobbio, que “os direitos do homem, a democracia e a paz, consistem em três momentos necessários do mesmo movimento histórico: sem direitos do homem reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existe condições mínima para a solução pacífica dos conflitos”. Como se observa, a democracia consiste em pilar básico para a construção de um Estado democrático de direito, na medida em que o reconhecimento dos direitos do homem possam refletir em efetivas condições de participação no contexto de tomada de decisões de modo que a paz possa advir como conseqüência.
    Ademais, Foucault coloca “que a politização de um intelectual tradicionalmente se fazia a partir de duas coisas: em primeiro lugar, sua posição de intelectual na sociedade, no sistema de produção capitalista, na ideologia que ela produz ou impõe; em segundo lugar, seu próprio discurso enquanto revelava uma determinada verdade, descobria relações políticas onde normalmente elas não eram percebidas”. Como visto, de acordo com as críticas ao modo de democracia representativa já abordados, Foucault já percebia, como ocorre atualmente, que a figura dos políticos, na maioria das vezes, acontece com aqueles que detêm o capital, e de certa forma, sua ideologia vai ser a predominante, uma vez que, o povo não se encontra em posição de escolher seus representantes, e quando o discurso destes, parece corresponder à verdade, acaba por tapear os eleitores, consequentemente, as decisões políticas não corresponderão às necessidades de quem precisa, e sim daqueles que se encontram no poder, como um jogo de interesses.
    Para reforçar o ora exposto, Morais Segundo e Pereira Rosa: “a democracia representativa sofre grande crise em nosso atual contexto, com a debilidade de organização e funcionamento dos partidos políticos (que possuem uma ideologia política com pouca ou sem nenhuma consistência), incentivando o surgimento e a proliferação dos grupos de pressão que são associações com finalidades políticas, atuantes nos bastidores do poder, sem qualquer regulamentação e sem responsabilização pelas pressões camufladas que exercem. Esses grupos de pressão (lobbies) se materializam em certos mecanismos, a saber: direito de reunião, direito de associação, direito de petição e direito de sindicalização.”
    Portanto conclui-se pela necessidade de um estudo constante e de discussões no seio da sociedade sobre as causas para o distanciamento da vontade dos representantes e representados, todas de fundamental importância para a sobrevivência da democracia representativa, dos partidos políticos como instrumentos necessários e importantes para a preservação do Estado Democrático de Direito.







    REFERÊNCIAS

    BOBBIO, Noberto. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. - Rio de Janeiro: Campus, 1992.
    FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Org. e trad. Roberto Machado. – Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
    KOERNER, Andrei. O papel dos direitos humanos na política democrática: uma análise preliminar.
    GHIRALDELLI JR. Paulo. O Básico da Filosofia.
    MORAIS SEGUNDO, Enéas Flávio Soares de. PEREIRA ROSA, Ana Adelaide Guedes. Crise da democracia representativa: enfraquecimento dos partidos políticos, fortalecimento dos grupos de pressão e a necessidade de reformulação política do Estado.

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  63. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - CCHL
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    LAYANE DE PAULA VELOSO

    A eutanásia na perspectiva da ética cristã

    O presente ensaio tem por objetivo abordar os aspectos gerais relacionados a eutanásia, apresentando seu conceito e origem, analisando seu confronto com a ética cristã.
    A palavra eutanásia tem origem nas palavras gregas “eu” e “thánatos” que corresponde a “boa” e “morte” respectivamente, expressão essa introduzida por Francis Bacon em sua obra: História vital et mortes, no ano de 1616, denominando assim eutanásia como estudo das enfermidades incuráveis, “boa morte” também quer dizer morte suave e sem dor, porém com o tempo seu significado se diversificou, passando a abranger novas situações, pois agora ela (eutanásia) não se limita apenas aos casos terminais, alcançando também os casos relacionados aos recém nascidos, com más formações congênitas, aos pacientes em estado vegetativo, enfim aos que são incapazes de se valerem por si mesmos.
    Após essa breve definição de eutanásia podemos nos aprofundar em seu atrelamento a Bioética e seus respectivos problemas, a bioética representa um neologismo que expressa “ética da vida ou modo de ser da vida”, sendo também o ato correto de lidar com a vida ou que deveria ser correto. A ética se refere ao sistema ou teoria que busca delinear e descrever o que é “bom” e o que é “mau”, podendo ser baseadas no dever, nas conseqüências e nas virtudes, trabalharemos com as baseadas no dever, mais precisamente a ética cristã.
    A eutanásia pode ser dividida em pelo menos três categorias: A voluntária, a involuntária e a não voluntária, as duas últimas parecem iguais porém não são; a não voluntaria é quando o paciente esta inconsciente portanto não tem condições de expressar sua vontade, enquanto as outras duas (voluntária e involuntária) a diferença está na participação do paciente, em um ele coopera tomando parte da decisão e na outra a ação é praticada sem o seu aval ou mesmo seu conhecimento,a eutanásia também é uma prática bastante polêmica, tem capacidade de dividir opiniões, reunindo prós e contras, na opinião de quem a defende o procedimento é uma saída, e por sinal honrosa para os que se vêem diante de uma longa e dolorosa agonia, já para os que se opõem, ela não é desculpa para cessar a tal agonia, pois é dever do Estado preservar a vida humana a todo custo. “A garantia da vida não implica um dever de viver, o Estado deve respeitar o principio de autonomia do cidadão ainda quando o cidadão agonizando por uma doença incurável, solicite a abreviação ou solicite uma morte digna, não se pode falar que trata-se de uma ato arbitrário.”

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  64. A eutanásia é permitida em alguns países como a Holanda e Bélgica sendo que os outros dependendo da situação toleram, e outros não, como o Brasil, em hipótese alguma, e se quer prevêem a prática. Adentremos agora na parte da visão cristã em relação à eutanásia, como se vê, esse assunto é bastante polêmico principalmente por ser a Igreja Católica a principal e maior instituição contrária a prática da “morte misericordiosa”, sabemos que a definição de moralidade foi cristalizada pela ação cristã, nos “ensinando” o que é permitido e o que é proibido, o que é proibido corresponde também à prática da “boa morte”, essa por não corresponder as leis divinas (Dez mandamentos), que entre elas está “Não matarás”, a questão é que os cristãos não admitem de forma alguma o interrompimento da vida a não ser pela vontade de Deus, alegam que a vida é nosso bem maior, dádiva de Deus, não sendo permitida sua supressão por decisão de um médico ou da própria família, em qualquer circunstância, pois o que é incurável hoje, poderá não ser amanhã, e o que é irreversível poderá ser reversível, contanto que exista fé.
    Justamente pelo grande poder da Igreja Católica e o imenso número de fiéis é que há ausência de normas a respeito de sua validade (eutanásia), sendo essa indiscutível pela Igreja e por quem acredita que a mesma não é a busca pelo alívio de um enfermo e sim a liberdade, pois o responsável não possuirá mais o fardo de cuidar de alguém debilitado. Contudo, para os cristãos, a vida é um dom de Deus cabendo somente a ele o poder de retirá-la “Os crimes relacionados à eutanásia são indefensáveis, porque constituem crime perante a lei dos homens e perante a lei de Deus sendo que só esse tem o direto de interromper o fio da vida” e como os mesmos (cristãos) junto a Igreja obtêm poder e não são ignorados, dificultando ainda mais a realidade daqueles que estão angustiados, sofrendo e que escolhem pelo abreviamento de suas vidas.
    Embora saibamos que somos “humanos” e como tais temos alguns deveres não quer dizer que precisamente devem ser absolutos como “os dez mandamentos” que nos outorgam, nos fazendo seguir ordens que são dadas pelo “Todo Poderoso”, e caso não cumprida resultará em castigos. Seria necessário que pensássemos mais nas dores, nos absurdos que essas pessoas que não se encontram em condições absolutas passam, talvez haja uma enorme contradição com o próprio novo testamento ao dizer “Ama o teu próximo”, como amar se não há mobilização diante do sofrimento dos outros ? Sendo que esses tem livre arbítrio, e “podem decidir” sobre suas próprias vidas, e não apenas esperar pela vontade de Deus, não é questionando e nem opondo-me a leis divinas mas “A responsabilidade por nossas escolhas cabe, em ultima análise, a cada um de nós”. Como vimos, as decisões éticas são as mais importantes e extremamente difíceis por isso há necessidade em ponderá-las na hora de tomarmos algumas decisões.




    HOPPE, Francisco Osvaldo Martins. Um estudo comparativo sobre o tratamento dispensado em legislador penal no caso do aborto sentimental, a valoração e capacidade do consentimento com a disponibilidade da vida no estudo da eutanásia.IN: - Revistas dos tribunais. São Paulo: Revistas dos Tribunais LTDA, 1996, p 465 – 480.
    SUCENA, Lilian Ottobrine Costa. COSTA, Mário Ottobrine. A eutanásia não é o direto de matar. IN - Revistas dos tribunais. São Paulo: Revistas dos Tribunais LTDA, 1996, p 751 – 757.
    WARBURTON, Nigel. O básico da filosofia. Rio de janeiro: José Olympio, 2008.

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  71. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
    DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E A REDAÇÃO FILOSÓFICA
    PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
    ALUNA: MARIA GOMES FERNANDES

    TEORIA MORAL DA VIRTUDE - PARTE I

    A teoria moral da virtude está voltada para a formação do caráter humano. Baseia-se largamente na Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Mostra-se interessada na vida do indivíduo como um todo. E destaca que, para o indivíduo ser considerado virtuoso é necessário que ele conheça o bem, e que o cultive juntamente com suas virtudes, buscando uma qualidade de caráter íntegro e admirável. Teóricos da área apontam a importância da prática e educação das virtudes para que estas possam florescer, e consequentemente alcançar o desenvolvimento humano. Esse processo construtivo do caráter humano é visto dentro da teoria da virtude como um comportamento virtuoso.

    Segundo Aristóteles, todo mundo quer crescer como pessoa, e usa o termo eudaimonia, às vezes traduzido como “felicidade”, para designar esse crescimento; com relação a esse termo, estudos mostram que a tradução dele não se faz plenamente correto, uma vez que, Aristóteles se referia à eudaimonia, não apenas a prazeres físicos ou estado de contentamento momentâneo, mas sim como algo que se aplica a uma vida inteira; diz também que cultivar as virtudes seria o meio por excelência de se obter o crescimento pessoal.
    Teóricos da virtude destacam a generosidade e a coragem como sendo traços necessários a qualquer ser humano que deseje viver bem, mas o fato de uma pessoa possuí uma virtude apenas, não quer dizer que essa pessoa seja virtuosa; para Aristóteles uma pessoa virtuosa é aquela que harmonizou todas as virtudes; ou seja, todas as virtudes devem está entremeadas na vida do ser virtuoso. Por exemplo, o fato de nos comover com as dificuldades de alguém a ponto de lhes prestar socorro, pode até evidenciar um bem, mas tal atitude não é suficiente para sermos considerado bom, ou virtuoso. Dizem também que a generosidade, é considerado um ato virtuoso quando alguém ajuda outro, somente por ser bom ou caridoso, isto é, despretensiosamente, e que no caso de uma pessoa ajudar outra pretendendo algum futuro vantajoso, revela que essa pessoa não agiu de maneira virtuosa.

    Mas o que é realmente uma virtude? Como exercitar as virtudes? Nigel Warburton, diz em (O básico da filosofia, p. 87) que, a virtude “é um padrão de comportamentos e de sentimentos: uma tendência a agir, desejar e sentir de modos particulares em situações apropriadas”. Já em relação ao exercício das virtudes, Alasdair Maclntyre fala em (Depois da Virtude, p.255 e 256) que “o exercício das virtudes requer, portanto, a capacidade de julgar e fazer o certo, no lugar certo, na hora certa e da maneira certa. O exercício de tal juízo não é uma aplicação de normas passível de se transformar em rotina”. Logo, ser virtuoso não é agir de qualquer forma, é preciso observar e julgar de maneira inteligente as melhores reações, para cada situação envolvida.

    Aristóteles explica o que é o cumprimento virtuoso de um ato, e escreve em (Ética em Nicômaco, II,3, 1105 a 30-35) que, para que as atitudes sejam realizadas de maneira justa “é preciso ainda que o próprio agente esteja numa determinada disposição quando os realiza; em primeiro lugar ele deve saber o que faz; a seguir escolher livremente o ato em questão, e escolhê-lo visando a esse mesmo ato; e em terceiro lugar, cumpri-lo numa disposição de espírito firme e inflexível” (trad. Fr. J. Tricot).
    Assim, o que interessa primeiramente para muitos defensores da teoria das virtudes, não é saber que tipos de ações ou atos deveríamos realizar, mas sim que tipo de pessoa devemos ser.

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  72. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI
    DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A FILOSOFIA E A REDAÇÃO FILOSÓFICA
    PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
    ALUNA: MARIA GOMES FERNANDES

    TEORIA MORAL DA VIRTUDE - PARTE II.

    Há críticas formuladas a respeito da teoria da virtude, e questionam a dificuldade em determinar que padrões de comportamento, desejo e sentimento contam como virtude, e em resposta a tal crítica o teórico da virtude diz que são os sentimentos que um ser humano precisa para que possa se desenvolver. No entanto a crítica insiste argumentando que nem sempre fica claro porque motivos algo é determinado como virtude. Falam também do risco que tais teóricos correm em redefinir seus preconceitos e modos de vida preferidos como virtude, e o que não gostam podem determinar como vícios.

    Outra crítica relacionada á teoria da virtude é a que pressupõe a existência do que chamamos “natureza humana”, pois existem alguns padrões de comportamento e sentimento apropriados para todos os seres humanos. Entretanto, alguns filósofos contestaram tal crítica, pois acreditam ser um erro grave pressupor que exista uma natureza humana.

    Como foi visto as virtudes é resultado de comportamentos e hábitos, e que segundo os teóricos dessa área, elas não surgem em nós por natureza. È necessário que sejam exercitadas continuamente de maneira virtuosa, para que possamos nos desenvolver como pessoa e consequentemente alcançar uma felicidade mais intensa e duradoura.


    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    WARBURTO, Nigel. O básico da filosofia. José Olympio, 2008.

    MACLNTYRE, Alasdair. Depois da Virtude; revisão técnica de Helder Buenos Aires de Carvalho. 2ª Ed . Bauru, SP: EDUSC, 2001.

    CANTO-SPERBER, Monique. (org) Dicionário de Ética e Filosofia Moral.
    UNISINOS, 2003, 1782 pp., 2 vols.

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  73. UNIVERSIDADE FEDARAL DO PIAUÍ
    CENTRO DE CIÊNCAIS HUMANAS E LETRAS
    ALUNO: MIKAEL MOURA DA SILVA
    DEPARTAMENTO: DE FILOSOFIA

    Liberdade política

    Uma das áreas em que sempre foi buscada a liberdade fio na política. Mais sendo assim de modo geral a liberdade entendida de muitas maneiras diferentes ela foi sempre entendido de acordo com o seu contexto histórico. Como por exemplo, os antigos gregos entendiam a democracia como uma forma de liberdade.mais hoje entendemos de varias maneiras como, por exemplo, temos dois tipos de liberdade a positiva e a negativa. A liberdade positiva você não é livre, sempre e exercido um controle sobre sua própria vida. A liberdade negativa é a ausência de coesão sobre você, ou seja, ausência de barreira que impeça alguém de realizar algo de fato.

    A liberdade positiva é o ideal político. Este e um ideal liberdade que devemos ter em mente, quando dizemos como a maioria das teorias políticas diz, que o governo ou Estado, órgão politicamente organizado deve fazer tudo o que puder para permitir que ideal que devemos ter em mente, quando dizemos isso não é o controle do discurso como tal porem algo mais especifico.

    Mais também a liberdade tem um significado duplo mais precisamente um positivo e um negativo. Negativo referido, a liberdade e emancipação, liberdade de todo o constrangimento externo, social, e, nesse sentido a liberdade da natureza, da fome da necessidade, da carência. A liberdade recebe por outro lado, a característica positiva de Marx sempre que é

    associada com o “reino da liberdade”, a “sociedade sem classe”. Ela designa diretamente principio desta forma superior da comunidade humana “o desenvolvimento livre de cada individuo”. Como esse desenvolvimento pleno e absoluto, sem obstáculo, de todos os homens, sua libertação total de sua forca e capacidade naturais, ela se correlaciona necessariamente com o primeiro significado, tendo naquela a sua premissa. Esta e a figura mais perfeita de liberdade em vista meramente política que o Estado corresponde e a liberdade que tem o sentido da história.



    BIBLIOGRADFA
    MORISON, Samuel Eliot.A liberdade na sociedade contemporânea.Rio de Janeiro: fundo de cultura,1959.
    PETTITE, Philip.Teoria da Liberdade.Belo Horizonte:Del Rey LTDA,2007.
    BICCA,Luiz.Marxismo e liberdade.São Paulo:loyola;1987.

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  74. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO-MEC
    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI-UFPI
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS-CCHL
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA-DEFI
    INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E REDAÇÃO FILOSÓFICA
    PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES
    ALUNA: MADALENA PRISCILA DOS SANTOS

    A EPISTEMOLOGIA E
    O PROBLEMA DO CONHECIMENTO
    TERESINA / JUNHO DE 2009

    Os primeiros filósofos não se preocupavam com a questão do conhecimento como conhecimento, pois como para eles tudo estava manifesto, este outro era possível ser obtido pela razão por causa da racionalidade do homem.

    Os sofistas foram os que lançaram pela primeira vez o problema do conhecimento, e é a partir destes que são encontradas em todos os outros filósofos, de alguma forma, reflexões críticas sobre o conhecimento. Porém a teoria do conhecimento propriamente dita nasceu como os filósofos modernos em contraposição às idéias dogmáticas religiosas.

    Mas o que é conhecer? É realmente possível abranger todos os conhecimentos, conhecer tudo? O que de imediato nem há consenso entre os próprios pensadores a esse respeito. Exemplo disso são as grandes teorias sobre o conhecimento. Conjecturas como a do objetivismo, tendo Platão como grande e primeiro defensor. Conforme essa proposição, o elemento decisivo na relação do conhecimento é o objeto, sendo que este elemento determina o sujeito. O subjetivismo, ao contrário do objetivismo, diz que a postura do conhecimento parte do sujeito e neste que a verdade do conhecimento está. Entre outras...

    O primeiro requisito para conhecer é a crença, que necessita de proposições que a justifiquem, e para isso se faz necessário o mérito, o saber por quê. Mesmo com estas condições pode não se ter o conhecimento verdadeiro.

    Apesar de todas as teorias epistemológicas ainda não se sabe como conhecer de verdade, se até os sentidos, a percepção pode contradizer o que é visto, assentido. Se de alguma forma, num dado momento as coisas mudam num processo contínuo de intermináveis transformações, e se existem coisas tão mínimas que se escondem aos olhos humanos e as parafernálias que possibilitam ver o invisível podem também não ver como realmente as coisas são. Quem o pode negar?

    E quando se pensa conhecer verdadeiramente, mesmo com todas as hipóteses necessárias, com todas as proposições a favor do discurso, se pode estar errado. Mesmo grandes teorias formuladas por grandes pensadores estavam sujeitas a erros que posteriormente foram descobertas como tal. De alguma forma a verdade, o conhecimento, pode ser relativizada pela época, pelos fatos, pelos métodos, pelas próprias descobertas. Porque o que se afirma como real, certo, verdadeiro pode ser apenas uma crença, justificada, porém sem fundamentos autênticos.

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  75. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
    DJANIRA DO ESPIRITO SANTO LOPES CUNHA

    A LINGUAGEM COMO OBJETO DE ESTUDO DA FILOSOFIA

    Este ensaio pretende refletir sobre aspectos relevantes da linguagem no que diz respeito a sua origem e sua importância na filosofia moderna.
    A filosofia da linguagem está constituída da primeira instituição na qual o individuo entra em contato enquanto ser social. Pois a partir desta, o individuo absorve toda gama de significados necessário para que este sobreviva, e só a partir daí tem a possibilidade de entender de se comunicar com o mundo que o revela e a que se encontram as questões notórias da filosofia da linguagem, pois como se dá a comunicação a linguagem é natural ou é algo convencionado?
    Segundo Marilena Chauí, a linguagem é nossa via de acesso ao mundo e ao pensamento, ela nos envolve e nos habita, assim como a envolvemos e a habitamos. É também nas diversas definições que é encontrado um grande problema filosófico: o de definir o que é a linguagem, pois quando se tenta definir algo corre-se o risco de deixar de lado aspectos importantes.
    Para Alberto Thomal, o uso da linguagem, das palavras, foi um passo muito importante para o homem, pois deixou de viver somente no presente, naquele agora e passou a colar diante de si o passado e o futuro. O homem passou a dominar as coisas pelos signos, o universo ganha sentido.
    Mas qual é de fato a origem da linguagem?
    Segundo Marilena Chauí, essa pergunta levou a quatro tipo de respostas, sendo que a primeira é de que a linguagem nasce por imitação dos sons, a segunda diz que a linguagem nasce por imitação dos gestos, a terceira afirma que a linguagem nasce da necessidade e a quarta resposta remete o nascimento da linguagem através das emoções. Entretanto, para que haja comunicação, o homem se utiliza de todas essas imitações e sentimentos simultaneamente.
    Além da origem da linguagem, seu significado e sua importância têm um papel destacado no pensamento filosófico moderno, culminando na virada lingüística a partir da segunda metade do século XIX, quando a filosofia entende que a linguagem não é secundária com relação ao pensamento e as idéias, mas que ela é fundamental para se ter idéias, conceitos, expressões significativas.
    De acordo com Guido Imaguire a “reviravolta lingüística” representou uma reorientação metodológica, pois questões clássicas da lógica, da ontologia e da epistemologia passaram a ser tratadas por meio do procedimento de analise semântica, sintática e, um pouco mais tarde, pragmática da linguagem.
    Por todos esses aspectos a linguagem tem sido objeto de estudo da filosofia, tornado-se necessário uma profunda análise sobre seus aspectos sociais no processo de formação humana.


    REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:

    CASTRO, Susana de (org.). Introdução à filosofia. Petrópolis-RJ. Vozes, 2008

    CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo-SP. Ática, 2006. 13ª edição.

    IMAGUIRE, Guido; SCHIRN, Matthias. Estudos em filosofia da linguagem. São Paulo-SP. Edições Loyola, 2008.

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  76. Jean Célio parte I


    LIBERDADE

    No contexto mais amplo podemos caracterizar liberdade com a condição de um individuo não ser submetido ao domínio de outro, e ter um domínio sobre se próprio e sobre sua forma de praticar seus atos. A liberdade é um sentimento profundo que estar concentração suas raízes no interior dos seres humanos, pois todos nascemos com o desejo enorme de liberdade, é uma índole vivo de nosso ser. O pleno poder é capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o muno que estar em sua volta é o que gabarita ao homem o sentido da liberdade compreendida como plena expressão da vontade humana, ou a possibilidade do ser humano agir. Varias teorias estudadas ao longo da história sendo elas filosóficas e políticas, de todos os tempos relataram grandes temas sobre liberdade, tentando defini-la quanto a determinações de tipo biológico, econômico, social etc. por isso as concepções sobre essa determinação, que nas diversas culturas e épocas histórias tornaram difícil definir com mais coerência a idéia de liberdade, nestas condições é que podemos afirmar que ela se manifesta a consciência como uma certeza primaria que perpassa toda a existência, especialmente nos momentos mais difíceis onde tomamos decisões importantes.
    No contexto político podemos avaliar dois conceitos de liberdade, “negativa e a positiva”. A primeira é a liberdade que tem ausência de coerção, “Quando alguém o forçam a agir ou para de agir”. Partido deste ponte de vista. O individuo é livre quando a sociedade não lhe impõe nenhum limite injusto, desnecessário ou absurdo. Uma sociedade livre dá condições para que seus membros desfrutem, igualmente da mesma liberdade. Contanto que neste processo ninguém fosse prejudicado. A liberdade positiva é aquela que o individuo exerce controle sobre sua própria vida, você é livre se de fato exerce esse controle, e não é livre se não exercer. Esta forma de liberdade positiva interligado muito com o estado que nos impõe limites, na maneira de exercer nossa cidadania, onde tenta preservar assim nossa integridade e dignidade dentro da sociedade em que vivemos, coagindo também até com nossa liberdade de expressão, “forma de exprimir uma opinião controversa ou não”. Para tal liberdade existe uma justificação detalhada para essa atitude. Em uma opinião controversa, duas possibilidades se apresentam: “Essa posição pode ser verdadeira ou falsa e ainda existe uma terceira possibilidade menos óbvia, a de que esse ponto de vista, ainda que falso, contenha um elemento de verdade. Se a opinião for verdadeira, a sua eliminação implica negar ais indivíduos a oportunidade de se libertarem de um erro. O filosofo parte do principio

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  77. Jean Célio II parte

    de que a verdade e sempre melhor do que a falsidade”. Por isso devemos sempre trabalhar em cima do pressuposto da infalibilidade (a incapacidade de cometer erros). Todos os seres humanos estar propenso ao erro acerca da verdade. Nossa liberdade de pensamento requer que tenhamos um grande controle naquilo que faríamos para não cairmos em erros demasiados, pois devemos refletir em cada opinião que for sugerida é dentro dessa circunstâncias que o povo tem o total direito de se expressar-se mais o estado que freqüentemente é responsável pelo povo(ou pela maneira que se comportam ou exprimem suas opiniões) não tenta controla as expressões de opiniões obtida pela imprensa. “Se toda a humanidade menos um , fosse de uma determinada opinião, e apenas uma pessoa fosse de opinião contraria, a humanidade não teria mais justificativas para silenciar aquela pessoa, do que ela, se tivesse o poder de silenciar a humanidade”. A no sangue de todos os homens a virtude de serem livres.
    Portanto, podemos caracterizar a liberdade dentro de algumas teorias que foram analisadas e estudadas ao longo de muitos anos, teorias estas que deram o controle racional onde parte de uma descrição da ação livre, isso sugere que a questão primária básica da liberdade é a que conduz a pessoas a serem livres baseado na racionalidade. São teorias inerentes ao conceito de liberdade que levaram as ciências humanas e sociais a preferirem o termo plural e concreto de “liberdades”, ou seja a soma das diversas liberdades especificas na vida dos homens e das sociedades.






    BIBLIOGRAFIA


    BERLIN, Isaiah. Quatro ensaios sobre a liberdade. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1981.

    MILL, John Stuart. Ensaio sobre a liberdade. São Paulo: editora escala, 2006.

    PETTIT, Philip. Teoria da liberdade. Belo Horizonte: Delrey, 2007.

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  78. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI-UFPI
    CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS-CCHL
    DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA-DEFI
    INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E REDAÇÃO FILOSÓFICA
    PROFESSOR: HELDER BUENOS AIRES
    ALUNA: BÁRBARA MARIA RODRIGUES DOS SANTOS



    Dogmatismo: A certeza da verdade

    É uma das questões da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes uma delas é o dogmatismo. Dogmatismo é uma atitude filosófica pela qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais, e ter absoluta certeza disso. Defende de forma categórica a possibilidade de atingirmos a verdade. A possibilidade e a realidade do contato entre sujeito e objeto são pura e simplesmente pressupostas.
    Dentro do dogmatismo podemos distinguir duas variantes básicas:
    Dogmatismo ingênuo: predominante no senso comum consiste em acreditar plenamente nas possibilidades. O dogmatismo ingênuo não vê problema na relação sujeito conhecedor, e objeto conhecido;
    Dogmatismo critica: acredita em nossa capacidade de conhecer a verdade mediante um esforço conjugado de nossos sentidos e de nossa inteligência. Confia que através do trabalho metódico, racional e cientifico, o ser humano se torna capaz de conhecer a realidade do mundo.
    De modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo intelectual. Os dogmas expressam verdades certas, que não estas sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Deve-se ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e à obra Critica da Razão Pura significado filosoficamente pejorativo do termo. Segundo J.Hesses “Kant acredita que a designação dogmatismo deveria ser aplicada aos sistemas do século XVII”. Segundo Kant dogmatismo é uma atitude natural e espontânea que temos desde criança. É nossa crença de que o mundo que existe é exatamente da forma como o percebemos.

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  79. BÁRBARA MARIA RODRIGUES DOS SANTOS

    Cont. 02

    Pode e falar de um dogmatismo teórico, ético e religioso. A primeira forma de dogmatismo diz respeito ao conhecimento teórico, as duas ultimas, ao conhecimento de valores. O dogmatismo ético lida com o conhecimento moral. Nesta última, o dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos isto é, conhecimento religioso de expressões bíblicas ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitável.
    Em contrapartida, o vocábulo dogma do grego δόγμα (dogmáticos, em grego moderno) significou primitivamente oposição teórica. Tratando-se assim de uma opinião filosófica, isto é, algo que se referia aos princípios. Por isso, o termo dogmatismo significava "relativo a uma doutrina" ou "fundado em princípio".
    Com o decorrer dos séculos, o dogmatismo começou a ser percebido como a posição filosófica defendendo que as verdades absolutas existem. Os filósofos que insistiam demasiado nos princípios metafísico acabavam por não prestar atenção aos fatos ou argumentos que pudessem pôr em duvida esses princípios. Esses filósofos não consagravam o principal da sua atividade à observação ou exame, mas sim à afirmação. Foram por isso chamado filósofos dogmáticos, ao contrário dos filósofos examinadores ou cépticos.
    Com tudo isto, o dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:
    Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingênua que admite não só a possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro, mas também a efetividade deste conhecimento no uso diário e direto com as coisas.
    Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento (ou suposto conhecimento), principalmente a razão.
    Como a completa submissão, a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou revela. Em geral, é uma atitude adaptada no problema da possibilidade do conhecimento e, portanto compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico revela-se também em certas formas de cepticismo e por isso diz-se que certos cépticos são, o seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingênuo não existe propriamente na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do século XVIII, que numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas críticas.


    Bibliografia:

    HESSES, Joannes. Teoria do conhecimento/Joannes Hesses; tradução João Vergílio Gallerani Cuter; revisão técnica Sergio da Cunha-2ªed.-São Paulo: Martins Fontes, 2003.

    ZILES, Urbano. Teoria do conhecimento. 2ª Ed.-Porto Alegre:EDIPUCRS,1994.

    CORTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia :historia e grandes temas/Gilberto Cotrim .-15.ed.Refor. E Ampl. São Paulo: FTD, 1995.

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  80. Silmara karine Mendes dos Santos
    Ensaio filosófico
    O ensaio filosófico aqui tratado vai ser sobre o consequencialismo cujo, a teoria escolhida é a do utilitarismo que é também designado pelos seus defensores como principio moral teleológico. O utilitarismo é a doutrina segundo a qual “uma ação ser correta ou incorreta depende tão – só de suas conseqüências (efetivas ou prováveis). De acordo com essa concepção uma ação é correta se, e somente si, acarretar, ou provavelmente acarretar ao mesmo tempo tantas “coisas boas” quanto qualquer outra ação que o agente também tivesse a possibilidade de realizar naquele momento. A tese aqui defendida pelos dois autores Robert Spaeann e Demetrio Neri vai ser a de que o utilitarismo conduz a conseqüência que ninguém poderia desejar esse será o problema apresentado.
    Segundo Robert Spaemenn o utilitarismo deixa transparecer uma certa racionalidade e plausibilidade. Ele parece ser racional porque - aparentemente - oferece um critério moral inequívoco e passível de verificação. O utilitarismo, porem, diferencia de uma ética do tipo deontológica do tipo kantiana pelo seu caráter naturalista de seu critério, que, alem disso apresentada também como fundamento da validade de todas as normas éticas. No interior do utilitarismo, contudo, a diferenças profundas no que diz respeito nos parâmetros para o julgamento das ações. Bentham esboçou um cálculo hedonista para quantificar a maior felicidade possível do maior numero possível de pessoas, em que se definiu a felicidade de maneira hedonista, ou seja, por meio da conquista ou dos graus da comodidade. Este mesmo diz que a ética consequencialismo assume para si a carga de uma expectativa de uma comprovação muito grande, pois sua tese altissonante contraria as intuições morais das maiorias dos seres humanos e as tradições éticas de todas as culturas. A frase ”fim justifica os meios” – visa desde há, muito como uma convicção moral recriminável – e contra na ética teleológica sua explicação teórica. Para essa ética, a qualidade moral das ações depende exclusivamente de sua aptidão de como meio da otimização como fim. A objeção segundo a qual

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  81. silmara

    cont...
    meios e Moraes jamais poderia de fato promover esse fim não chega a seque a abordar o problema, pois, de acordo com essa teoria , não se pode definir se o meio é moral ou imoral antes que se conheça a sua serventia. Ser moral ou imoral nada mais é do que essa própria aptidão. Tal concepção exclui totalmente o que vinha caracterizando todas as éticas ate então, exclui os que os gregos denominaram, vergonha ou acanhamento, ou seja, uma sensibilidade para o fato para se impor limites ao ser humano na persecução de seus fins. Em primeiro lugar, deve se dizer que a ética consequencialista encontra-se em contradição com sigo mesma , porque, se considerada no todo e ao longo do tempo , conduz a conseqüência que ninguém poderia desejar. O próprio utilitarismo das regras que é uma variação do utilitarismo já tinha clareza segundo Robert Spaemann de que a orientação imediata da ação com base em um proveito geral pode vir a ser prejudicial quando enfraquece um regra útil, sem que ao mesmo tempo o prejuízo decorrente desse enfraquecimento seja compensado pela vantagem trazia através da transcrição. Por outro lado quando o utilitarismo das regras continua sendo utilitarismo, o agente precisa ponderar, caso a caso, ater que pontos a sua ação provo um efeito de presidência, seja ele qual for.
    Segundo Demetrio Neri uma das razoes pelas quais , segundo Bentham , o utilitarismo representa a melhor teoria a do agir moral estam nas características de simplicidade , compreensão e fácil aplicabilidade. O problema da escolha moral se reduz a um cálculo não mais complicado do que uma simples adição, porquanto afasta todos os fatores metafísicos e teológicos que sempre obscureceram o campo da moral, para fazer referencia a uma unidade de medida unívoca e de mediata compreensão, porque ligada a sensação; para calcular a moralidade de codulta alternativas basta observar as conseqüências em termos de prazer e de dor e escolha a ação de maior saúdo liquido de prazer. Este mesmo escolheu Alexandre Manzone para dar um exemplo de problema do utilitarismo um problema identificado por Manzoni é o que diz respeito a capacidade de utilitarismo guiar efetivamente a ação humana. Ele observa que a utilidade não é uma qualidade de observação que possa reconhecer como inerente ou não a ação que se deve realizar ou não se deve realizar, a qual se deve ser aplicada o critério; É um efeito que poderá vir ou não vir da qual a ação, dependendo da operação eventual de outras causas. É claro, porem, que, se para julgar a utilidade de uma ação temos de espera por suas conseqüências, o

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  82. silmara

    continua.....

    utilitarismo “não é aplicável senão ao passar; é principio de observação, não de regras”. Como haveremos de nos lembra, essa é uma observação feita a toda ética consequencialista, e o utilitarismo lhe deu uma resposta desenvolvendo uma idéia que tenha as suas raízes na obra de Bentham e sobre tudo Mill, mas que foi explicitamente formulado no século XX. Trata-se de conhecer um espaço às leis e às normas, distinguindo entre utilitarismo do ato e o utilitarismo da norma. Em resumo, o primeiro diz que todo ato isolado deve ser julgado em termo de utilidade diretamente produzida pelo ato, o segundo, porem (que não podia ser estranho a Bentham, uma vez que o seu objetivo é construir uma legislação inspirada no principio de utilidade) tem em mira aplicar o critério de utilidade as normas, julgando depois os atos com base na conformidade deles a norma e não com base na utilidade mediata produzida. Por meio de normas utilitaristicamente fundamentadas é também possível produzir vínculos sociais, sobe a forma de obrigações e de direitos, na posição da utilidade individual. Essa inovação suscitou um vivo debate no âmbito da tradição utilitarista acerca do melhor modo de entendê-la e desenvolve-la de modo a torná-la cada vez mais capaz de responder as criticas, sem renuncia, porem, ao principio fundamental.

    Um terceiro autor afirma que o utilitarismo pode justificar muitas ações consideradas imorais. Por exemplo, se fosse possível demonstrar que enforcar publicam um inocente teria o efeito direto de reduzir o crime violento, servindo de freio e força moderadora , e portanto, causando mais benefícios do que dor, então um utilitarista seria obrigado a dizer que enforcar uma pessoa certa a fazer. Mas essa conclusão é repugnante ao senso de justiça. È claro que o sentimento de repugnância para com algumas de suas conclusões não prova que haja algo de errado na teoria do utilitarismo e que um utilitarista linha – dura provavelmente engoliria muito feliz a conclusão. Entretanto, essas conseqüências desagradável deveriam nos fazer céticos quanto a aceitar o utilitarismo como uma teoria satisfatória. Utilitaristas como Bentham, que acreditam ser a felicidade simplesmente um estado de espírito de jubiloso, deixam uma abertura para uma objeção a mais. Sua teoria sugeriu que o mundo seria um lugar moralmente melhor se uma droga alteradora de estado de espírito, como, por exemplo, ecstasy, fosse secretamente misturado ao reservatório de água potável, contando que isso aumenta o prazer total. E num entanto, a maioria de nós preferiria escolher nossos momentos jubilosos, embora viesse em menor quantidade. Julgaríamos também que a pessoa que acrescentou a droga ao reservatório de água teria feio algo imoral.
    Concluímos assim que o utilitarismo poderá ocasionar muitos problema se levado em consideração como o problema apresentado durante este ensaio, em que se formos levar em consideração o maior grau de felicidade possível satisfaria as pessoas através de atos considerados imorais.

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  83. ALUNO: FRANCISCO LUCIANO OLIVEIRA DE SANTANA

    METAFÍSICA:

    .A METAFÍSICA É A INVESTIGAÇÃO FILOSÓFICA QUE GIRA EM TORNO DA PERGUNTA: “O QUE É? . ESTE “É” POSSUI DOIS SENTIDOS:

    1) SIGNIFICA “EXISTE”, DE MODO QUE A PERGUNTA SE REFERE À EXISTÊNCIA DA REALIDADE E PODE SER TRANSCRITA COMO: “O QUE EXISTE?”;
    2) SIGNIFICA “NATUREZA PRÓPRIA DE ALGUMA COISA”, DE MODO QUE A PERGUNTA SE REFERE À ESSÊNCIA DA REALIDADE, PODENDO SER TRANSCRITA COMO: “QUAL É A ESSÊNCIA DAQUILO QUE EXISTE?” .
    Segundo Marilena Chauí(convite à filosofia,2004), a metafísica possui caracteres, como:
    1.INVESTIGA AQUILO QUE É OU EXISTE, A REALIDADE EM SI;
    2.É UM CONHECIMENTO RACIONAL APRIORÍSTICO, ISTO É, NÃO SE BASEIA NOS DADOS CONHECIDOS DIRETAMENTE PELA EXPERIÊNCIA SENSÍVEL OU SENSORIAL(NOS DADOS
    EMPÍRICOS),MAS NOS PUROS CONCEITOS FORMULADOS PELO PENSAMENTO PURO OU PELO INTELECTO;
    3.É UM CONHECIMENTO SISTEMÁTICO, ISTO É, CADA CONCEITO DEPENDE DE OUTROS E SE RELACIONA COM OUTROS, FORMANDO UM SISTEMA COERENTE DE IDIAS LIGADAS ENTRE;
    4.EXIGE A DISTINÇÃO ENTRE SER E PARECER OU ENTRE REALIDADE E APARÊNCIA É IRREAL E FALSA, SEJA PORQUE,PARA CERTOS FILÓSOFOS, A APARÊNCIA SÓ PODE SER COMPREENDIDA E EXPLICADA PELO CONHECIMENTO DA REALIDADE QUE SUBJAZ A ELA.

    Segundo José Ferrater Mora (dicionário de filosofia, publicações Dom Quixote,1982, Lisboa),discorre sobre a metafísica, na idade média:
    “... OS ESCOLÁSTICOS MEDIEVAIS OCUPAR-SE-ÃO, MUITAS VEZES, DA QUESTÃO DO OBJECTO PRÓPRIO DA METAFÍSICA. E COMO O CONTEÚDO DA TEOLOGIA ESTAVA DETERMINADO PELA REVELAÇÃO, OCUPARAM-SE TAMBÉM DAS RELAÇÕES ENTRE METAFÍSICA E TEOLOGIA. FORAM MUITAS AS OPINIÕES SOBRE ESTES DOIS PROBLEMAS.
    QUASE TODOS OS AUTORES CONCORDARAM EM QUE A METAFÍSICA É UMA CIÊNCIA PRIMEIRA E UMA CIÊNCIA PRIMEIRA E UMA FILOSOFIA PRIMEIRA. MAS, ATRÁS DISTO, VÊM AS DIVERGÊNCIAS. SÃO TOMÁS PENSOU QUE A METAFÍSICA TEM POR OBJECTO O ESTUDO DAS CAUSAS PRIMEIRAS. MAS A CAUSA REAL E RADICALMENTE PRIMEIRA É DEUS.A METAFÍSICA TRATA DO SER, O QUAL É “CONVERTÍVEL” COM A VERDADE. MAS A FONTE DE TODA A VERDADE É DEUS. NESTES SENTIDOS, POIS, DEUS É O OBJECTO DA METAFÍSICA. POR OUTRO LADOS, A METAFÍSICA É CIÊNCIA DO SER COMO SER E DA SUBSTÂNCIA, OCUPA-SE DO ENTE COMUM E DO PRIMEIRO ENTE, SEPARADO DA MATÉRIA. PARECE, ASSIM, QUE A METAFÍSICA É DUAS CIÊNCIAS OU QUE TEM DOIS OBJECTOS. CONTUDO, ISSO NÃO ACONTECE, POIS TRATA-SE ANTES DE DOIS MOOS DE CONSIDERAR A METAFÍSICA TEM UM CONTEÚDO TEOLÓGICO, MAS ESTE CONTEÚDO NÃO É DADO PRÓPRIA METAFÍSICA, MAS PELA REVELAÇÃO: A METAFÍSICA ESTÁ , POIS,SUBORDINADA À TEOLOGIA. NO OUTRO DESTES MODOS, A METAFÍSICA É O ESTUDO DAQUILO QUE APARECE PRIMEIRO NO ENTENDIMENTO; CONTINUA A ESTAR SUBORDINADA À TEOLOGIA, MAS SEM SE PÔR FORMALMENTE O PROBLEMA DESSA SUBORDINAÇÃO.

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  84. parte II

    Francisco Luciano

    Segundo Antonio Resende( org). 13ª edição.( curso de filosofia), distribue : Deus e sua natureza. Páginas 78/79.
    “ A ATUALIZAÇÃO DA FORMA É O FIM DE TODO MOVIMENTO. ARISTÓTELES CONSIDERA QUE, SE AQUILO É VISADO NO MOVIMENTO É A PROGRESSIVA “ATUALIZAÇÃO” DA FORMA, DEVE-SE NECESSARIAMENTE ADMITIR QUE O ATO, COMO FIM, ANTECEDE A POTÊNCIA E É MAIS PERFEITO QUE ELA. DE FATO, DIZ ELE, É PRECISO QUE A OBRA JÁ TENHA SIDO ANTERIORMENTE CONCEBIDA PELO ARTISTA PARA QUE ELE PONHA EM MOVIMENTO PARA REALIZÁ-LA. NAS GERAÇÕES NATURAIS, TAMBÉM É NECESSÁRIO ADMITIR A EXISTÊNCIA PRÉVIA DA FORMA JÁ REALIZADA(EM ATO) EM OUTRO SER SEMELHANTE: SÓ O HOMEM GERA O HOMEM. CAMINHANDO ASSIM, CHEGAREMOS NECESSARIAMENTE A UM PRIMEIRO ATO, QUE ANTECEDE E SUSTENTA TODOS OS OUTROS, REALIZAÇÃO PERFEITA DE UMA FORMA PERFEITA QUE ATUARÁ COMO MOTOR DESTE UNIVERSO HARMONIOSO E ORDENADO. ESSE PRIMEIRO ATO É DEUS, QUE, EMBORA NÃO TENHA CRIADO O MUNDO (O CONCEITO DE CRIAÇÃO DO UNIVERSO SÓ SURGE COM A FILOSOFIA CRISTÃ), SUSTENTA A ORDEM UNIVERSAL POR ATRAIR TODAS AS COISAS À REALIZAÇÃO DA PRÓPRIA PERFEIÇÃO.
    QUAL A NATUREZA DESSE ATO PRIMEIRO? ARISTÓTELES NOS DIZ QUE ISSO SÓ PODE SER CONHECIDO DE FORMA NEGATIVA: NÃO CONSEGUIREMOS DIZER O QUE DEUS É EM SI MESMO FALTAM-NOS ATÉ MESMO PALAVRAS APROPRIADAS; MAS PODEMOS DIZER O QUE ELE NÃO PODE SER. DE DEUS DEVE SER EXCLUÍDO TUDO AQUILO QUE IMPLIQUE IMPERFEIÇÃO , LIMITAÇÃO OU DIVISÃO. UM SER PERFEITO TAMBÉM NÃO COMPORTA NADA DE ACIDENTAL OU DE POTENCIAL. ASSIM, ARISTÓTELES AFIRMA QUE ESSA SUBSTÂNCIA SUBSISTE NO PERFEITO GOZO DE SI MESMA, NA FELICIDADE ABSOLUTA DE UMA AUTOCONTEMPLAÇÃO ETERNA. ESSE SER ABSOLUTAMENTE PERFEITO SÓ PODE SER PENSAMENTO QUE SE PENSA A SI MESMO, ETERNA IMOBILIDADE DA CONSCIÊNCIA QUE REPOUSA NA PLENA POSSE DE SI MESMA, IDEAL INALCANSÁVEL, MAS SEMPRE BUSCADO PELOS DEMAIS SERES SUBMETIDOS À LIMITAÇÃO DA MATÉRIA E Á DIVISÃO INTERIOR.

    “...POIS QUE É POSSÍVELQUE SEJA COMO ACABAMOS DE DIZER, E QUE SE NÃO SE ADOTA NOSSA EXPLICAÇÃO SERÁ NECESSÁRIO ADMITIR QUE O MUNDO BROTA DA NOITE, DA CONFUSÃO UNIVERSAL E DO NÃO-SER, ESTAS DIFICULDADES PODEM SER CONSIDERADAS COMO RESOLVIDAS. EXISTE ENTÃO ALGUMA COISA, SEPRE MOVIDA EM UM MOVIMENTO SEM REPOUSO, MOVIMENTO ESTE QUE É O MOVIMENTO CIRCULAR. E ISTO É EVIDENTE NÃO SOMENTE POR DEMONSTRAÇÃO RACIONAL, MAS DE FATO. POR CONSEGUINTE, O PRIMEIRO CÉU DEVE SER ETERNO. HÁ POR CONSEGUINTE TAMBÉM ALGUMA COISA QUE O MOVE; E POIS QUE É AO MESMO TEMPO MOVIDO E MOTOR NÃO É SENÃO UM TERMOP INTERMEDIÁRIO, DEVE-SE SUPOR UM EXTREMO QUE SEJA MOTOR SEM SER MOVIDO, SER ETERNO, SUBSTÂNCIA E ATO PURO ...”

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  85. ALUNO: FRANCISCO WELLINGTON MONTEIRO BARROS





    ENSAIO





    O PROBLEMA DA OBJETIVIDADE.





    Dois conceitos de Objetividade vêm à tona quando se fala de algo que se tem como objetivo. Um primeiro diz respeito a enunciados que podem ser objeto de um consenso público. Num contexto temporal isso incluiria, por exemplo, “ontem estava chovendo” e “o relógio marca 9horas e 15minutos agora”. Um segundo conceito diz respeito a enunciados acerca de uma coisa que se sustenta que existiram ou acerca de acontecimentos que ocorreram, independentemente dos pensamentos ou das emoções do homem ou de sua presença no mundo. Por exemplo, uma proposição com a finalidade de afirmar que as rochas cambrianas se formaram antes do Período Devoniano se referiria a um acontecimento que ocorreu antes da existência do próprio homem.

    Segundo palavras do autor Edvino Rabuske, da obra; Epistemologia das Ciências Humanas, a que se refere nesse contexto, quanto a Sujeito e Objeto, são conceitos correlativos quando ele diz: Não há Sujeito sem Objeto, nem Objeto sem Sujeito. Entende-se desse modo, que uma coisa puxa a outra ou que não se obtém algo sem o auxílio de outra. O objetivo é determinado a partir do objeto conhecido.

    Pra ele, “objetivo não equivale a “objetivável”. Na verdade diria que este designa o que pode ser ou não pensado como semelhante aos objetos da experiência sensorial. O conhecimento científico, subjetiva-se quanto a sua forma, mas objetiva-se quanto ao seu conteúdo.

    Em outra passagem ele afirma que, a comprovação da hipótese ou coisa sugerida à questão, consiste em demonstrar a sua objetividade entre empatia que significa a capacidade de reconhecer ou entender o estado de espírito ou emoção de outra coisa ou sujeito, denomina correlativamente “participação efetiva” e a introspecção que é por sua vez o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais. Este estudo científico visa, antes de tudo, eliminar a subjetividade no mau sentido da palavra e assegurar sua objetividade, não só esta, mas várias outras objeções aqui retratadas.

    Para que se possa assegurar a objetividade da experiência é preciso que a pretensão da verdade implícita no testemunho possa ser examinada por meio de uma discussão na qual o testemunho de terceiros aparece como argumento cogente a favor ou contra essa verdade. Só se pode discutir essa objetividade das experiências discutindo a partir de então a verdade do testemunho que com elas se relaciona.





    BIBLIOGRAFIA:





    RABUSKE, Edvino. Epistemologia das Ciências Humanas. Rio Grande do Sul: EDUCS, 1987.



    OLIVA, Alberto. Epistemologia: a cientificidade em questão. (org.). São Paulo: Papirus Editora, 1990.



    JAPIASSU, Hilton Ferreira. Questões Epistemológicas. 2 ed. São Paulo: Imago Editora LTDA, 1981.

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